Política

CAIXA AO PR

Pagot nega que Dnit tenha sido usado

Pagot nega que Dnit tenha sido usado

AGÊNCIA BRASIL

12/07/2011 - 13h09
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O diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, rebateu as informações publicadas pela revista Veja de que o órgão seria usado para fazer caixa ao PR, partido ao qual é filiado, e conseguir o apoio de parlamentares. “O PR não utilizou o Dnit para cooptar ou buscar dinheiro para seus cofres”, disse ele.

Ele afirmou que passado um ano em que estava à frente do órgão percebeu que era necessário tomar medidas “mais contundentes” para fiscalizar as obras. Segundo Pagot, à época determinou a criação de um núcleo itinerante de auditoria interna composta por servidores do órgão e também de representantes da Controladoria-Geral da União (CGU).

Luiz Antonio Pagot também ressaltou, na audiência pública que ocorre no Senado, que foi acertado no colegiado que todas deliberações de obras seriam aprovadas por unanimidade, como forma de evitar qualquer possibilidade de manipulação. “Qualquer obra que for questionada por um dos diretores é retirada de pauta”.

Quanto ao modo de governar adotado por Dilma e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Pagot disse que eles sempre tiveram um “estilo peculiar e veemente de cobrar” prazos no andamento das obras, especialmente as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele reconheceu que, na reunião relatada pela reportagem da revista Veja, esse estilo peculiar de cobrança foi feito, mas não da forma como foi descrita. “As frases estão carregadas de conceitos, palavras na boca da presidenta que não são essas.”

Ele disse, ainda, que mantem uma “relação de companheirismo” com o ex-ministro e senador Alfredo Nascimento (PR-AM). A mesma relação também é estendida ao agora ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Quanto ao fato de ter entrado de férias (de 4 a 21 de julho), logo após as denúncias de corrupção no Dnit foram publicadas pela revista Veja, Pagot afirmou que os dias já estavam agendados desde novembro de 2010 e foram autorizados tanto por Alfredo Nascimento quanto pela presidenta Dilma Rousseff. Ele confirmou que a presidenta, logo após as denúncias publicadas, determinou ao ministro o afastamento imediato das pessoas citadas.

Julgamento

Procurador-Geral do Estado de MS deve ser procurador de carreira, decide STF

Supremo Tribunal Federal rejeitou ADI ajuizada pela Procuradoria-Geral da República e validou trecho da Constituição de Mato Grosso do Sul

19/11/2024 15h56

Supremo Tribunal Federal julgou ADI da PGR contra lei de MS

Supremo Tribunal Federal julgou ADI da PGR contra lei de MS Divulgação

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O Supremo Tribunal Federal (STF) validou, nesta segunda-feira (18), o trecho da Constituição de Mato Grosso do Sul que determina que o Procurador-Geral do Estado deve ser escolhido entre integrantes da carreira de Procurador do Estado.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi ajuizada em novembro de 2020 pelo então procurador-geral da República, Augusto Aras. O questionamento recaía sobre a Emenda Constitucional 30/2005, que exige que a nomeação do Procurador-Geral do Estado, feita pelo chefe do Executivo, ocorra “dentre integrantes da carreira de procurador do Estado em atividade, com, no mínimo, trinta anos de idade e dez de efetivo exercício no cargo”.

Durante o julgamento, o STF decidiu, por unanimidade, que a norma estadual é constitucional, reforçando o entendimento de que a legislação estadual pode restringir a escolha do Procurador-Geral do Estado aos membros da carreira.

A decisão consolida a interpretação de que tal exigência está alinhada com os princípios constitucionais e reforça a autonomia legislativa estadual no âmbito da organização de sua administração pública.

A Associação dos Procuradores do Estado de Mato Grosso do Sul (Aprems) teve papel ativo na defesa da norma, contando com o apoio estratégico da Associação Nacional dos Procuradores do Estado e do Distrito Federal (Anape) durante o processo.

A decisão do STF é vista como uma vitória para a categoria, ao preservar a valorização da carreira e a qualificação técnica exigida para o exercício do cargo de Procurador-Geral do Estado.

