Política

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PP não vai abrir mão de presidência e definirá nome nas próximas semanas

A princípio, ainda estão no páreo pelo cargo na Casa de Leis os vereadores reeleitos Beto Avelar e Professor Riverton

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Após a prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmar que o partido não abrirá mão de disputar a presidência da Câmara Municipal na próxima legislatura, o partido vai definir nas próximas semanas o nome do vereador reeleito que representará a legenda no pleito.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, continuam no páreo para ser o nome do PP na disputa pela presidência da Casa de Leis os vereadores reeleitos Beto Avelar e Professor Riverton, enquanto o terceiro interessado, o vereador reeleito Delei Pinheiro, já teria informado que não concorrerá mais. 

Com isso, o Professor Riverton, que teve 6.271 votos nas eleições municipais deste ano, e Beto Avelar, que alcançou 4.063 votos, terão as próximas semanas para se viabilizarem com os demais colegas eleitos e reeleitos para, só então, voltarem a se encontrar com a prefeita Adriane Lopes, já com o martelo batido.

A reportagem apurou que os dois teriam chances iguais, porém, Professor Riverton levaria uma ligeira vantagem sobre Beto, em razão da aproximação que tem com o atual presidente, o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão. Essa amizade, dizem, facilitaria na composição da futura Mesa Diretora da Câmara de Campo Grande.

As próximas semanas devem ser decisivas dentro do PP de Campo Grande, pois a senadora Tereza Cristina (PP), a principal líder do partido em Mato Grosso do Sul, retorna da China, onde está acompanhando uma comitiva que viajou à Ásia para participar, entre outros eventos, do Workshop China-Brasil – Inovação e Biotecnologia para Agricultura Sustentável e Segurança Alimentar, realizado em Pequim.

Tereza Cristina deve fazer os ajustes finais com as demais lideranças do partido na Capital para então começar para valer a disputa pelos dois cargos mais importantes da Casa de Leis.

ENTRAR DE CABEÇA

Em conversa com o Correio do Estado na semana passada, Adriane Lopes explicou que já se reuniu com os quatro vereadores eleitos e reeleitos pelo PP (Maicon Nogueira, Beto Avelar, Delei Pinheiro e Professor Riverton) e com os dois eleitos do Avante (Wilson Lands e Leinha) para ouvir deles sobre o processo de escolha do novo presidente da Câmara.

Além disso, ela revelou que já tinha se reunido com os dois vereadores eleitos pelo Republicanos (Herculano Borges e Neto Santos), a fim de tratar da mesma questão, e deixou encaminhada uma possível aliança em torno de um nome apoiado por ela para o cargo, totalizando, dessa forma, oito votos certos de um total de 29.

“O PP tem a segunda maior bancada da Câmara, e seria inadmissível não disputar a presidência da Casa de Leis. Por isso, conversei com os vereadores do partido e três demonstraram interesse no cargo. Dei a eles um prazo para viabilizarem as próprias candidaturas e o melhor terá o meu apoio para concorrer”, disse.

Ela deixou claro que o PP não pode abrir mão de concorrer, afinal, é de seu interesse ter no comando da Mesa Diretora um vereador aliado, e não um adversário. 

A gestora também considera como cargos-chaves para a sua administração as presidências das comissões permanentes de Legislação, Justiça e Redação Final e a de Finanças e Orçamento.

Sobre a reunião que teve com o governador Eduardo Riedel (PSDB), a prefeita negou que ele tivesse indicado um nome para disputar a presidência da Câmara Municipal.

“Não procede que o governador indicou alguém do PSDB para concorrer ao cargo. Pelo contrário, ele reforçou que a eleição da Mesa Diretora só diz respeito ao gestor municipal, e não ao estadual”, assegurou.
Ela acrescentou que Riedel lhe garantiu que não pretende intervir nesse processo e que ele deixou as articulações nesse sentido ao encargo dela. 

Por isso, Adriane fez questão de conversar com os vereadores do seu partido e dos partidos aliados para, só então, entrar de vez nas tratativas sobre essa questão.

