Política

Eleições 2022

"Plano de governo vazio, generalista e evasivo", diz Riedel sobre Capitão Contar

Candidato do PSDB, diz que capitão aposentado promete compliance para combater corrupção, mas não teve cuidado de aplicar as mesmas regras em sua chapa

Continue lendo...

Em debate promovido pelo Correio do Estado e a rádio CBN Campo Grande, o candidato do PSDB, Eduardo Riedel, disse que o candidato do PRTB, o capitão reformado do Exército, Renan Contar, 38 anos, fala em “compliance” sem ter a menor ideia do que está falando.


“É tema único de campanha porque não tem o que falar, não tem proposta. Um plano de governo vazio, generalista, evasivo, não tem o que dizer. E aí fica apontando o dedo, me acusa de um monte de coisa e fica falando esse tipo de situação”.


Antes de falar sobre sua proposta, o tucano afirmou: “Vou ensinar para ele o que é compliance no órgão público, porque é o programa de integridade do Mato Grosso do Sul”.


As declarações de Eduardo Riedel foram dadas em resposta à pergunta do editor do Correio do Estado, Eduardo Miranda, sobre os projetos anticorrupção do plano de governo do candidato. O jornalista colocou em pauta as suspeitas de caixa 2 que pairam sobre a campanha do candidato do PRTB e capitão aposentado do Exército, Renan Contar.


Contar não foi ao debate, mas tem prometido implantar o compliance (investigação prévia e interna antes das tomadas de decisão) em sua administração. Em sua campanha, porém, tem sido alvo de denúncias, e processos antigos ligados a seus aliados têm vindo a público neste período. Essas situações, em uma empresa, poderiam ter sido barradas pelo compliance.

 

Compliance


A palavra vem do verbo do inglês “to comply”, que se refere a estar em conformidade com leis, padrões éticos, regulamentos internos e externos.
No Brasil, o termo ficou mais conhecido após a promulgação da Lei n° 12.846/13, também chamada de “Lei Anticorrupção”, que responsabiliza pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. 

 

Proposta apresentada por Riedel


Durante a sabatina, Eduardo Riedel afirmou que 32 autarquias estaduais estão com a capacidade de entrar no programa, que fará primeiro uma consultoria específica da própria Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (CGE), que é um órgão independente, isento, que tem o respaldo da Controladoria-Geral da União (CGU), que também estará no programa, que será conduzido dessa forma.


“O nosso ISO, a nossa garantia da prevenção à corrupção dentro do estado, é a própria CGU, mesmo não tendo verba federal, numa correlação que a CGE está montando com eles. Então você entra com consultoria, define processos, altera e implanta isso para que não haja brecha ou margem para qualquer mal feito, e no segundo momento a CGU vem avalizar tudo que foi construído. É assim que eu vou conduzir o programa de prevenção à corrupção”.


Segundo o candidato, a proposta irá além: o plano é mandar uma lei para a Assembleia, que faça com que todo o fornecedor do estado que tenha um núcleo de inteligência da CGE, que tenha discutido amplamente sobre o assunto, e que realize um fornecimento de R$15 milhões por ano para o estado, tenha em sua empresa um programa ditado pelo governo. 


“O programa de prevenção estará no fornecedor do estado. É uma outra maneira de fortalecer diretamente essa situação de prevenção à corrupção”, completou.


No tempo que restou para a resposta, Riedel voltou a se defender dos ataques de Contar.
“Ele me acusa muito. Não tenho um processo, uma investigação, nada na minha vida em todas as instituições e no governo”, finalizou.

 

Debate

 

Vale lembrar que ambos os candidatos, que disputam o segundo turno, foram convidados formalmente para a discussão, mas Capitão Contar não compareceu ao debate. Sendo assim, Eduardo Riedel foi entrevistado por jornalistas e convidados, conforme previsto no regulamento.

 

Assine o Correio do Estado.
 

