Política

ELEIÇÕES 2026

Pesquisa Correio do Estado/IPR aponta empate triplo para o Senado em MS

Ao todo, foram entrevistadas 1.700 pessoas nos 12 maiores municípios do Estado no período de 1º a 6 de dezembro

Continue lendo...

Pesquisa de intenções de votos para o Senado, realizada pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), com 1.700 eleitores de 12 municípios de Mato Grosso do Sul, no período de 1º a 6 de dezembro deste ano, apontou empate técnico triplo para as duas vagas ao cargo no Estado, considerando a margem de erro de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Conforme o levantamento estimulado, quando são apresentadas aos entrevistados as opções com os nomes dos candidatos, na média da somatória do primeiro com o segundo voto, estão tecnicamente empatados o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), com 17,76%, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PL), com 16,74%, e o senador Nelsinho Trad (PSD), com 13,59%.

Com os 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos de margem de erro, os três teriam os mesmos porcentuais.

Além disso, ainda de acordo com a pesquisa Correio do Estado/IPR, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), aparece colada nos três, com 12,12%. Também considerando a margem de erro de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos, ela estaria tecnicamente empatada com Capitão Contar e Nelsinho Trad.

Também de acordo com o levantamento, muito atrás aparecem a senadora Soraya Thronicke (Podemos), com 4,68%, o deputado federal Marcos Pollon (PL), com 3,74%, a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), com 2,21%, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Gerson Claro (PP), com 1,38%, e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (PSD), com 0,5%.

A pesquisa traz ainda que 5,97% dos 1.700 entrevistados estão indecisos em relação ao segundo voto para senador: 9,21% não votariam em nenhum deles e 12,12% não sabem ou não quiseram responder. No caso de considerar apenas os votos válidos, ou seja, quando são excluídos os votos nulos e os em branco, o empate triplo permanece.

Entretanto, Azambuja obteve 24,43%, Capitão Contar, 23,02%, e Nelsinho, 18,69%, enquanto Simone somou 16,67%, estando tecnicamente empatada apenas com o senador do PSD. Mais atrás temos Soraya, com 6,43%, Pollon, com 5,14%, Gianni, com 3,03%, Claro, com 1,9%, e Verruck, com 0,69%.

Já na pesquisa espontânea, quando não são apresentadas aos entrevistados as opções com os nomes dos candidatos, Azambuja ainda lidera, com 3,47%, seguido por Capitão Contar, com 1,59%, Nelsinho, com 1,53%, a senadora Tereza Cristina (PP), com 1,53%, Simone, com 1,35%, Pollon, com 0,94%, Soraya, com 0,71%, Gianni, com 0,47%, e o prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), com 0,18%.

Mais atrás estão Maria Cristina, de Ponta Porã, com 0,18%, o ex-prefeito de Três Lagoas Angelo Guerreiro (PL), com 0,12%, o ex-prefeito de Aquidauana Odilon Oliveira (PL), com 0,12%, Gerson Claro, com 0,06%, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 0,06%, e o deputado federal Vander Loubet (PT), com 0,06%. Dos entrevistados, 87,65% não sabem ou não quiseram responder.

101203A

REJEIÇÃO

A pesquisa Correio do Estado/IPR também levantou a rejeição dos pré-candidatos ao Senado em Mato Grosso do Sul, e Simone aparece na frente, com 12,29%, seguida por Contar, com 10,06%, Soraya, com 8,12%, Nelsinho, com 7,53%, Azambuja, com 4,82%, Pollon, com 3,06%, Gerson Claro, com 1,76%, Gianni, com 0,82%, e Verruck, com 0,53%. Dos entrevistados, 25,76% não rejeitam nenhum deles, 13,59% rejeitam todos e 11,65% não sabem ou não quiseram responder.

