Política

ENCONTRO

Para Gerson, reunião de deputados com Riedel reforça parceria de Executivo com Legislativo

O governador anunciou um incremento de 33% no valor das emendas individuais, que passaram de R$ 1,5 milhão para R$ 2 milhões por parlamentar

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Após reunião do governador Eduardo Riedel (PSDB) com os deputados estaduais na manhã desta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa, o presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP), avaliou como “extremamente positiva e de caráter republicano” o primeiro encontro oficial dos parlamentares com o chefe do Executivo estadual.
 
Na reunião, Riedel detalhou aos deputados estaduais o trâmite e a liberação dos recursos das emendas que neste exercício tiveram um incremento de 33%, passando de R$ 1,5 milhão para R$ 2 milhões por parlamentar, sendo que o valor mínimo das emendas passou de R$ 40 mil para R$ 50 mil. 
 
Em razão disso, neste ano, as emendas parlamentares somarão R$ 48 milhões, sendo R$ 28,8 milhões para saúde, enquanto a parcela complementar de R$ 19,2 milhões contemplará as ações nas áreas da assistência social, educação, segurança pública, meio ambiente, desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação. 
 
“Foi uma reunião de trabalho com representantes de todas as bancadas que puderam fazer ponderações diretamente ao governador que apresentou um calendário até a liberação dos recursos”, destacou Gerson Claro, admitindo que na discussão do orçamento de 2024 pode ter espaço para ampliar o teto das emendas. 
 
“A Assembleia Legislativa, sem renunciar às suas prerrogativas, é parceira do Executivo na construção dos projetos de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, acrescentou o presidente da Casa de Leis.
 
Até o dia 2 de maio, os deputados estaduais terão de indicar os municípios e as entidades beneficiárias, enquanto até o dia 17 de maio a Casa Civil fará a análise preliminar da documentação. 
 
O processo será concluído até 1º de agosto e a liberação de recursos está prevista para 1º de outubro. A destinação da saúde será na modalidade de aplicação Fundo a Fundo, ou seja, do Fundo Estadual ao Fundo Municipal. 
 
Outras formas de destinação são transferência a municípios, a instituições privadas sem fins lucrativos, a consórcios públicos e aplicação direta. Ao término da reunião, o governador Eduardo Riedel observou que as emendas são instrumentos importantes para a sociedade sul-mato-grossense.
 
“O deputado é aquela pessoa que está na base conversando com as lideranças políticas da sociedade civil e conhecedores das necessidades específicas de uma cidade e de uma região", declarou o chefe do Executivo.

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MATO GROSSO DO SUL

PSDB consolida sua hegemonia em número de prefeitos e vereadores

Enquanto o partido definha nacionalmente, no Estado a legenda fez 45 prefeitos, 17 vice-prefeitos e 256 vereadores

08/10/2024 08h30

Reprodução IA

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As eleições municipais deste ano em Mato Grosso do Sul serviram para consolidar a hegemonia do PSDB, tanto no quantitativo de prefeitos eleitos como no número de vice-prefeitos e vereadores eleitos, enquanto no resto do Brasil 
a legenda definha.

Conforme levantamento feito pelo Correio do Estado, o tucanato transformou o território sul-mato-grossense em um reduto, ao eleger 45 prefeitos, 17 vice-prefeitos e 256 vereadores nos 79 municípios.

Já em nível nacional a quantidade de administrações municipais do PSDB foi reduzida quase à metade nestas eleições, passando de 515 para 269. 

Escreva a legenda aqui

Em São Paulo, por exemplo, onde o partido governou por 28 anos, o número de prefeitos caiu de 170 para 21. Na capital paulista, o apresentador José Luiz Datena teve menos de 2% dos votos e nenhum tucano se elegeu vereador. A realidade nacional do PSDB, entretanto, passa despercebida em Mato Grosso do Sul.

Aqui no Estado, o ninho tucano não para de crescer. Tirando Campo Grande, cuja prefeitura será disputa no segundo turno por Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil), a legenda conquistou as prefeituras das maiores cidades sul-mato-grossenses, como Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas.

Além disso, Mato Grosso do Sul é governado pelo terceiro mandato consecutivo pelo PSDB. Nos primeiros oito anos, 
o governador foi Reinaldo Azambuja, e desde 2023 o Executivo estadual segue nas mãos de Eduardo Riedel.

Na avaliação de Azambuja, atual presidente estadual do PSDB e tesoureiro da executiva nacional da legenda, o sucesso dos tucanos no Estado é fruto da política municipalista adotada por ele e que está tendo continuidade com Riedel.

“Também não podemos esquecer que foram fator determinante as propostas de gestão apresentadas aos eleitores pelos prefeitos reeleitos e pelos candidatos que conquistaram o primeiro mandato”, disse Azambuja ao Correio do Estado.

O ex-governador acrescentou ainda que os prefeitos eleitos pelo PSDB somaram quase 370 mil votos, que poderão ajudar nas pretensões do partido nas eleições de 2026.

