Política

CONSEQUÊNCIAS

Olarte voltará para regime fechado por usar celular e gravar vídeo em apoio a Contar

Todas as circunstâncias do vídeo serão investigadas; cela será revistada

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Após gravar um vídeo no qual pede apoio para o Capitão Contar, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PRTB, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, que atualmente cumpre pena na Gameleira,  deverá voltar ao regime fechado. 

Olarte, que também é pastor, foi condenado a oito anos de prisão por corrupção de lavagem de dinheiro. O esquema do crime era  arquitetado a partir de folhas de cheque em branco que emprestava de fiéis da igreja onde era líder religioso.

De acordo com a decisão do juiz Albino Coimbra Neto, por meio do vídeo ficou claro que Olarte estava com acesso ao aparelho celular, sendo que isso configura-se como falta disciplinar grave.

Dessa forma, o magistrado “suspendeu cautelarmente o regime prisional em que se encontrava Olarlte”. Além disso, ele  terá que responder pelo ato por meio de um Procedimento Administrativo Disciplinar, que deverá ser instaurado pelo diretor da unidade prisional.

Ainda na decisão, o juiz determinou a realização de uma vistoria na  cela em que Olarte cumpre pena para a apreensão do celular usado no vídeo e de outros objetos proibidos que eventualmente possam estar no local.

Também deverão ser investigadas todas as circunstâncias em que o vídeo foi gravado, como o local, a data e qual celular foi usado para isso e, até que se conclua a apuração, o direito de sair da penitenciária ficará suspenso. 

APOIO A CONTAR

O vídeo que levou à decisão judicial começou a circular pelas redes sociais nessa segunda-feira (17). Na filmagem, o ex-prefeito afirma que está ao lado de Capitão Contar no pleito deste ano.

Afirma ainda que Iara Diniz, esposa do candidato, foi seu braço direito enquanto esteve à frente do Executivo Municipal.

“Quero pedir para vocês voltarem no Capitão Contar [...]. Não tenho dúvidas de que com o Capitão Contar como governador, eles vão me ajudar a fazer justiça. Votar no Capitão Contar é estar votando em mim”, sentencia.

Entretanto, antes de declarar seu apoio, Olarte alerta que o vídeo só poderia ser compartilhado com apoiadores do Capitão que fossem confiáveis.

CORRUPÇÃO

Gilmar Olarte concorreu como vice-prefeito ao lado de Alcides Bernal, nas eleições municipais de 2012. Com a deposição de seu companheiro de chapa, em março de 2013, Olarte assumiu o comando do Executivo Municipal.

Ainda durante sua gestão, o então prefeito foi investigado pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O político, junto com um assessor especial, foram acusados de participar de um esquema em que pediam cheques em branco a fiéis da igreja onde Olarte era pastor para pagar as despesas da campanha eleitoral de 2012.

As folhas em branco eram obtidas em troca de promessas de que essas pessoas seriam beneficiadas com cargos na administração municipal. Entretanto, os valores eram repassados para agiotas e ficavam sem fundo quando iam ser descontados.

O ex-prefeito foi condenado a oito anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele cumpre pena em regime semiaberto.

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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