Política

troca partidária

Pedrossian Neto deve deixar PSD por falta de chapa competitiva para 2026

O deputado estadual é o atual presidente do partido em Campo Grande e uma das principais lideranças da legenda

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Preocupado com a reeleição para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto pretende deixar o PSD na janela partidária de março do próximo ano, em decorrência da incapacidade de o partido formar uma chapa competitiva para as eleições de 2026.

Conforme apuração do Correio do Estado, o parlamentar teria confidenciado com os colegas de parlamento que seria praticamente inviável conseguir ser reeleito na situação atual do PSD e, por causa dessa questão, sua última esperança seria trocar de legenda quando for permitido pela legislação eleitoral.

A reportagem também apurou que na próxima semana o presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, terá uma reunião a portas fechadas com Pedrossian Neto, que é o atual presidente municipal da sigla em Campo Grande, com o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, e com o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Elias Verruck.

Esse encontro entre as principais lideranças do partido em Mato Grosso do Sul será para tratar das candidaturas para 2026, afinal, Nelsinho e Pedrossian Neto tentarão a reeleição, enquanto Barbosinha deve também tentar uma vaga na Assembleia Legislativa, enquanto Jaime Verruck sonha com uma cadeira na Câmara dos Deputados.

O Correio do Estado foi informado de que eles devem pressionar o presidente estadual do PSD para que fale com o governador Eduardo Riedel (PP) sobre a viabilidade de o chefe do Executivo estadual incluir o partido na ampla aliança e ajudar na formação de uma chapa competitiva para o pleito do próximo ano.

Na eventualidade de não ser algo possível, o PSD pode sofrer uma debandada em Mato Grosso do Sul, perdendo suas principais lideranças, pois, apesar de a sigla ter um Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral, robusto, a ausência de nomes fortes para a formação da chapa acaba anulando a abundância de recursos.

Para tentar reverter essa situação, recentemente, Nelsinho Trad disse ao Correio do Estado que as portas do PSD estão abertas para os parlamentares tucanos que não tiverem espaço no PP, para onde foi o governador Eduardo Riedel, e nem no PL, que ficará sob o comando do ex-governador Reinaldo Azambuja, que assumirá a legenda no dia 21 de setembro.

“Na hora dos arranjos, nem todos os deputados estaduais e federais do PSDB vão ter espaço no PP ou no PL, muitos pela ideologia mais à direita dessas duas legendas, outros porque podem continuar no ninho tucano. Para aqueles que vão sair, o PSD está pronto para recebê-los, pois temos tempo de rádio e televisão, bem como um Fundo Eleitoral bem gordo”, avisou.

Porém, conforme ele, o PSD precisa se encorpar para poder fazer frente a uma disputa eleitoral aqui em Mato Grosso do Sul, “mas não adianta querer colocar o carro na frente dos bois”.

“Precisamos ter muita calma nessa hora e sem sofrer por antecipação. Vamos esperar todo mundo se ajeitar, e penso que, a partir do momento que isso acontecer, o PSD vai ser um partido interessante para poder abrigar alguns que não couberem na janela do ônibus, tanto do PL quanto do PP. A gente tem a mesma linha de pensamento e é isso que nós vamos colocar com muita maturidade, com muita tranquilidade”, assegurou.

Nessa mesma entrevista ao Correio do Estado, o senador já tinha destacado que planejava uma reunião com as demais lideranças do partido no Estado para discutir as estratégias que o PSD adotará para as eleições gerais do próximo ano.

Procurado pela reportagem, o deputado estadual Pedrossian Neto negou que pretende deixar a legenda. “Não tem nada disso. Tudo não passa de especulação. Estou no PSD e vou continuar no partido”, assegurou.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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