VICES E VEREADORES

Além das 45 prefeituras conquistadas – isto é, 56% do total de 79 municípios de Mato Grosso do Sul –, o PSDB conseguiu eleger ainda os vice-prefeitos de 17 municípios.

São eles: Aparecida do Taboado, Bonito, Camapuã, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Guia Lopes da Laguna, Inocência, Japorã, Jateí, Rio Brilhante, Rio Verde, Sonora e Tacuru.

Se no Executivo municipal os tucanos são maioria, no Legislativo não é diferente, pois a legenda elegeu 256 vereadores de um total de 849 nos 79 municípios de MS – ou seja, mais de 30%.

Com tantos vereadores, o PSDB tem também as maiores bancadas na Câmaras Municipais de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, as três maiores do Estado.

ELEIÇÕES 2024

Adriane Lopes deve receber apoio do governador no 2º turno das eleições

A prefeita da Capital e a senadora Tereza Cristina se reuniram no fim da tarde de ontem com o governador Eduardo Riedel

08/10/2024 08h00

O governador Eduardo Riedel, a senadora Tereza Cristina e a prefeita Adriane Lopes em 2022

O governador Eduardo Riedel, a senadora Tereza Cristina e a prefeita Adriane Lopes em 2022 Foto: arquivo

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Após mais de uma hora de reunião a portas fechadas, realizada no fim da tarde de ontem entre o governador Eduardo Riedel (PSDB), a senadora Tereza Cristina (PP) e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), o apoio do tucano à reeleição da candidata progressista no segundo turno das eleições municipais deste ano está praticamente sacramentado.

Apesar de Riedel bater na tecla de que a decisão oficial de o PSDB apoiar ou não Adriane será definida e anunciada no fim da tarde de hoje pelo presidente municipal da sigla, o deputado federal Beto Pereira – que foi o candidato do partido à prefeitura, mas que não conseguiu chegar ao segundo turno –, fontes tucanas e progressistas ouvidas pelo Correio do Estado dão como certa que as duas legendas caminharão unidas mais uma vez.

Em 2022, no segundo turno das eleições gerais, Adriane declarou apoio à candidatura de Riedel ao governo do Estado, enquanto a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) – então candidata derrotada ao cargo no pleito daquele ano – bateu o martelo a favor da candidatura do deputado estadual Capitão Contar (PRTB).

Agora, conforme as fontes ouvidas pela reportagem, chegou a vez de o governador retribuir o favor da prefeita e, neste segundo turno, declarar apoio à reeleição dela.

Afinal, Adriane é indicação de Tereza Cristina, amiga de longa data de Riedel desde o tempo em que ele era presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul).

E é essa reciprocidade que fez com que a senadora fosse procurar o governador para pedir o apoio dele à prefeita neste segundo turno.

Ao Correio do Estado, Tereza Cristina afirmou que a reunião com Riedel foi muito produtiva, mas que ele disse que a definição sobre esse apoio a Adriane sairá do encontro das lideranças municipais do PSDB com Beto Pereira.

“A conversa foi muito boa, mas o Eduardo deixou essa decisão nas mãos do Beto. Ele foi muito receptivo, e agora só nos resta esperar”, declarou, reforçando que o apoio tem de ser pedido, pois ele “não cai do céu”. Tereza Cristina disse à reportagem que estava embarcando para Brasília (DF), onde terá votações importantes no Senado.

Contudo, ela revelou que vai aproveitar a estadia na capital federal para conversar com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), a fim de alinhar o apoio da sigla à candidata Adriane Lopes neste segundo turno.

DIRETÓRIO MUNICIPAL

A reportagem apurou que Beto Pereira não deverá declarar apoio a nenhuma de suas adversárias que estão no segundo turno das eleições para a Prefeitura de Campo Grande.

Entretanto, o deputado federal agendou uma entrevista coletiva para a tarde de hoje, quando anunciará o seu posicionamento e o do PSDB para o segundo turno do pleito, que será disputado entre Adriane Lopes e Rose Modesto no dia 27.
A tendência é de que o parlamentar libere o partido para apoiar quem desejar.

Porém, a maioria das lideranças tucanas já trata como “inevitável” uma aliança com Adriane, pois a legenda mantém relações muito próximas com o PP, diferentemente de Rose Modesto, cuja relação foi truculenta durante a campanha eleitoral.

E é nesse contexto de “feridas abertas” que empurra o PSDB em direção a Adriane e que deve afastá-lo de Rose neste segundo turno.

O Correio do Estado procurou o ex-governador Reinaldo Azambuja, que é o presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul. Ele confirmou a reunião de hoje à tarde para definir essa questão.

“A decisão cabe ao diretório municipal do PSDB, do qual o Beto é o presidente. Portanto, esse assunto cabe a ele resolver”, frisou.

Fontes de dentro do partido cravaram que a tendência é de que o deputado federal fique neutro, pois durante sua campanha ele combateu as duas candidatas, falando que ambos não seriam boas gestoras para Campo Grande.

No entanto, o restante do ninho tucano deverá embarcar no projeto de reeleição de Adriane Lopes.

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