Política

DENÚNCIA DE CORRUPÇÃO

Para André, se CPI for a fundo, 'República cai'

Para André, se CPI for a fundo, 'República cai'

DA REDAÇÃO

18/06/2014 - 00h00
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Para o governador André Puccinelli (PMDB), se a CPI da Petrobras, instalada no Senado e na Câmara Federal, ir a fundo nas investigações não irá sobrar nem a presidente Dilma Rousseff (PT) isenta, segundo reportagem na edição desta quarta-feira (18) do jornal Correio do Estado.  "Eu estive em Brasília, na convenção (...) e se puxar do fio da meada da Petrobras, ouvi de terceiros, que cai a República. Se forem a fundo”, disse ele.

Não é atoa que a presidente tem tido dores de cabeça com os escândalos da Petrobras, em que as principais denúncias são: suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, em que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, é acusado de ser o responsável pela negociação; indícios de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; e indícios de pagamento de propina a funcionários da petroleira pela holandesa SBM Offshore, empresa de aluguel e operação de plataformas.

Em março, o Estadão divulgou documentos inéditos que revelaram que a presidente votou em 2006 favoravelmente à compra de 50% da polêmica refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

A petista era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobras.

Ao justificar a decisão ao Estado, ela disse que só apoiou a medida porque recebeu “informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho”. Foi sua primeira manifestação pública sobre o tema. A reportagem é de Roberta Cáceres.

Política

Riedel se licencia do cargo por oito dias e Barbosinha assumirá o governo

Governador se ausentará das funções do dia 13 a 20 de abril, período em que poderá se ausentar do Estado e do País

09/04/2025 18h00

Eduardo Riedel se licencia e Barbosinha assume o governo semana que vem

Eduardo Riedel se licencia e Barbosinha assume o governo semana que vem Arquivo / Governo de MS

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), foi autorizado pelos deputados estaduais a se licenciar do cargo e se ausentar do Estado e do País de 13 a 20 de abril. O vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, assumirá o posto neste período.

A mensagem do governo, solicitando a autorização, foi lida e aprovada na sessão desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

"Comunico a esta Casa de Leis que no período de 13 a 20 de aril de 2025 a me licenciarei do exercício das funções de governador do Estado. Oportunamente em que poderei me ausentar do estado e do País. Informo que durante o referido período, a chefia do Poder Executivo será exercida, em substituição, pelo vice-governador José Carlos Barbosa", diz o ofício.

O texto não informa para onde o governador irá durante a Semana Santa.

Conforme reportagem do Correio do Estado, uma caravana composta por autoridades do Estado, incluindo o governador, está prevista para ir até até Paris na próxima semana, para receber o status de área livre da febre aftosa sem vacinação.

Férias

Em janeiro deste ano, Riedel também se licenciou do cargo, mas a título de férias, de 23 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro deste ano.

Na ocasião, o vice-governador de Mato Grosso do Sul, Barbosinha, assumiu o cargo de governador em exercício de 1º a 14 de janeiro.

No período anterior, de 26 de dezembro de 2024 até a transmissão do cargo para Barbosinha, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PSDB), exerceu a função de governador interino.

sem transparência

Bancada enviou R$ 28,11 por habitante de MS em "emendas Pix" sem prestar contas

No 1º semestre de 2024, conforme a Transparência Brasil, foram enviados R$ 77,4 milhões nessa modalidade de emenda

09/04/2025 08h30

Congresso nacional em Brasília

Congresso nacional em Brasília Arquivo

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A bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional enviou, por meio de emendas individuais impositivas por meio de transferências especiais, as chamadas “emendas Pix”, o montante de R$ 77.479.339,94 no primeiro semestre do ano passado sem prestação de contas por parte do governo estadual e das prefeituras municipais beneficiadas, conforme levantamento junto à organização Transparência Brasil.

Na prática, dividindo o valor de R$ 77.479.339,94 pela população de MS (2.756.700 habitantes), é possível dizer que a bancada federal enviou R$ 28,11 per capita sem nenhuma prestação de contas, contrariando lei aprovada pelo Congresso e na contramão da transparência exigida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O montante, ainda segundo a Transparência Brasil, põe MS como a 13ª unidade da Federação com o maior valor per capita por meio de “emendas Pix”, ficando atrás do Amapá (R$ 152,12), de Roraima (R$ 104,43), de Rondônia (R$ 58,16), de Sergipe (R$ 45,45), do Piauí (R$ 44,93), do Acre (R$ 41,94), de Tocantins 
(R$ 40,56), de Alagoas (R$ 32,78), do Rio Grande do Sul (R$ 29,60), de Mato Grosso (R$ 29,32), do Rio Grande do Norte (R$ 28,98) e do Maranhão (R$ 28,98).

Em nível nacional, o valor de “emendas Pix” enviadas sem prestação de contas chega a R$ 3,8 bilhões. Ou seja, o valor representa 86% do gasto de prefeitos e governadores a partir das verbas direcionadas pelos parlamentares por essa modalidade – um valor maior, por exemplo, que o previsto no Orçamento de 2024 para o combate a desastres (R$ 2,6 bilhões).

A pesquisa realizada pela Transparência Brasil mostra que 22 das 27 unidades da Federação e 2.757 municípios (metade do total) não apresentaram as informações. As transferências especiais foram criadas em 2019, com a justificativa de serem menos burocráticas – o valor chega mais rápido ao caixa na comparação com outros repasses.

Congresso nacional em Brasília

MPF

Em Mato Grosso do Sul, para garantir a transparência na aplicação de “emendas Pix” e coibir atos de corrupção, o procurador da República Luiz Gustavo Mantovani instaurou um procedimento administrativo 
a fim de acompanhar a aplicação desse recurso durante 2024 por parte do governo estadual 
e de 19 municípios.

Entre as cidades listadas estavam Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Bodoquena, Bonito, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Jaraguari, Miranda, Nioaque, Paraíso das Águas, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Sidrolândia e Terenos.

“Determina-se a realização das seguintes providências: (1) junte-se a presente portaria aos autos em epígrafe; (2) autue-se este procedimento na forma de procedimento administrativo, promovendo-se as alterações necessárias no sistema único, com o prazo de um ano, a contar de 31/12/2024; (3) comunique-se a instauração à egrégia 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, eletronicamente, com cópia da portaria de instauração; e (4) ficam nomeados os servidores lotados neste 3º Ofício da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul para secretariar o presente feito, os quais, por serem funcionários do quadro efetivo, atuarão independentemente de compromisso”, trouxe trecho da portaria.

O procurador da República em MS ainda determinou que o Estado e os municípios informem se receberam valores via “emendas Pix” e que, em caso positivo, forneçam “os dados das contas bancárias específicas abertas para a movimentação de tais recursos, bem como informações sobre o valor total recebido e sobre para onde os referidos recursos foram ou serão utilizados”.

Além disso, também foi expedida a recomendação aos entes públicos para que providenciem a completa prestação de contas de todos os recursos utilizados em 2024 na plataforma Transferegov.br.

Mantovani considerou que as “emendas Pix” reduzem a capacidade de controle da aplicação de verbas federais e que, “uma vez que são desprovidas das ferramentas de fiscalização constitucionais, arriscam a se convolar em instrumento deturpador das práticas republicanas”.

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