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Possível candidato em 2022, Riedel ganha status de "supersecretário"

Titular da Segov vem acumulando desde 2018 atribuições, além de representar o governo em diversas agendas

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O titular da Secretaria de Estado Governo e Gestão Estratégicas (Segov), Eduardo Riedel, alcançou nos últimos meses a figura de “supersecretário” do governo Reinaldo Azambuja (PSDB). Em dezembro do ano passado, o governador sancionou um decreto de lei que estipula uma readequação da estrutura governamental. 

Segundo o governo do Estado, a medida foi adotada com a intenção de reduzir as despesas, mas a medida acabou destinando ainda mais poder ao titular da Segov.

Com esse novo cronograma, oito subsecretarias passaram a pertencer à Pasta comandada por Riedel, sendo elas: Políticas Públicas para Mulheres, para a Promoção da Igualdade Racial, para a População Indígena, para a Juventude, para a População LGBT, para as Pessoas com Deficiência, para as Pessoas Idosas e a de Assuntos Comunitários.

CANDIDATO

Esse processo de destinar mais atribuições ao “supersecretário” pode ser interpretado com uma intenção de colocar ele ainda mais em destaque, já que o PSDB já trabalha Riedel como o principal nome para disputar o governo do Estado em 2022.

Últimas notícias

Um dos caciques e presidente dos tucanos no Estado, Sérgio de Paula, já falou que ele reúne todas as prerrogativas para se lançar na disputa, já que “conhece como ninguém toda a estrutura da máquina pública estadual’’.

“Riedel conhece como ninguém todo o andamento da estrutura governamental do Estado. Além disso, percorreu a maioria dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e, por esse motivo, sabe a necessidade específica de cada um deles, bem como as macro e microrregiões do Estado. Portanto, nossa ideia é prepará-lo para a disputa ao governo em 2022”, projetou de Paula em entrevista ao Correio do Estado.

Em contrapartida, o vice-governador, Murilo Zauith (DEM), vem diminuindo sua participação e perdendo força no governo Azambuja. No início de janeiro deste ano, ele foi exonerado do cargo de secretário estadual de Infraestrutura (Seinfra), que ocupava desde 2019. 

Questionado pelo Correio do Estado se ele estaria preparado para concorrer às eleições em 2022 e, em caso de vitória, assumir a cadeira do posto mais alto do Executivo estadual, Riedel afirmou que em relação a estar pronto nos dois casos se deve a consequência direta ao trabalho dedicado à esfera pública.

“A eleição é um processo natural, democrático, de formação de um grupo político, e eu tenho dedicado todo esse tempo, desde o primeiro mandato, ao Estado. Nós temos um projeto promissor para o futuro do Estado, com bases definidas: sólido equilíbrio fiscal, alta competitividade, capacidade de investimentos e o maior potencial de crescimento entre os estados brasileiros. 

"E este crescimento, visto de uma forma bem ampla, é o econômico sim, mas também é o da renda individual, da geração de empregos, da educação de qualidade para melhorar o capital humano, da saúde regionalizada e da segurança eficiente. Continuarei com este foco, com este objetivo – até por estar à frente de uma Secretaria de Governo, então fico muito tranquilo com relação a isso [às eleições]. Se o grupo entender, lá na frente, que o meu nome é o indicado para uma eventual disputa, eu me sinto preparado sim”, explicou.

ATUAÇÃO

O titular da Segov, já em março de 2018, passou a assinar atos normativos de transformação de cargos em comissão vagos e para nomear ou exonerar comissionados. 

Já em fevereiro de 2020, Riedel recebeu a competência de ceder servidores com ônus para a origem, ou seja, sem reembolso aos cofres públicos. Azambuja, vem diminuindo sua participação, principalmente em eventos públicos. 

Em diversos eventos de inaugurações do programa Governo Presente, Riedel se apresenta como representante do Estado.

Essa participação mais intensa, também pôde ser observada durante a crise dos incêndios no Pantanal, em que o secretário foi a figura principal na articulação das ações de combate às chamas. 

Na pandemia, o secretário tem o papel de presidente do Comitê Gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), que reúne representantes de todas as secretarias de governo, representantes de outros poderes, como Legislativo e Judiciário, bem como setores da sociedade civil.

Em 2021, apesar dos números crescentes de infecções, a chegada da vacina contra a Covid-19 possibilita uma análise de uma flexibilização maior para a volta das atividades econômicas. Nesse novo contexto, o secretário afirmou que a ideia é levar o imunizante para o maior número de pessoas e, consequentemente, que o Estado volte a sua normalidade.  

“A estratégia é buscar todas as possibilidades de aquisição de vacinas. O governo estadual está preparado para fazer a distribuição e a vacinação, prova disso é que fomos o Estado que distribuiu mais rápido as vacinas disponíveis, de acordo com divulgação do Ministério da Saúde. 

Então, nossa estratégia é conseguir vacinas, seja pelo Programa Nacional de Imunizações [PNI] do Governo Federal, seja buscando aquisições. Estamos sempre antenados no sentido de ver todas as possibilidades que existem. Tendo-se a vacina, o Estado está preparado para distribuir e vacinar a população, e isso é importante para que tenhamos um retorno à normalidade”, projetou Riedel.