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Esposa de Lula

Gafes, polêmicas e lacradas de Janja: o que já disse a primeira-dama

Desde o início do governo de seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a socióloga acumula gafes, polêmicas e controvérsias por suas falas e atitudes

19/11/2024 14h30

Janja Lula da Silva acumula polêmicas

Janja Lula da Silva acumula polêmicas Arquivo

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A atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, dentro e fora do governo, tem se tornado destaque dentro e fora do País. Desde o início do governo de seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a socióloga acumula gafes, polêmicas e controvérsias por suas falas e atitudes.

Aliados de Lula têm reclamado do excesso de influência da primeira-dama em assuntos do governo. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Janja tem interferido em temas importantes da gestão desde que se instalou em um gabinete ao lado da sala presidencial.

Entre as queixas de parlamentares e até de ministros do governo em relação à primeira-dama estão a de que ela teria barrado propostas na área da comunicação social e imposto medidas nas áreas econômica, social e política, além de dar palpites na relação do presidente com militares e afastá-lo de deputados e senadores.

Ela chegou a afirmar em entrevista à CNN Brasil na última quarta-feira, 13, que as pessoas 'precisam entender' que ela é a voz de 'milhares de mulheres' no governo e que suas ações vão além de interesses pessoais, representando demandas sociais ao interagir com ministros.

No último sábado, 16, durante uma mesa de debates com o influenciador Felipe Neto, em um evento paralelo ao G20, a primeira-dama xingou o bilionário Elon Musk. Ao fim do painel, ela pediu a palavra para destacar a dificuldade de aprovação de leis para regulamentar plataformas de mídias sociais e reforçou seu impacto em tragédias climáticas por causa da disseminação de informações falsas.

Então, abaixou-se por causa do que parecia ser um ruído no ambiente onde estava. Ela interrompeu o discurso e disparou: "Acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk".

O bilionário reagiu em seu perfil no X momentos depois, indicando por meio da sigla "lol" que estava dando risadas do ocorrido. Ao comentar outro post na plataforma, Musk afirmou que "eles", em indicação ao governo atual, vão perder as próximas eleições.

No mesmo evento, Janja fez referência em tom de deboche sobre a morte de Tiü França na explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira, 13, afirmando que o "bestão acabou se matando com fogo de artifício".

As duas declarações no evento do fim de semana entram na lista de outras que envolvem o nome da primeira-dama.

'Vários não merecem estar aqui', disse sobre ex-presidentes

A primeira-dama visitou, no começo do mês, a galeria do ex-presidentes no Palácio do Planalto, reaberta após restauração O local havia sido destruído nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Durante a visita, Janja afirmou que vários ex-chefes do Executivo federal não mereciam ter fotografia no espaço, localizado no piso térreo da sede do governo federal.

"(No poder) do dia 2 ao dia 15. Gente, ele não merece estar aqui Ah, bom, tem vários que não merecem. Pascoal Ranieri Mazilli, vocês tinham ouvido falar desse presidente?", questionou.

Ranieri Mazilli era presidente da Câmara e assumiu o poder em 2 de abril de 1964, depois de João Goulart ser deposto, abrindo caminho para a ditadura militar. Ele ficou no cargo até 15 de abril daquele ano, como consta nas informações abaixo da foto do ex-presidente no mural.

Vídeo sobre B.O. da esposa de Nunes nas eleições de São Paulo

Janja e outras mulheres apoiadoras do então candidato à prefeitura paulistana, Guilherme Boulos (PSOL), divulgaram um vídeo nas véspera do segundo turno resgatando o boletim de ocorrência por suposta violência doméstica registrado pela mulher do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em 2011. O emedebista, que classificou o vídeo como "jogo baixo", venceu Boulos no segundo turno com 3.393.110 votos, o que representa 59,35% dos votos válidos.

Gafe e quebra de protocolo na posse de juízes

Em agosto, a esposa de Lula participou da posse de novos juízes federais no Tribunal Federal da 3ª Região (TRF-3), em São Paulo. Durante seu discurso, Janja disse que o ministro Hernan Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), integrava o Supremo Tribunal Federal (STF) e chamou o STJ de "Supremo Tribunal de Justiça".