Política

Deputados de MS divergem sobre ato terrorista em Brasília

Percepções vão desde tranquilidade, por "bomba de fogos de artifício", até consternação, saiba qual o clima vivenciado pelos parlamentares sul-mato-grossenses na noite de quarta-feira (13) no Congresso Nacional

14/11/2024 17h15

Crédito: Câmara dos Deputados

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De barulho, muitos boatos e até "bomba de fogos de artifício", deputados sul-mato-grossenses relataram o que aconteceu durante a noite de quarta-feira (13), após o atentado na Praça dos Três Poderes em Brasília.

A Câmara dos Deputados estava em sessão para votar a PEC das Igrejas, quando o veículo explodiu no anexo IV, nas proximidades do prédio, e outro artefato em frente à estátua do Supremo Tribunal Federal (STF).

Enquanto ministros e servidores foram evacuados do STF, na Câmara, os deputados ficaram confinados aguardando a varredura do esquadrão antibombas, que verificava se não havia mais artefatos explosivos.

Estavam na sessão os deputados Camila Jara (PT-MS), Dagoberto Nogueira (PSDB-MS), Geraldo Resende (PSDB-MS), Luiz Ovando (PP-MS), Marcos Pollon (PL-MS) e Rodolfo Nogueira (PL-MS).

O deputado Vander Loubet (PT-MS) cumpria agenda fora de Brasília, acompanhando o ministro da Educação, que esteve em Campo Grande anunciando aumento no programa Pé de Meia do governo federal.

Enquanto alguns parlamentares contaram a tensão pelos corredores dos gabinetes, Rodolfo Nogueira, mais conhecido como Gordinho do Bolsonaro, relatou que não ficou preocupado.

"Eu estava tranquilo, pois as notícias eram de que o carro explodiu com fogos de artifício", disse Rodolfo, e completou:

"Ao que tudo indica, foi um caso isolado, a pessoa passava por um problema de família e depressão."

Segundo o Gordinho do Bolsonaro, parlamentares do PSOL começaram a tumultuar a sessão para impedir o andamento da pauta, que era relacionada à isenção de impostos à igreja.

Em outra linha, o deputado Geraldo Resende foi categórico ao afirmar que o clima no plenário era de "apreensão e profunda consternação".

Sessão suspensa

Diante do cenário de falta de informações, ele disse que alguns pares pediram a suspensão da sessão, o que foi atendido pelo presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL).

Entre eles estava Camila Jara, que, conforme noticiou o Correio do Estado, usou o X (antigo Twitter) para publicar que não havia justificativa para arriscar mais vidas.

Na mesma esteira, Dagoberto informou que, de início, os deputados não tinham noção do que estava acontecendo na Praça dos Três Poderes. A sessão foi suspensa e, posteriormente, foram informados do cancelamento.

"Falaram para a gente ir para casa, inclusive os funcionários, para não ficar ninguém no prédio, que passaria por uma varredura. Era tanto boato que a gente não sabia o que estava acontecendo. Só fui saber quando cheguei no meu apartamento, que aí fui ver os fatos ocorridos", pontuou Dagoberto.

Dagoberto enxerga o episódio com preocupação, em função do clima de ódio que ele aponta ter sido criado nos últimos anos no país.

"As pessoas acham que podem fazer de tudo, que não tem regra, não tem lei, e aí ameaçam o Supremo, as instituições. Então, é uma coisa muito triste isso que o Brasil está vivendo, em função das circunstâncias dos últimos anos", disse Dagoberto.

A reportagem tentou contato com os deputados Marcos Pollon, Camila Jara e Luiz Ovando, mas, até o fechamento do material, não obteve resposta.

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Melhorias

Fim da escala 6x1 beneficiará mulheres, diz ministra de MS

Proposta limita a carga semanal de trabalho a 36 horas

14/11/2024 13h35

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

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A ministra das Mulheres e moradora de Campo Grande, Cida Gonçalves, defendeu, nesta quinta-feira (14), o fim da escala de trabalho 6x1, mudança que irá beneficiar as mulheres brasileiras. “Para as mulheres vai ser um benefício, significa ter mais tempo para se cuidar, se preparar ou mesmo para cuidar do que quiser”, disse a ministra à Agência Brasil.

