Política

RECUSADO

Projeto de Amarildo Cruz é arquivado na ALEMS e petistas lamentam

Proposta visava impedir o avanço do plantio de soja no Pantanal para evitar danos à fauna e flora

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Projeto de lei nº069/23 “Preservação e Proteção do Pantanal Sul-mato-grossense” foi arquivado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

A proposta foi derrubada pelos deputados que compõem a CCJR, Mara Caseiro (PSDB), Júnior Mochi (MDB), Antonio Vaz (Republicanos), Pedrossian Neto (PSD) e João César Mato Grosso (PSDB).

A iniciativa foi de autoria do ex-deputado estadual Amarildo Cruz (PT), que faleceu em 17 de março de 2023, vítima de infecção generalizada.

Seu intuito era apresentar este projeto na Sessão Ordinária de 21 de março de 2023, mas, veio a óbito quatro dias antes.

O programa visava impedir o avanço do plantio e expansão da monocultura no Pantanal sul-mato-grossense, especialmente da soja, para evitar danos à fauna e flora da região.

Com isso, o deputado estadual, Pedro Kemp (PT), assumiu a coautoria do projeto e apresentou-o, na Sessão Plenária de 21 de março, como forma de homenagem à Amarildo.

A reprovação indignou alguns petistas, como a advogada e ex-candidata ao governo de Mato Grosso do Sul, Giselle Marques (PT), que criou abaixo-assinado em defesa do Pantanal.

“Inaceitável. Infelizmente a CCJR colocou em primeiro lugar o interesse da propriedade privada e o interesse econômico da livre iniciativa, alegou que já temos um Código Florestal que já traz alguma proteção. Vamos juntos aprovar a lei de proteção ao Pantanal”, defendeu em suas redes sociais.

Kemp havia pedido aos deputados para que aprovassem a lei, como forma de homenagem ao amigo que se foi.

“Protocolamos no dia de hoje este projeto de lei. Que os senhores e senhoras deputadas possam analisar com muito carinho, para quem sabe nós prestarmos essa homenagem aprovando esta legislação. O projeto de lei visa não só proteger o nosso Pantanal, mas ao mesmo tempo homenagear a memória e dar continuidade a última manifestação do saudoso deputado estadual Amarildo Cruz”, disse Kemp em 21 de março de 2023.

Antes de morrer, Amarildo Cruz deixou uma mensagem pedindo para que esse projeto fosse apresentado pelo colega de partido, Pedro Kemp (PT). Veja o áudio na íntegra:

“Mato Grosso tem uma lei específica para impedir a prática de avanço da plantação de soja dentro do Pantanal, vamos ver a legislação que nós temos. Eu lembro que eu entrei com um projeto no primeiro mandato, mas não consegui aprovar, que é construir uma legislação de proteção no Pantanal para impedir o avanço do plantio de soja. Até hoje de lá para cá, não foi aprovado nesse sentido. Esse projeto deve estar em algum lugar da Assembleia, no sistema, vamos resgatar ele e construir essa legislação para proteger o avanço do plantio de soja na bacia do Pantanal. Vamos dar uma estudada nisso por favor”.

SOJA

De acordo com o governo de MS, a estimativa é que a área ocupada pela soja atinja 3,842 milhões de hectares neste ano no Estado. Na safra passada foram 3.748.042,72/ha).

Já a produção deve atingir 13,378 milhões de toneladas, quase 54% superior ao apurado no ano passado, quando a produtividade das lavouras foi prejudicada pela estiagem.

Terceiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que estima-se aumento na produção da soja para a safra de 2023 em 54,1% ou 4.576.178 toneladas, em MS.

Em Mato Grosso, estado vizinho, existe uma legislação que proíbe o plantio de soja no Pantanal.

MORTE

Deputado estadual, Amarildo Cruz (PT), morreu por volta das 12h40min de 17 de março de 2023, no Hospital Proncor, localizado na rua Maracaju, número 1265, em Campo Grande.

Ele foi internado na noite de 14 de março, após sentir febre, dores e desconfortos. No período da manhã estava bem e participou da sessão ordinária na Assembleia Legislativa.

Foi intubado na quarta (18) e teve três paradas cardiorrespiratórias na quinta (16) e sexta-feira (17). De acordo com o chefe de gabinete do petista, Paulo Barbosa, Amarildo não tinha nenhuma comorbidade e era uma pessoa ativa e saudável.

O velório foi realizado na Assembleia Legislativa, das 20h de 17 de março até 6h do outro dia. O corpo seguiu para Presidente Epitácio (SP) para sepultamento.

A missa de sétimo dia foi realizada em 23 de março deste ano, na Paróquia São José, em Campo Grande.

ELEIÇÕES 2026

Simone só definirá onde disputará uma vaga ao Senado após conversa com Lula

A ministra do Planejamento e Orçamento revelou que, se depender dela, a pré-candidatura será por Mato Grosso do Sul

17/12/2025 08h20

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pretende tentar uma vaga ao Senado

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pretende tentar uma vaga ao Senado Valter Campanato/Agência Brasil

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Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciar que deixará o governo até fevereiro de 2026, negando ser candidato a governador de São Paulo ou a senador para ajudar na reeleição presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja como coordenador da campanha, seja na formulação do programa de governo, o nome da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), voltou a ganhar força para ser a aposta do governo federal ao Senado naquele estado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, ela admitiu que neste momento não tem mais como deixar de ser candidata nas eleições de 2026, porém, não bateu o martelo se disputará uma cadeira ao Senado ou, talvez, à Vice-Presidência da República em uma chapa encabeçada pelo presidente Lula. 