"Meu querido ministro Herman Benjamin, do STF. Infelizmente, não pude estar na sua posse (como presidente do STJ), mas desejo uma excelente condução do Supremo Tribunal de Justiça", disse Janja

Na cerimônia, Janja também quebrou o protocolo e deu à juíza Gabriela Shizue Soares de Araújo o diploma e o colar que, usualmente, são entregues aos novos empossados pelo presidente do Tribunal. Gabriela é madrinha de casamento de Janja e Lula e esposa do deputado estadual e ex-prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT-SP), amigo de longa data do presidente.

Polêmicas com humoristas

Em maio, durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, Janja se envolveu em uma polêmica com o humorista e influenciador Whindersson Nunes por conta do resgate de um cavalo que estava ilhado no telhado de uma casa em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Janja mobilizou esforços para o resgate do animal e compartilhou um vídeo nas redes sociais comemorando o sucesso da operação. O humorista, então, publicou como resposta uma imagem da atriz Jade Picon lavando roupas à mão, cena da novela "Travessia", interpretada por muitos como uma crítica à comoção gerada em torno do resgate.

Em resposta, a primeira-dama comentou que "ele não sabe que já inventaram máquina de lavar roupa faz tempo, que libera o tempo das mulheres fazerem e estarem onde elas quiserem", sugerindo que a postagem de Whindersson era machista.

Já em julho, a socióloga publicou uma indireta nas redes sociais horas depois de o humorista Dilson Alves, o "Nego Di", ser alvo de uma operação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro.

Em maio, Nego Di fez uma postagem nas redes sociais ofendendo Janja com uma palavra de baixo calão. "P... de carteira assinada", escreveu. Após repercussão negativa, o humorista apagou a publicação. O ex-BBB está preso preventivamente desde 14 de julho, acusado de envolvimento em um suposto esquema de produtos não entregues por uma loja que seria sócio.

Polêmica com os móveis do Alvorada

No começo de 2023, Lula e Janja alegaram o desaparecimento de itens do Palácio da Alvorada após a saída de Bolsonaro e Michelle. Dez meses depois, os 261 itens foram encontrados dentro da própria residência oficial. Antes da descoberta, o casal presidencial comprou peças de luxo, justificando a aquisição pela ausência dos objetos.

Na época, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) informou que os itens foram encontrados em "dependências diversas" dentro do Palácio da Alvorada, mas não especificou os locais exatos.

Segundo o órgão, foram necessárias três vistorias para localizar todos os itens. A primeira, em novembro de 2022, atestou o desaparecimento de 261 itens; a segunda, no começo do ano passado, localizou 173 peças e a última, feita em setembro, confirmou que nenhum item havia sido extraviado pelo casal Bolsonaro. Apesar da descoberta dos itens, a Secom disse que os móveis sofreram um "descaso" por parte de Bolsonaro e Michelle.

Durante a transição de governo, no final de 2022, Lula e Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que os bens estavam faltando após Bolsonaro e a ex-primeira-dama deixarem o Alvorada. Além de móveis, utensílios domésticos, livros e obras de arte foram citados como "desaparecidos".

O casal presidencial passou o primeiro mês de mandato de Lula morando em um hotel no centro de Brasília, afirmando que a residência oficial e a Granja do Torto, residência de veraneio da Presidência, estavam deteriorados. Durante um café da manhã com jornalistas em janeiro do ano passado, o presidente afirmou que Bolsonaro e Michelle "levaram tudo" do palácio residencial.

Depois que os itens foram encontrados, o casal Bolsonaro acionou a Justiça, pedindo uma indenização de R$ 20 mil por danos morais como "medida pedagógica", além de retratação por parte de Lula "na mesma proporção do dano que realizou", o que incluía uma entrevista à imprensa no Palácio da Alvorada e uma retratação "perante o veículo de comunicação GloboNews e nos canais oficiais de comunicação do governo federal".
 

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