Proposta de Emenda Constitucional (PEC)  - ainda não protocolada - apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) já possuía 206 assinaturas na tarde desta quarta, e propõe o fim da escala de trabalho na qual se trabalha seis dias na semana e se folga apenas um.  

A proposição que já alcançou o número suficiente de assinaturas e contou com o aval dos deputados federais sul-mato-grossenses Camila Jara e Vander Loubet, ambos do PT, Dagoberto e Geraldo Resende, do PSDB, destaca a seguinte redação para o inciso XIII do art. 7 da Constituição Federal: “Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

O projeto foi apresentado na Câmara Federal em 1º de maio deste ano. Para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação. 

“Eu acho que é um debate importante para o Brasil, que tem que ser amadurecido, avançado. Acho que é importante dizer que a [PEC] 6x1 de fato vai beneficiar as mulheres. Nós aprovamos na Câmara a Política Nacional de Cuidados, está indo para o Senado. Se a gente juntar as duas coisas, acho que vai ser super importante para que possamos amadurecer a valorização das mulheres no trabalho remunerado e não remunerado e o uso do seu tempo”, defendeu a ministra.

A Política Nacional de Cuidados foi aprovada nesta terça-feira (12) na Câmara dos Deputados, que aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei 2762/24. O texto agora segue para o Senado.

A política, baseada em diagnóstico feito por um grupo de trabalho, mostra a responsabilização familiar, sobretudo de meninas e mulheres negras e de territórios rurais e periferias urbanas, e aponta a ausência de políticas públicas e a presença do Estado. 

“A Política de Cuidado é para que o Estado e a sociedade possam assumir a reponsabilidade da área, que hoje está sob responsabilidade única e exclusiva das mulheres. É pensar políticas públicas, estratégias, pensar lavanderias comunitárias, centros do idoso, diversas políticas que vêm para que as mulheres tenham espaço para se cuidar e pensar outras alternativas para sua vida”, disse.

Igualdade Salarial

A ministra participou nesta quinta, no G20 Social, da atividade Superação das Desigualdades entre homens e mulheres: a relevância da Lei de Igualdade Salarial.

Sancionada em 2023, a Lei da Igualdade Salarial visa a garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função ou por trabalho de igual valor. Para isso, a lei estabelece mecanismos de transparência e de remuneração a serem seguidos pelas empresas, o aumento da fiscalização e a aplicação de sanções administrativas.

As trabalhadoras no Brasil ainda ganham 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados. As informações são do 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. Se consideradas somente as trabalhadoras negras, a diferença de remuneração se acentua. No geral, elas ganham metade (50,2%) do salário dos homens não negros. 

Segundo Cida Gonçalves, a lei está enfrentando mais de 400 contestações judiciais. “Não podemos abrir mão da igualdade em hipótese alguma. Não podemos perder a Lei da Igualdade Salarial nesse país. Temos que fazer o possível e impossível nas ruas, no debate público, temos que transformar a luta pela igualdade em potencial nacional para que não sejamos derrotados. Se perdemos, vamos perder todas as outras conquistas que tivermos, temos que colocar isso como fator prioritário”, disse.

Para a secretária nacional para Assuntos da Mulher da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Sonia Maria Zerino, que também participou da atividade, é preciso garantir a implementação da lei. “Nós conquistamos a lei, mas precisamos garantir que ela seja efetivada. Isso é uma tarefa de todos aqui, ver nas nossas empresas se ela estar sendo efetivada e lutar para que essa lei se cumpra”, defendeu. “Que possamos ser multiplicadores, mostrando que a lei existe e fiscalizadores também”, acrescentou.

A diretora de Programa da Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Emprego, Luciana Vasconcelos Nakamura, ressaltou as ações do governo que visam à equiparação salarial, destacando o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens, lançado em setembro. 

Com previsão orçamentária do governo federal de R$ 17 bilhões, o plano prevê ações voltadas à ampliação e permanência das mulheres no mercado de trabalho, ascensão a cargos de direção e gestão; e também, ao enfrentamento e às discriminações no ambiente de trabalho. “A gente tem a convicção e a certeza de que está no caminho certo, que as ações implementadas pelo governo vão contribuir significativamente para a redução da desigualdade salarial no Brasil”, disse a diretora.

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