ELEIÇÕES 2024

Candidato a prefeito de Nova Andradina é réu em ação milionária por estelionato

O médico Leandro Fedossi, que concorre ao pleito pelo PSDB, não teria pago R$ 2,1 milhões na compra e na venda de gado

20/09/2024 08h00

Dr. Leandro é vereador e disputa a cadeira de prefeito de Nova Andradina pelo PSDB

Dr. Leandro é vereador e disputa a cadeira de prefeito de Nova Andradina pelo PSDB Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Candidato a prefeito de Nova Andradina (MS), o médico Leandro Ferreira Luiz Fedossi, o Dr. Leandro, da coligação “Unidos por Nova Andradina”, composta pela Federação PSDB/Cidadania, Republicanos, MDB, Podemos, PL, PSB, Avante, PP e PSD, é réu em ação declaratória de cobrança e indenização por danos morais e tutela de urgência, no valor de  R$ 2.162.262,65, referente à compra e à venda de gado, impetrada pelo casal de pecuaristas de Costa Rica (MS) Marcos José Campos e Renata Barbosa Lima Campos.

Além disso, o casal de produtores rurais também registrou notícia-crime (boletim de ocorrência) por estelionato, apropriação indébita e associação criminosa contra Dr. Leandro, o pai dele, o pecuarista Diomar Ferreira Luiz Fedossi, e o irmão dele, o pecuarista Diomar Ferreira Luiz Fedossi Júnior, ambos moradores de Campo Grande (MS), que são sócios e teriam praticado uma série de condutas ardilosas e premeditadas contra os autores da ação.

Segundo os autos, aos quais o Correio do Estado teve acesso com exclusividade, o candidato Dr. Leandro, que já recebeu do PL e do PSDB, via Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mais de R$ 560 mil para campanha eleitoral, o pai e o irmão teriam se apossado de uma grande quantidade de dinheiro relativo à venda do mesmo rebanho bovino para duas pessoas diferentes, deixando de entregá-lo aos compradores.

Ainda conforme os autos, simultaneamente, o trio dilapidou o patrimônio “oficial” e registrou os ativos milionários em nome apenas do Dr. Leandro, que é vereador e presidente da Câmara Municipal de Nova Andradina, figurando quase como um “sócio oculto”. 

Diante dessa conduta, o casal de pecuaristas solicitou à Justiça que os réus sejam declarados e reconhecidos como sócios de fato e, portanto, possam ser condenados, solidariamente, ao devido ressarcimento em favor dos autores da ação.

ENTENDA O CASO

Os três réus se associaram informalmente em algum momento anterior a fevereiro de 2019 e formaram uma sociedade de fato para compra e venda de gado. 

Além disso, eles usavam a Fazenda São Jorge, pertencente a Diomar Ferreira Luiz Fedossi, para o exercício da atividade e como local principal onde realizavam suas transações, compartilhando entre si os resultados positivos da próspera sociedade, os quais não se restringiam apenas ao âmbito profissional, mas também a um estilo de vida marcado pelo desfrute de itens de luxo, como propriedades imobiliárias, veículos como SW4 e Dodge RAM, jet skis e frequentes viagens.

Nesse contexto, por conta de sua reputação como grandes pecuaristas da região, em 23 de fevereiro de 2020, o casal de pecuaristas Marcos José Campos e Renata Barbosa Lima Campos optou por investir seu capital, no valor de 
R$ 478.500, na aquisição de 165 vacas paridas, com bezerros no pé, negociando diretamente com Diomar Ferreira Luiz Fedossi Júnior.

Durante as negociações, agindo com evidente dolo premeditado à frente da sociedade, ele ofereceu ao casal o uso de pastagens para manutenção das vacas adquiridas por algum tempo, para posterior retirada. 

No momento subsequente acordado para a retirada dos animais, Diomar Ferreira Luiz Fedossi Júnior começou a dizer que não poderia entregá-los nem emitir a nota fiscal de venda, alegando que seu irmão, o Dr. Leandro, estava lhe processando judicialmente.

Além disso, o casal destacou que, durante o período de cobrança, Diomar Ferreira Luiz Fedossi Júnior alegou, ainda, estar enfrentando dificuldades financeiras. Entretanto, foram identificadas diversas contradições entre suas declarações e a realidade dos fatos. 

