Política

CASA DE LEIS

Papy é reeleito presidente da Câmara de Campo Grande com 18 meses de antecedência

Segundo Papy, mudanças foram negociadas já que parlamentares planejam pré-candidaturas e "com chance de serem eleitos em 26", o que justificaria alterações feitas na Mesa Diretora

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Em sessão ordinária na Câmara Municipal de Campo Grande no fim da manhã desta quinta-feira (10), o então presidente da Casa de Leis já foi reconduzido ao cargo, com uma antecedência de pelo menos um ano e meio e cerca de seis meses após alcançar a cadeira maior no parlamento. 

Como bem acompanha o Correio do Estado, a definição inicial de Papy como presidente veio após um jantar em 30 de dezembro de 2024, na casa do vereador Professor Riverton (PP), que contou com a presença da bancada do Progressistas e do Avante, além da prefeita Adriane Lopes (PP).

Logo na manhã de hoje o presidente da Casa comentou à imprensa que, essa escolha precoce parte da organização das bancadas dos partidos e do nosso colégio de líderes e, sobre a razão de estarem antecipando a eleição para presidência da Câmara Municipal, Papy é categórico: 

"Porque a gente tem um coletivo formado. Quando você tem essa unanimidade do pensamento, fica mais fácil você antecipar, já que não tem uma divergência", disse. 

A sessão de renovação já começou por volta de 13h23, após votação de diversos projetos, inclusive relacionados ao Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande (Prodes), estendendo-se por cerca de 35 minutos em justificativas para edificação do corpo para o biênio de 27/28. 

Sendo uma votação simples e nominal, Papy faz questão de lembrar que, historicamente, os presidentes da Câmara têm exercido o cargo no período de quatro anos. Com 29 presentes, sendo o vereador professor Juari de forma remota, com todos os votos "sim". 

Segundo Papy, "querendo ou não, isso dá uma estabilidade para a gestão do parlamento", tanto no âmbito administrativo quanto politicamente falando.

Ele justifica que a abertura dada por ele para os demais parlamentares, brincando que sessões acabam às 15h para apontar que a presidência dá espaço para que os parlamentares ocupem seu campo político na totalidade, nem que gaste o tempo todo da sessão. 

"Você tem quatro anos de um único tipo de pensamento, de uma forma de liderar da casa que tem agradado os parlamentares. Acho que fortalece também, frente ao Executivo, na questão da independência também", diz Papy em complemento. 

Posições e mudanças

Além disso, o presidente reforça que a unanimidade em si não gira em torno de seu próprio nome, mas dos sete membros que compõem a mesa diretora e da união dos partidos, que ele considera "o mais importante". 

"Você tem a convergência de PT e PL, União Brasil, PP, partidos que disputaram a eleição uns contra os outros e que eles têm um pensamento junto. É uma unanimidade em cima disso, não só do Papy... Eu represento, talvez, essa gestão, mas é uma unanimidade em cima desse todo", afirma.

Segundo Papy, algumas mudanças foram negociadas já que há vários parlamentares planejando pré-candidaturas e "com chance de serem eleitos em 26", o que justificaria alterações feitas na Mesa Diretora. 

Ou seja, o Dr. Lívio passa a ocupar a cadeira de 1° vice, até então ocupada por André Salineiro, com o então assento que pertencia à Leite indo para a colega de sigla de Salineiro, Ana Portela, organizada da seguinte forma: 

  • Papy (PSDB) - presidência
  • Dr. Lívio (União Brasil) - 1º vice
  • Ana Portela (PL) - 2º vice
  • Neto Santos (Republicanos) como 3º vice
  • Carlão (PSB) como 1º secretário
  • Luiza Ribeiro (PT) como 2ª secretária
  • Ronilço Guerreiro (Podemos) como 3º secretário

"Até porque também a União Brasil e o PP se tornaram partido agora federado, então também tem um apelo no sentido do potencial do partido... E estavam discutindo ali a inversão entre Luiza e Ronilson" comentou Papy, que pediu que o parlamentar negociasse a cadeira de 2ª Secretária, troca essa que não aconteceu.

Questionado se a permanência na presidência fortalece o PSDB em momento de debandada de alguns nomes de peso, Papy revela que não pensou na questão partidária, já que não possui o poder de decisão. 

"Sem dúvidas que a recondução fortalece tudo que está envolvido com o Papy, seja partido, ideais, a gestão e, sim, o PSDB. Se eu ficar no partido, quero que ele seja fortalecido e vou lutar para que tenha chapa, tentar trabalhar para que fique unido o máximo possível... Mas, principalmente, o fortalecimento do parlamento", diz. 

 

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BOI, BALA E BÍBLIA

Em MS, agro, segurança e evangélicos divergem sobre voo de Flávio Bolsonaro

Setores que deram sustentação ao ex-presidente Bolsonaro no Estado agora destoam da pré-candidatura do filho dele

16/12/2025 08h20

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado Carlos Moura/Agência Senado

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A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República está provocando divergência entre representantes do agronegócio, da segurança pública e dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, justamente os setores que deram sustentação ao governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

No caso do Estado, os representantes desses três grupos destoam sobre a capacidade eleitoral do filho de Bolsonaro para impedir a reeleição do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente na comparação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é apontado como o nome mais forte da direita para concorrer à Presidência em 2026.

O deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos), um dos representantes dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, disse ao Correio do Estado que o nome do governador Tarcísio de Freitas “é mais leve, equilibrado e competente”. “Além disso, ele governa o maior estado do Brasil em número de habitantes, onde tem feito um grande trabalho, sendo bem mais preparado do que o senador Flávio Bolsonaro”, ressaltou.

Para o parlamentar, a maior parte dos evangélicos sul-mato-grossenses que apoia o nome do ex-presidente Bolsonaro está dividida entre o filho dele e o nome de Tarcísio. “No entanto, olhando no geral, o nome do governador de São Paulo ganha longe”, assegurou.

Já o vereador Herculano Borges (Republicanos), que também é uma das lideranças dos evangélicos no Estado, comentou que, caso Flávio Bolsonaro consiga construir alianças sólidas com lideranças evangélicas influentes e demonstre compromisso firme com as pautas conservadoras que o segmento valoriza, é muito provável que alcance uma ampla adesão de apoio.

“Porém, tanto o filho do ex-presidente quanto o governador Tarcísio de Freitas têm suas qualidades e estão aptos para o cargo de presidente do Brasil. Na minha opinião, mais importante do que defender o nome de um ou do outro é que estejam juntos para um propósito maior, que é o de não dividir a direita”, argumentou.

SEGURANÇA PÚBLICA

O deputado estadual Coronel David (PL), que faz parte da bancada da segurança pública, disse que tem acompanhado algumas publicações da grande imprensa nacional que tentam criar a narrativa de que integrantes das bancadas de segurança pública, evangélica e do agronegócio estariam contra o nome de Flávio Bolsonaro a presidente. “É preciso colocar as coisas no devido lugar”, declarou.

Na opinião dele, essas manifestações não representam a maioria. “A ampla maioria desses parlamentares, assim como milhões de brasileiros, queria Jair Bolsonaro como candidato. O que existe hoje é uma realidade imposta por uma perseguição política implacável, que o impede, neste momento, de disputar a eleição”, detalhou.

Diante desse cenário, conforme o parlamentar, Flávio Bolsonaro surge como o nome mais preparado para dar continuidade ao projeto do pai.

“O senador representa o legado do presidente Jair Bolsonaro, conhece profundamente as pautas da segurança pública, da liberdade religiosa e do setor produtivo, tendo plena capacidade de liderar esse campo político”, assegurou.

Coronel David reforçou o apoio à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República. O vereador André Salineiro (PL), que é policial federal, reconhece que dentro da segurança pública há várias opiniões diferentes sobre a questão.

“Na minha opinião, muitas coisas ainda estão por vir até março do próximo ano, que é quando se abre a janela partidária e as chapas tendem a se definir. Não tenho nada contra os nomes de Flávio Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas, sendo ambos fortes para representar a direita em 2026”, afirmou.

AGRONEGÓCIO

Nomes do setor afirmam que Flávio é visto como figura lateral, sem atuação consistente em agendas consideradas prioritárias pelo agronegócio, como crédito rural, regularização fundiária e abertura de mercados, enquanto Tarcísio tem serviços prestados na área.

Quando foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, foi responsável por apresentar o Plano Nacional de Logística à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, independentemente de quem seja o pré-candidato a presidente da República da direita, Flávio Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas, o importante é a união do grupo.

“Em 2026, é preciso que a direita esteja unida. Para o agro do Estado, qualquer um dos dois seria um bom nome, o que mais me preocupa é não termos uma frente ampla de direita, seja quem for o candidato”, finalizou.

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Política

Rio terá ponto facultativo na quarta em dia com finais envolvendo Flamengo e Vasco, diz Paes

Prefeito disse que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas

15/12/2025 23h00

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Tiago Ribeiro / Agif

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu uma boa notícia para os torcedores de Flamengo e Vasco. Ele anunciou em seu perfil no X, que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas.

Campeão da Libertadores, o rubro-negro entra em campo às 14h, em Doha, no Catar, para disputar o troféu da Copa Intercontinental em jogo único contra o Paris Saint-Germain, vencedor da Champions League. O confronto acontece no estádio Ahmad Bin Ali.

Já o Vasco inicia a briga pelo título da Copa do Brasil pelo compromisso de ida das finais do torneio contra o Corinthians. O duelo está marcado para as 21h30, em São Paulo, na Neo Química Arena. O confronto de volta será no próximo domingo, às 18h30, no Maracanã.

"Ainda bem que o prefeito é vascaíno, e o governador Cláudio Castro (PL) é flamenguista! Então é isso: quarta-feira tem ponto facultativo a partir do meio-dia. Aproveitem, torçam bastante, mas com responsabilidade e respeito. Boa semana e bons jogos", diz o texto da postagem.

Maiores detalhes sobre o assunto vão ser publicados em um decreto nesta terça-feira no Diário Oficial do Município.

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