O levantamento ouviu, no período de 1º a 6 de dezembro de 2025, 1.700 pessoas com 16 anos ou mais, distribuídas pelos municípios de Campo Grande, Dourados, Sidrolândia, Ponta Porã, Nova Andradina, Amambai, Paranaíba, Aquidauana, Três Lagoas, Naviraí, Maracaju e Corumbá, tendo grau de confiança de 95%, com margem de erro de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Apesar de ter sido feita nos 12 maiores municípios sul-mato-grossenses, a pesquisa cobre a maior parte da capacidade eleitoral do Estado, ou seja, oferece uma fotografia extremamente fiel do cenário real, já que os pequenos municípios têm baixo peso estatístico.

Como as 12 cidades pesquisadas concentram mais de dois terços de todos os eleitores, a ausência dos municípios pequenos não distorce a tendência geral. Dois terços do eleitorado representam cerca de 1,25 milhão de eleitores, enquanto o Estado tem cerca de 1,88 milhão de eleitores (dado utilizado nas análises de 2022-2024).

ANÁLISE

Segundo o diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, primeiro, é preciso definir quais serão os candidatos para as eleições ao Senado. "Quais realmente disputarão as duas vagas, porém, com os nomes que foram colocados na pesquisa, quatro se destacaram: Azambuja, Capitão Contar, Nelsinho Trad e Simone Tebet", pontuou.

Ele frisou que, no caso do primeiro voto ao Senado, Capitão Contar saiu na frente, com 22%, mas logo em seguida vem Azambuja, com 20%, depois, Simone, com 14%, e Nelsinho, com 13%. "No segundo voto, Azambuja já está na liderança, com 15%, seguido por Nelsinho, com 14%, Capitão Contar, com 11%, e Simone, com 9%", destrinchou.

Na somatória dos dois votos, conforme Aruaque Barbosa, que é o que realmente conta, Azambuja está um pouco à frente, mas dentro da margem de erro, tendo Capitão Contar e Nelsinho Trad embolados. "Então, neste momento, os três estão empatados tecnicamente, só que a Simone também está muito próxima, com 12,12%", comentou.

Ele reforçou que é preciso verificar se todos os pré-candidatos vão realmente se manter no páreo, se Simone Tebet vai ser candidata pelo Estado ou por São Paulo, se Soraya Thronicke vai se arriscar, se Marcos Pollon vai mesmo concorrer ao Senado ou ao governo de MS e se Gerson Claro vai trocar a reeleição garantida como deputado estadual para concorrer ao Senado.

O diretor do IPR explicou que, por enquanto, a disputa pelas duas vagas para o cargo de senador está entre os quatro nomes melhores colocados na pesquisa: Azambuja, Capitão Contar, Nelsinho e Simone Tebet.

"Os dois primeiros concentram um voto mais alinhado à direita e à centro-direita, enquanto Simone tem um voto mais alinhado à esquerda e Nelsinho oscila entre centro e um pouco da direita. Agora vai depender das estratégias de cada candidato para conseguir conquistar os votos dos eleitores, principalmente desses indecisos ainda", analisou.

Aruaque Barbosa completou que a tendência é de que a disputa pelas duas vagas ao Senado seja acirrada.

"É preciso entender para quem, se os outros pré-candidatos com menores porcentuais desistirem, os votos deles vão migrar. Com o tempo, a gente consegue ver quem consegue pegar esses votos e quem vai conseguir conquistar os votos dos indecisos", concluiu.

Assine o Correio do Estado

Política

Saiba como votou a bancada de MS na regularização de terras de fronteira

Projeto que flexibiliza regras para regularização de terras na faixa de fronteira divide votos entre parlamentares sul-mato-grossenses

09/12/2025 22h08

Plenário da Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados Agência Câmara

Continue Lendo...

O deputado federal Vander Loubet (PT), integrante da base de apoio ao governo Lula, votou contra o Projeto de Lei 4.497/24, enquanto o deputado Marcos Pollon (PL), da oposição, não participou da votação — apesar de ter registrado presença na sessão. O texto, aprovado na noite desta quarta-feira, permite a regularização de propriedades rurais em faixa de fronteira com origem em títulos de alienação ou concessão de terras devolutas emitidos pelos estados até outubro de 2015. Os demais parlamentares sul-mato-grossenses votaram a favor da proposta.