Um funcionário da família Fedossi ainda revelou para Marcos José Campos e Renata Barbosa Lima Campos que o patrão tinha vendido as vacas para outro pecuarista.

A defesa do casal acrescentou à ação que, mesmo alegando suposta dificuldade financeira, Diomar Ferreira Luiz Fedossi Júnior não deixou de efetuar gastos supérfluos, destinando R$ 24.400 para a aquisição de itens para seu quadriciclo, incluindo um novo sistema de som, desembolsando, ainda, a quantia de R$ 600 para mão de obra.

O trio ainda declarou para a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) a existência de 1.187 bovinos, três muares e 30 suínos na Fazenda São Jorge, mais 3.786 bovinos na Fazenda Alvorada e mais 1.861 bovinos na Fazenda Três Barras, totalizando mais de 6.800 reses nas três propriedades dos sócios, comprovando contradições entre as alegações de dificuldades financeiras feitas pela sociedade e a situação real de seus negócios.

OUTRO LADO

A reportagem procurou o Dr. Leandro para ouvir uma declaração dele sobre as graves acusações, porém, o candidato solicitou que fosse feito contato com os seus advogados. 

O Correio do Estado ligou para os dois advogados indicados por ele e foi informado que o cliente teria sido arrolado indevidamente na ação. Segundo a nota enviada pela defesa, “ele foi arrolado indevidamente no polo passivo da ação, pois nunca negociou nenhum tipo de rebanho com o autor da ação”. 

“O meu cliente não o conhece e nunca conversou pessoalmente ou por telefone. Trata-se de uma negociação feita exclusivamente com o irmão Diomar Júnior. Aliás, em audiência, o próprio autor da ação reconheceu que nunca negociou com o Dr. Leandro, inclusive apresentamos defesa nos autos pedindo a exclusão do polo passivo da ação”, declarou a defesa.

Saiba

O município de Nova Andradina tem cinco candidatos a prefeito nas eleições municipais deste ano. São eles: Dione Hashioka (União Brasil), Dr. Leandro (PSDB), Marcos Dan (PT), Marcos Guimarães (Novo) e Milton Sena (PDT). O município tem ao todo 35.765 eleitores, sendo 20.677 com biometria (57,81%) e 15.088 sem biometria (42,19%).

Política

Moraes exige que a PF encontre e notifique usuários do X que abusaram após bloqueio

Investigadores devem comunicar usuários sobre suspensão da plataforma pelo STF e sobre aplicação de multa em caso de reincidência.

19/09/2024 23h00

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes Divulgação/ Agência Brasil

Continue Lendo...

 O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a Polícia Federal monitore quem tem feito o "uso extremado" do X (ex-Twitter) no Brasil desde que a plataforma foi bloqueada no país, em 30 de agosto.

Segundo a decisão do magistrado, a PF deve identificar o usuário e notificá-lo de que o uso da rede social foi proibido pelo Supremo. Este seria o primeiro passo. Na ordem, o ministro escreve que, se for mantido ou reiterado o comportamento, caberá a aplicação de multa de R$ 50 mil.

Além de ter mandado suspender o X, Moraes já havia estabelecido o pagamento de R$ 50 mil a quem usasse o VPN (rede virtual privada) para conseguir acesso à plataforma. A decisão foi confirmada pela Primeira Turma do Supremo no início deste mês.

Segundo investigadores, a nova decisão de Moraes não especifica o que seria o uso extremado da plataforma, mas integrantes da PF imaginam que isso se refira a acessos ou publicações constantes na rede social.

Alguns políticos, sobretudo críticos ao ministro do STF, têm usado a plataforma e deixado isso claro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, fez um post no X em português e inglês no qual convocou seguidores para os atos de 7 de Setembro.

"Se estou fazendo este post, assumindo todos os riscos, é porque acredito que vale a pena lutar pela nossa liberdade e a de nossos filhos", disse. E deixou claro: "Estou postando no X, escrevendo do Brasil".

Foi o mesmo tom da também deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). "Postando aqui, direto do X", para anunciar a própria presença no ato do próximo sábado em São Paulo", escreveu ela.
 

*Informações da Folhapress 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).