Política

eleições 2024

Pesquisa mostra indefinição na disputa para prefeito de Campo Grande

Levantamento Ipems/Correio do Estado apontou Adriane Lopes, Zeca do PT e Beto Pereira muito perto um do outro na disputa

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Faltando pouco mais de 1 ano para o início da campanha para prefeito de Campo Grande, o cenário da disputa entre os pré-candidatos às eleições de 2024 é de empate técnico. É o que aponta a pesquisa do Ipems/Correio do Estado. 

A prefeita Adriane Lopes (PP), candidata natural à reeleição, aparece em primeiro lugar na disputa, com 26,17% das intenções de voto no cenário consultado pelo instituto.

Logo na sequência está o deputado estadual Zeca do PT, com 25,34% das intenções de voto, segundo a pesquisa. Ainda empatado tecnicamente com os dois primeiros aparece o deputado federal Beto Pereira (PSDB), com 18,44% das intenções. Marcos Pollon (PL), tem 9,18% das intenções. 

No cenário verificado pelo Ipems, os indecisos representam 20,22%. Conforme o presidente do instituto, Lauredi Sandim, o grande volume se dá em virtude de alguns fatores, como a distância para o pleito e o fato de alguns dos pré-candidatos não serem muito conhecidos pelo grande público. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 19 de julho deste ano, em Campo Grande. Foram entrevistadas 400 pessoas, e a margem de erro é de 4,9 pontos porcentuais para mais ou para menos. 

O grau de confiança do levantamento é de 95%, o que significa que, a cada 100 levantamentos semelhantes que forem feitos no mesmo universo eleitoral e com a mesma amostragem, em 95 deles o resultado será muito semelhante. 

Espontânea

O Ipems/Correio do Estado também fez um levantamento espontâneo das intenções de voto, em que a pergunta é feita de forma direta: “Em quem você votaria para prefeito de Campo Grande se as eleições fossem hoje?”. 

Vários nomes foram citados. O ex-prefeito por dois mandatos e ex-governador por dois mandatos André Puccinelli (MDB) puxa a fila, com 2,87% das intenções espontâneas. Em segundo aparece um dos pré-candidatos da próxima disputa, o deputado federal Beto Pereira, com 2,26%.

A pesquisa espontânea ainda tem Capitão Contar (PRTB) em terceiro, com 1,46%; Zeca do PT, com 1,21%; e o deputado estadual Lucas de Lima (PDT), com 0,83%. Na sequência aparecem Adriane Lopes, com 0,75%; Marquinhos Trad (PSD), com 0,75%; a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 0,22%; o vereador e atual presidente da Câmara, Carlão (PSB), com 0,22%; e o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PSD), com 0,21%. 

Até mesmo o governador Eduardo Riedel (PSDB), com 0,21%, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), com 0,15%, foram citados na pesquisa espontânea, embora seja improvável e praticamente impossível que eles concorram. O ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), por ter sido reeleito nas eleições passadas, também não pode se candidatar nas eleições atuais. 

Rejeição

O Ipems/Correio do Estado também mediu a rejeição no mesmo cenário dos pré-candidatos pesquisados. A pesquisa afere a rejeição no método “mercado eleitoral”, que combina o conhecimento do candidato pelo eleitor, as imagens positivas e negativas, além do mercado potencial e das preferências individuais. O resultado é a rejeição individual. 

Nessa linha, o deputado estadual e ex-governador Zeca do PT é o mais rejeitado, com 47,42% das respostas. A prefeita Adriane Lopes é rejeitada por 37,20% dos entrevistados. 

Na sequência aparece o deputado federal Marcos Pollon, com 26,09% de rejeição. O menos rejeitado, conforme o Ipems, é o deputado federal tucano Beto Pereira. Apenas 21,48% consideraram que não haveria nenhuma chance de voto nele. 

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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