Política

CÂMARA APROVOU

Prefeita diz ser contra aumento do próprio salário, mas não irá vetar reajuste

Adriane Lopes disse que Executivo não participou da proposta e que Justiça pode impedir aumento que pode chegar a 96%

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou ser contra o aumento do próprio salário, que passará dos atuais R$ 21.263,62 para até R$ 41.845,48 em março de 2025, conforme projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal.

Em agenda na manhã desta sexta-feira (3), a prefeita disse que o Executivo Municipal não participou da proposta e discussão.

"O projeto teve começo, meio e fim no Legislativo do município, na Câmara Municipal, não teve a participação do Executivo", explicou.

Adriane afirma ainda que esse aumento é um pedido dos servidores, que tem o salário vinculado, ou seja, dependem do reajuste da remuneração da prefeita, vice e secretários para melhoria dos próprios salários.

"Eu sou contra o aumento do meu subsídio em vista da condição fiscal. A mesma regra que impera para os servidores públicos impera para a prefeita e para os secretários, porque somos todos servidores públicos", disse.

No entanto, a prefeita afirma que não irá vetar o projeto de lei, por não ter essa autonomia.

"Esse projeto é um projeto de iniciativa da Câmara Municipal, ele não vem para o Executivo sancionar", ressaltou.

Sobre a possibilidade de então recorrer por outras vias para impedir o aumento do próprio salário, Adriane Lopes afirmou que já existe ação popular que tentar barrar o reajuste na Justiça e ela irá esperar uma decisão judicial.

"Eu estou aqui por um projeto, eu acredito que eu estou aqui numa missão, eu não vim para esta cadeira por salário, eu vim para uma missão que é um propósito de trabalhar pela nossa cidade. Não vim pra pleitear a melhoria do meu salário", disse.

A prefeita ressalta que, como há categorias que têm salário vinculado, ela irá respeitar e tentar buscar um consenso.

"Se essa ação popular não embargar meu salário, eu vou entrar com alguma medida. Mas primeiro eu vou aguardar os encaminhamentos que já foram feitos", afirmou, sem detalhar quais seriam essas medidas.

Sobre o impacto do reajuste aos cofres municipais, a prefeita disse que ainda não foi feito o cálculo, mas alegou que o mesmo impeditivo fiscal que barra o Executivo de dar reajuste para a enfermagem e professores, também impede o reajuste do salário dela e secretários.

"A regra é praa todos os servidores e eu sou servidora", concluiu a prefeita.

Aumento de quase 100%

Na última quarta-feira (28), a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, em regime de urgência, reajuste de até 96,8% no salário da prefeita.

Com o aumento dos salários dos integrantes do Executivo, devido ao teto, também sobe o salário de procuradores e auditores fiscais da Prefeitura.

Com dez votos contrários, o primeiro projeto aprovado reajuste o salário da prefeita de R$ 21.263,62 para  R$ 35.462,22 ainda neste ano.

Dessa forma, em meio a discussões e greves por falta de reajuste dos servidores públicos, o reajuste da prefeita será de 66,77%.

Ainda neste projeto, o salário do vice-prefeito sobe de R$ 15.947,03 para R$ 31.915,80. Já a remuneração dos secretários do primeiro escalão e dos dirigentes de autarquias, chamado de segundo escalão, passa de R$ 11.619,70 para R$ 30.142,70.

Votaram contra os vereadores: Betinho (Republicanos), Beto Avelar (PSD), Coronel Alírio Vilassanti (União Brasil), Edu Miranda (Patriota), João Rocha (PP), Paulo Lans (Patriota), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton (PSD), Tiago Vargas (PSD) e Zé da Farmácia (Podemos).

O outro projeto aprovado aumenta o salário da prefeita para R$ 41.845,48 em 2025.

Esta proposta teve votos contrários de Tiago Vargas (PSD) e Zé da Farmácia (Podemos).

Em 2025, Adriane Lopes pode não ser mais prefeita de Campo Grande, caso não concorra ou não seja reeleita, visto que as eleições municipais serão realizadas em 2024.

Nesta proposta, o salário do vice-prefeito sobe para R$ 37.658,61; o dos secretários do primeiro e segundo escalão passa para R$ 35.567,50.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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