Política

eleições 2024

PDT teria desistido de pré-candidatura em Campo Grande para se aliar a Rose

A decisão seria da executiva nacional do partido, que não vê o nome de Lucas de Lima com chances reais de vitória

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A executiva nacional do PDT teria desistido de lançar candidatura própria à Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais do dia 6 de outubro para apoiar a pré-candidatura da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil).

Segundo informações obtidas pelo Correio do Estado com fontes do partido em Brasília (DF), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, entendeu que o nome do deputado estadual Lucas de Lima não teria a capilaridade necessária para disputar a Prefeitura de Campo Grande com chances de vitória.

Além disso, os boatos de aproximação de Lucas de Lima com o PSDB do ex-governador Reinaldo Azambuja não foram bem recebidos pela direção nacional do partido, que ainda tem mágoas pela forma como o deputado federal Dagoberto Nogueira trocou a legenda pelo ninho tucano, entre outras coisas.
Também foi levada em consideração na decisão a questão de as pesquisas qualitativas e quantitativas mostrarem queda do deputado estadual na preferência do eleitorado campo-grandense.

CRÍTICAS A MARQUINHOS

Outro argumento que pesou contra Lucas de Lima foi o fato de o deputado estadual tornar pública a insatisfação sobre a filiação do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad ao PDT, para disputar uma cadeira na Câmara Municipal da Capital.

O deputado estadual disse ao Correio do Estado, quando foi levantada a hipótese da ida de Marquinhos para o PDT, que estaria estudando a desistência da pré-candidatura a prefeito de Campo Grande por esse motivo.
“Estou analisando junto com a minha base, mas ainda continuo com a pré-candidatura. Porém, me prometeram que eu assumiria a presidência estadual do partido, e até agora não aconteceu”, reclamou.

Presidente municipal do PDT na Capital, ele afirmou que não queria o apoio de Marquinhos Trad. “Estou acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. Me sinto desprestigiado, se isto estiver realmente acontecendo”, lamentou.

Lucas de Lima disse na época que vinha trabalhando na construção da sua pré-candidatura há muito tempo e que não desejava contar com o apoio do ex-prefeito. “Isso vai contra todo o meu projeto de ser novidade, de apresentar à população de Campo Grande algo sem a velha política”, concluiu.

Agora, conforme as fontes ouvidas pela reportagem, o deputado estadual terá de aceitar a decisão de Carlos Lupi de não o lançar como pré-candidato e apoiar o nome de Rose Modesto.

A executiva nacional do PDT deve fazer o anúncio oficial de caminhar com a ex-deputado federal pelo União Brasil em julho, quando os prazos dados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o pleito deste ano terminarão.

DIRETÓRIO ESTADUAL

A reportagem procurou o presidente estadual do PDT, Cadu Gomes, mas, até o fechamento desta edição, ele não retornou aos contatos por telefone e por WhatsApp.

No entanto, na última conversa que o Correio do Estado teve com ele, a informação repassada foi de que estava conversando com a titular da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
Cadu Gomes acrescentou ainda que Rose Modesto “é uma pessoa que valoriza profundamente a educação e os trabalhadores, que são nossas principais bandeiras”.

Durante a entrevista que concedeu à Rádio CBN Campo Grande e ao Correio do Estado como pré-candidata à prefeitura da Capital, Rose Modesto disse, ao falar sobre o seu arco de aliança para o pleito deste ano, que estava conversando com alguns partidos e, entre eles, citou o PDT.

“Eu conversei com o PRD, eu tenho conversado com o PDT, tenho conversado com o pessoal lá também do DC, tenho também dialogado com partidos que têm pré-candidaturas porque, até ao período de registro, que vai ser em julho, pode ser que tenha alguém que ainda desista de colocar o nome”, declarou.

Ela ainda completou que estava dialogando com todos os partidos e tinha certeza que, até as convenções, teria no seu arco de aliança partidos e pessoas que compreendem o momento difícil que vive a cidade e a importância de trabalhar com o único objetivo de defender a Capital.

ALIADOS

A consolidação da aliança entre PDT e União Brasil também vai provocar um fato curioso, pois terá no mesmo palanque Marquinhos Trad e Rose Modesto.

Ambos já travaram uma acirrada disputa pela Prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2016, quando os dois foram para o segundo turno e Marquinhos Trad saiu vitorioso. Após essa eleição, os dois nunca mais ficaram lado a lado no campo político, porém, por ironia do destino, agora os dois estarão juntos e Marquinhos Trad terá de pedir votos para Rose Modesto.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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