“Acho difícil agora fugir da missão de ser candidata a alguma coisa no próximo ano”, declarou.

No entanto, sobre a possibilidade de ser a candidata do presidente Lula ao Senado por São Paulo, já que o ministro Fernando Haddad descartou essa probabilidade, Simone Tebet disse que, caso a escolha fosse somente sua, a preferência é por disputar a vaga de senadora da República por Mato Grosso do Sul. “Se eu puder, quero ser candidata ao senado pelo meu Mato Grosso do Sul”, assegurou.

A ministra do Planejamento e Orçamento explicou que a decisão não depende mais somente dela, pois precisa ouvir também o posicionamento do presidente Lula.

“Quero ser candidata por Mato Grosso do Sul, mas o Lula vai conversar comigo até fim de janeiro de 2026 e preciso saber qual é o projeto político do grupo”, afirmou.

Ela reconheceu que, apesar de faltar pouco tempo para o início da campanha eleitoral, o jogo político para 2026 ainda apresenta inúmeras variáveis.

“Porém, posso afirmar mais uma vez que, se eu puder escolher, já está escolhido, minha pré-candidatura ao Senado será por Mato Grosso do Sul”, argumentou.

Caso o presidente Lula decida que Simone Tebet tenha de disputar a vaga por São Paulo, afinal, ela teve no estado o maior número de votos proporcionais nas eleições presidenciais de 2022, a ministra terá até o dia 6 de maio de 2026 para fazer a mudança de domicílio eleitoral ou ficará impedida de concorrer ao cargo pelo estado vizinho.

Entretanto, pelas regras de troca de domicílio eleitoral, ela precisa residir no novo município, São Paulo (SP), há pelo menos três meses, algo que não será problema, pois Tebet também tem residência na capital paulistana.

PRERROGATIVAS

Na sexta-feira, Simone Tebet, Fernando Haddad e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), foram homenageados na festividade de fim de ano do Prerrogativas, grupo de advogados progressistas próximo ao presidente Lula, que também esteve presente no evento. 

A escolha dos três não foi à toa, pois eles representam nomes defendidos pelo grupo para as eleições de 2026 e, por isso, a cerimônia foi em clima de campanha eleitoral.

“Eu vi o projeto do presidente Lula no passado, porque eu era contra o regime fascista e o negacionismo do então presidente Bolsonaro. Hoje, estou no governo e estarei no palanque em 2026 com o presidente Lula”, afirma Tebet.

Na plateia, vários presentes entoaram gritos de “governadora” durante a fala dela, mas o plano que tem se costurado nos bastidores é de que ela saia candidata ao Senado por São Paulo.

Em setembro, ela esteve em um jantar, também com membros do Prerrogativas, com vários empresários paulistanos.

O bom diálogo da ministra do Planejamento e Orçamento com setores do mercado financeiro e do agronegócio conta pontos a seu favor em uma eventual candidatura. 

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Câmara dos Deputados

Camila Jara pode perder mandato por confusão em plenário

O episódio aconteceu na última quarta-feira (9) e a representação foi feita à Câmara pelo Partido Novo por suposta violação ao decoro parlamentar

16/12/2025 18h15

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro Reprodução

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A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) pode perder o mandato por causa de uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na última quarta-feira (9).

O Partido Novo apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada por suposta violação ao decoro parlamentar. 

Segundo o documento, Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, quando ela teria, supostamente, o empurrado e apontado o dedo em seu rosto, além de proferir ofensas verbais. 

O episódio aconteceu durante uma confusão no plenário quando o deputado Glauber Braga (PSOL) teria se recusado a deixar a cadeira destinada ao presidente da Câmara, Hugo Motta, assumindo de forma irregular a presidência dos trabalhos e se recusar a repassá-la ao deputado Carlos Veras (PT), precisando ser retirado à força. 

Enquanto isso, Camila foi vista discutindo de forma acalorada com o Lucas Ribeiro de forma acalorada, apontando o dedo para o rosto do parlamentar e o empurrando. 

O vídeo foi gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que chamou a parlamentar de “descontrolada”.

Em sua representação, o partido Novo sustenta que a conduta da petista viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício de mandato com dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa. 

Além disso, o partido também mostrou outros comportamentos que enquadram ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara como atentado ao decoro parlamentar. 

O documento ainda menciona um episódio anterior, ocorrido no mês de agosto de 2025, quando Camila teria se envolvido em “agressão” contra o deputado Nikolas Ferreira (PL), sendo apontado como uma conduta reincidente. 

O partido pediu, então, que o Conselho de Ética instaure um processo disciplinar e aplique a penalidade de perda do mandato ou, de forma alternativa, a suspensão do exercício do mandato da parlamentar pelo período de seis meses, após a instrução do caso e a oitiva das partes e testemunhas. 

Resposta de Jara

Em nota enviada ao Metrópolis, Camila Jara afirmou que o fato na audiência foi um “tumulto generalizado, com cenas até de violência física”. 

“Recebo com indignação a representação do partido Novo no Conselho de Ética. Agi em defesa das jornalistas, deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos. Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento”, declarou.

A parlamentar disse ainda que “qualquer narrativa que me imputasse condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória, e não história”.
 

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