Política

IMPEACHMENT

PMDB descarta entendimento com PSDB sobre apoio a Temer

Não há essa hipótese de governo Michel Temer, pontuou o ministro do Turismo

AGÊNCIA BRASIL

14/09/2015 - 19h18
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O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, negou hoje (14) que seu partido, o PMDB, esteja conversando com o PSDB sobre um hipotético governo de Michel Temer, caso haja o afastamento da presidenta Dilma Rousseff. “Hoje, o Michel [vice-presidente] fez um discurso para empresários na linha de que as dificuldades vão ser superadas pelo governo Dilma Rousseff. Não há essa hipótese de governo Michel Temer”.

Sobre a notícia de conversas entre o PMDB e o PSDB, o ministro Henrique Alves ressaltou que é até desrespeitoso com o vice-presidente Michel Temer. “Não há possibilidade de conversar com o PSDB, em hipótese alguma, sobre um governo Michel Temer. Michel vai cumprir seu dever constitucional, vai ajudar o governo a superar a crise. O PMDB é governo, é leal ao governo”.

Henrique Alves está em Moscou com outros ministros e o vice-presidente, cumprindo uma agenda empresarial e política.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, destacou que um hipotético impeachment da presidenta Dilma “sem base constitucional, é golpe”. “Se não houver base legal, não vejo como formular um impeachment político”, disse Braga.

Os ministros peemedebistas da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, e da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, também negaram saber de conversas entre seu partido e o PSDB.

Sobre o corte de despesas, o ministro Henrique Eduardo Alves disse ser favorável. “Sou a favor do que for necessário mesmo que toque no meu ministério. É hora de cada um dar sua contribuição”. Ele afirmou não ter receio de que sua pasta desapareça na reforma ministerial, porque o setor é importante para a economia. “Nós temos a Olimpíada [do Rio de Janeiro em 2016] a consagrar o Brasil, estamos com o dólar e o euro valorizadíssimos, o que é bom para quem visita o país”.

Segundo a assessoria da vice-presidência, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ligou hoje para Michel Temer a fim de falar sobre o anúncio dos cortes de despesas.

Para o ministro Eduardo Braga, os cortes no Orçamento são inevitáveis. “Não tem jeito, é o caminho. Acho que tem que anunciar cortes e novas receitas. O Brasil precisa equilibrar o Orçamento do ponto de vista fiscal”, destacou Braga.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, informou não ter notícia sobre corte de sua pasta na reforma ministerial. “Até o momento, não há informação neste sentido. Estamos trabalhando para diminuir os custos do ministério, para que possamos colaborar com a redução de gastos. Em momento algum tratei ou trataram comigo sobre qualquer assunto que diga respeito à mudança na estrutura governamental. Na minha área, presumo que é preciso aperfeiçoar os controles no que diz respeito ao pagamento do seguro defeso aos pescadores”.

Para Edinho Araújo, o governo tem que dar o exemplo com os cortes. Sobre a permanência da sua pasta na futura reforma ministerial, o ministro dos Portos disse acreditar que a área de portos “é importante no mundo inteiro e no Brasil não é diferente”. “A presidenta tem a visão e aí não me cabe opinar sobre permanência ou não, incorporação ou não de secretarias e ministérios. Eu considero o setor importante”.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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