O projeto afeta uma faixa de até 150 quilômetros a partir da linha de fronteira em Mato Grosso do Sul, autorizando que os atuais ocupantes obtenham registro da terra mediante apresentação de declaração escrita e assinada, quando não for possível emitir certidões diretamente do órgão responsável ou nos casos em que o prazo de resposta ultrapassar 15 dias.

O texto também abre caminho para regularizar grandes propriedades — acima de 15 módulos fiscais — mesmo em áreas que tenham processos administrativos de demarcação indígena em andamento, incluindo territórios tradicionalmente ocupados. No entanto, imóveis superiores a 2,5 mil hectares só poderão ser regularizados com anuência do Congresso Nacional e mediante o cumprimento dos requisitos legais.

Com essa redação, Vander Loubet votou contra a matéria. Já Marcos Pollon, embora presente na sessão segundo registros da Câmara, não registrou voto. Minutos antes, porém, o deputado havia votado a favor de um requerimento para encerrar a discussão da proposta.

Os deputados Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Geraldo Resende (PSDB) e Rodolfo Nogueira (PL) apoiaram o projeto e votaram pela sua aprovação.

Como votou cada deputado de MS

A favor do projeto:

 

  • Beto Pereira (PSDB)
  • Camila Jara (PT)
  • Dagoberto Nogueira (PSDB)
  • Dr. Luiz Ovando (PP)
  • Geraldo Resende (PSDB)
  • Rodolfo Nogueira (PL)

 

Contra o projeto:

  • Vander Loubet (PT)

 

Não votou (com presença registrada):

  • Marcos Pollon (PL)

Política

Alcolumbre diz que pretende votar dosimetria e governistas rebatem

O presidente do Senado, manifestou nesta terça-feira, 9, a intenção de pautar, na próxima semana, o projeto de dosimetria de penas que beneficiará condenados do 8 de janeiro

09/12/2025 22h00

Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Continue Lendo...

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), manifestou nesta terça-feira, 9, a intenção de pautar na próxima semana em plenário o projeto de dosimetria de penas que beneficiará condenados do 8 de Janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Alcolumbre, a decisão faz parte de um acordo feito com líderes da Casa. O texto deve ser analisado ainda nesta terça-feira, 09, pela Câmara.

"Fiz um compromisso com líderes, comigo mesmo e com o Senado Federal e, sobretudo com o Brasil, de que, se a Câmara deliberasse esse assunto, o Senado Federal deliberaria ... Vamos deliberar esse projeto no Senado assim que a Câmara deliberar, neste ano ainda", declarou Alcolumbre durante sessão do Senado na tarde desta terça.

Alcolumbre afirmou que o projeto de dosimetria que tramita na Câmara nasceu com contribuições do Senado - o próprio Alcolumbre redigiu uma minuta com redução de penas que valesse somente para os crimes de multidão, sem contemplar as lideranças.

A declaração foi rapidamente contestada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), e senadores governistas. "Não é possível que não passe na CCJ. Passou meses lá na Câmara. Vai chegar aqui e votar imediatamente? É uma coisa que não posso aceitar ... Não pode votar no afogadilho. É um desrespeito aos senadores".

Alcolumbre sugeriu que, caso o projeto seja aprovado pela Câmara, encaminhará o texto à CCJ do Senado ainda nesta terça-feira, 9. Pela sugestão de Alcolumbre, o projeto poderia ser analisado pela comissão amanhã, 10, e em plenário na próxima semana. Alcolumbre afirmou que há senadores de oposição que coletam assinaturas para dar urgência ao texto, o que dispensaria a análise da CCJ.

Otto rebateu a possibilidade e lembrou que as sessões do Senado na próxima semana serão semipresenciais. Senadores aliados ao governo defenderam a análise da CCJ.

"Não é possível votar uma matéria dessa importância, que faz uma anistia ou dosimetria, e que a redução da pena do ex-presidente da República Jair Bolsonaro já está no texto do relator. O Senado não pode aceitar passivamente que isso tramite no mesmo dia", falou Renan Calheiros (MDB-AL).
 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).