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Câmara dos Deputados

Camila Jara pode perder mandato por confusão em plenário

O episódio aconteceu na última quarta-feira (9) e a representação foi feita à Câmara pelo Partido Novo por suposta violação ao decoro parlamentar

16/12/2025 18h15

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro Reprodução

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A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) pode perder o mandato por causa de uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na última quarta-feira (9).

O Partido Novo apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada por suposta violação ao decoro parlamentar. 

Segundo o documento, Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, quando ela teria, supostamente, o empurrado e apontado o dedo em seu rosto, além de proferir ofensas verbais. 

O episódio aconteceu durante uma confusão no plenário quando o deputado Glauber Braga (PSOL) teria se recusado a deixar a cadeira destinada ao presidente da Câmara, Hugo Motta, assumindo de forma irregular a presidência dos trabalhos e se recusar a repassá-la ao deputado Carlos Veras (PT), precisando ser retirado à força. 

Enquanto isso, Camila foi vista discutindo de forma acalorada com o Lucas Ribeiro de forma acalorada, apontando o dedo para o rosto do parlamentar e o empurrando. 

O vídeo foi gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que chamou a parlamentar de “descontrolada”.

Em sua representação, o partido Novo sustenta que a conduta da petista viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício de mandato com dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa. 

Além disso, o partido também mostrou outros comportamentos que enquadram ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara como atentado ao decoro parlamentar. 

O documento ainda menciona um episódio anterior, ocorrido no mês de agosto de 2025, quando Camila teria se envolvido em “agressão” contra o deputado Nikolas Ferreira (PL), sendo apontado como uma conduta reincidente. 

O partido pediu, então, que o Conselho de Ética instaure um processo disciplinar e aplique a penalidade de perda do mandato ou, de forma alternativa, a suspensão do exercício do mandato da parlamentar pelo período de seis meses, após a instrução do caso e a oitiva das partes e testemunhas. 

Resposta de Jara

Em nota enviada ao Metrópolis, Camila Jara afirmou que o fato na audiência foi um “tumulto generalizado, com cenas até de violência física”. 

“Recebo com indignação a representação do partido Novo no Conselho de Ética. Agi em defesa das jornalistas, deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos. Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento”, declarou.

A parlamentar disse ainda que “qualquer narrativa que me imputasse condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória, e não história”.
 

CRIME ORGANIZADO

Fronteira com MS, Paraguai fecha acordo com EUA para combater facções criminosas

A região é rota de tráfico de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai. O plano estratégico prevê o estabelecimento ou ampliação de tropas norte-americanas de importância estratégica

16/12/2025 16h15

Marco Rubio,  secretário de Estado

Marco Rubio, secretário de Estado Reprodução: rede social

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Paraguai e Estados Unidos selaram nesta segunda-feira (15), um acordo de cooperação militar que prevê a atuação de militares americanos no país sul-americano. Atualmente, na região, a Casa Branca tem acordos similares com Panamá, Equador, Bahamas e Trinidad e Tobago.

O Acordo Estatutário de Forças (Sofa, na sigla em inglês) regulamenta a atuação de militares e civis do Departamento de Defesa americano em países estrangeiros. O pacto foi assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler paraguaio, Ruben Ramirez Lezcano.

O objetivo, segundo o governo americano, é facilitar a resposta conjunta a interesses de segurança regional em comum para os dois países, em uma referência velada a cartéis de droga que atuam na região.

“Ao estabelecer uma estrutura para as atividades do pessoal militar e civil dos EUA no Paraguai, este acordo abre novas portas para nossos esforços coletivos para promover a segurança e a estabilidade em nosso hemisfério”, disse Rubio em sua conta no X.

“Se observarmos o problema fundamental no hemisfério, o mais grave que enfrentamos é o dessas organizações terroristas transnacionais, que em muitos casos não são terroristas por ideologia, mas têm uma base financeira e econômica”, acrescentou.

Nova Doutrina Monroe

O acordo, apesar de não autorizar operações armadas ou criação de bases, abre caminho para a cooperação e treinamento militar entre os dois países, e vem a público dias depois de os EUA divulgarem sua nova Estratégia de Segurança Nacional, que prevê uma ampliação da presença militar na América Latina.

Na ocasião, o documento evocou a Doutrina Monroe, que ficou conhecida no século 19 sob o lema “América para os americanos”, e defendeu uma hegemonia dos EUA sobre a região frente às potências europeias.

O plano estratégico divulgado na semana passada prevê o estabelecimento ou ampliação de acesso de locais de importância estratégicas para o governo americano.

No centro do continente e cercado por importantes fontes de água doce e rotas de narcotráfico, o Paraguai se encaixa nesse perfil.

Hoje, os EUA têm ainda bases militares no Equador, na Colômbia e no Peru, operadas pelo Comando Sul.

Há anos, a presença de grupos armados ligados ao Hezbollah na tríplice fronteira entre o Paraguai, Brasil e Argentina preocupa o governo americano.

A região também é ponto de rota para o escoamento de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai.

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