Com a desistência do deputado federal Geraldo Resende (PMDB) de concorrer à Prefeitura de Dourados, o PMDB sinaliza apoio ao vice-governador Murilo Zauith (DEM) e ao mesmo tempo tenta viabilizar a candidatura da prefeitura interina Délia Razuk em uma aliança com o PT. O divisor de águas deverá ser o resultado da pesquisa de opinião pública encomendada pelo partido. Se o levantamento indicar chances para Délia, ela deverá entrar na disputa. “Estamos aguardando a pesquisa para colocar o bloco na rua”, disse o presidente municipal do PMDB, vereador Laudir Munaretto. Sobre a possibilidade de unir-se a Murilo na disputa, ele manifestou dúvidas. “A princípio não, mas vamos aguardar o resultado da pesquisa”, declarou.
Por outro lado, lideranças importantes do partido, como o governador André Puccinelli e Geraldo Resende, entendem ser melhor para o município candidatura única, formada com ampla coalizão partidária para “tirar Dourados do buraco”. O nome mais cotado para assumir a responsabilidade é o de Murilo, que já fechou aliança com o PR, PPS e PV e caminha para ganhar o apoio do PSDB e do PDT.
Enquanto isso, Laudir avalia que a melhor opção é Délia. “Ela já está no comando da administração, formou sua equipe, enquanto isso, uma outra pessoa só assumirá em março e precisará montar seu secretariado, por isso, terá praticamente apenas um ano para administrar de fato”, opinou. Laudir está na Câmara no lugar de Délia, portanto, na hipótese de ela voltar precisará deixar a vaga de vereador. “Não nasci vereador, por isso, não me importo de voltar para casa”, garantiu.
PT
Na tentativa de viabilizar a candidatura de Délia, lideranças do PMDB propuseram parceria com os petistas. “Esperamos que o PT venha somar conosco”, afirmou Laudir. O problema é que os petistas estão totalmente divididos. Um grupo defende candidatura própria, outro prefere apoiar Murilo e outra parcela pensa em caminhar com o PMDB. “Temos 152 delegados e são eles quem vão decidir”, ressaltou o presidente municipal do partido, Pedro Alves Ferreira. “Vamos seguir a tradição de respeitar a vontade da maioria”, completou.
Para os representantes da corrente Articulação de Esquerda, liderada pelo vereador Elias Ishy, o melhor caminho para o partido seguir é lançar candidato próprio, inclusive Elias já registrou sua intenção de representar o partido na eleição.
Por outro lado, há uma tendência forte de apoiar a pré-candidatura de Murilo. “Conversamos com representantes dos partidos do Campo Democrático Popular (PSDB, PTN, PV, e PSB) – nossos tradicionais parceiros – e todos manifestaram preferência por uma aliança com o DEM”, ponderou Pedro. “Tem ainda o PMDB que fez proposta de aliança conosco”, acrescentou.
As dúvidas sobre o caminho dos petistas acabará na próxima terça-feira (21), quando o partido realiza sua convenção. Na mesma data, o DEM homologará a candidatura de Murilo. Já o PMDB fará o seu encontro no dia 26.