Política

SUCESSÃO

PSDB encaminha eleição de Papy para comandar Câmara de Campo Grande

O vereador tucano já teria articulado os votos necessários para ser eleito presidente no pleito de 1º de janeiro de 2025

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Com o apoio das duas principais lideranças do PSDB em Mato Grosso do Sul, o ex-governador Reinaldo Azambuja e o atual governador, Eduardo Riedel, o vereador Epaminondas Vicente Silva Neto (PSDB), o Papy, já está com eleição para a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande encaminhada.

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado revelaram que, no dia 1º de janeiro de 2025, o parlamentar será eleito como novo presidente da Casa de Leis, enquanto o atual presidente, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, será o primeiro-secretário para o biênio 2025-2026.

A reportagem apurou que Papy já tem o apoio dos vereadores de 11 dos 12 partidos que vão compor o Poder Legislativo de Campo Grande a partir do ano que vem, com exceção do PP, que ainda sonha com a possibilidade de reverter o atual quadro por ser o partido da prefeita reeleita Adriane Lopes, mas que a cada dia fica mais difícil.

Dois dos seis vereadores do PP, Professor Riverton e Beto Avelar, são os interessados em ser o presidente da Casa de Leis, porém, o mais cotado entre eles é o segundo, que já é o líder da prefeita na Câmara Municipal e teria mais experiência dentro da legenda para o cargo.

No entanto, a demora do PP em embarcar no “ônibus” do vereador Papy poderá lhe custar cargos importantes na Mesa Diretora. Afinal, os dois primeiros partidos a apoiar a candidatura dele à presidência da Câmara, que foram PT e PL, devem ficar com a segunda vice-presidência e a primeira vice-presidência, respectivamente.

Mais recentemente, o Avante, que conta com os vereadores eleitos Wilson Lands e Leinha, ambos muito ligados à prefeita Adriane Lopes, aderiu à campanha de Papy, que ganhou força graças à poderosa articulação de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel. 

O primeiro, inclusive, já teria conversado com a senadora Tereza Cristina (PP) para que os dois progressistas interessados no cargo de presidente abram mão em troca da garantia de governabilidade para Adriane Lopes nos próximos quatro anos. 

Por sua vez, a prefeita já avisou que não vai contra uma possível candidatura do PP ao comando da Casa de Leis e deu liberdade para seus vereadores tentarem viabilizar os próprios nomes.

Entretanto, a tendência, por conta do enorme apoio de Papy, é de que, caso haja confronto de chapas, o candidato progressista, independentemente de quem seja, perderá o pleito.

Outra coisa que fica mais claro a cada dia que passa é que a eleição de Papy para a presidência da Câmara teria sido construída há algum tempo, que não saiu somente da cabeça dele e de Carlão. 

Além disso, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), o PSDB tem a maior bancada e nem por isso deixou de abrir mão para o PP presidir a Casa de Leis por duas vezes. Portanto, seria mais do que justo os progressistas retribuírem a gentileza.

Saiba - Diplomação dos eleitos será nesta quarta-feira

A Junta Eleitoral da 36ª Zona Eleitoral de Campo Grande realizará nesta quarta-feira, às 19h30min, a cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos nas eleições municipais deste ano na Capital.

O evento, reservado aos diplomandos e seus convidados, será realizado no plenário do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), no Parque dos Poderes, em Campo Grande, e será conduzido pelo juiz eleitoral Ariovaldo Nantes Corrêa.

Durante a cerimônia, que poderá ser acompanhada pelo canal do TRE-MS no YouTube e pela TV Câmara, ocorrerá a entrega dos diplomas aos vereadores, à prefeita e à vice-prefeita. 

No interior do Estado, as cerimônias serão organizadas pelas respectivas zonas eleitorais, cujas datas, horários e locais podem ser consultadas no Diário da Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul (DJE-MS).

No dia 1º de janeiro de 2025, às 16h, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande, os 29 vereadores, a prefeita e a vice-prefeita tomarão posse.

Em seguida, às 19h, será realizada a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal, quando serão escolhidos os vereadores que exercerão os seguintes cargos: presidente, primeiro-secretário, segundo-secretário, terceiro-secretário, primeiro-vice-presidente, segundo-vice-presidente e terceiro-vice-presidente.

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Política

Flávio anuncia que Bolsonaro o escolheu como candidato a presidente da República em 2026

Antes de falar publicamente sobre o assunto, o senador avisou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a decisão de Bolsonaro

05/12/2025 15h37

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta sexta-feira, 5, que seu pai, Jair Bolsonaro (PL), confirmou que ele será o candidato a presidente do grupo em 2026. "É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação", escreveu Flávio em uma publicação no X.

Antes de falar publicamente sobre o assunto, o senador avisou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a decisão de Bolsonaro.

A informação foi antecipada pelo site Metrópoles. O Estadão confirmou que o senador conversou com Tarcísio nesta semana para tratar do assunto. O presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, disse estar a par da articulação.

"Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos", afirmou Valdemar

Na publicação nas redes sociais, o filho "01" do ex-presidente disse que o País vive dias difíceis e que não pode se conformar em vê-lo caminhar para tempos de instabilidade, insegurança e desânimo.

Ele também afirmou que não ficará de braços cruzados vendo a democracia sucumbir. Bolsonaro está preso na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília desde 25 de novembro, cumprindo a pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

"Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão. E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada", concluiu Flávio.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem autorizado visitas periódicas ao ex-presidente, especialmente de sua família. Na terça-feira, Flávio esteve com o pai, mas não mencionou qualquer conversa sobre candidatura à Presidência da República.

Membros da cúpula do PL dizem ver a informação com ressalvas, e que acreditam se tratar de um balão de ensaio para tanto inflar quanto testar o nome de Flávio a nível nacional. A escolha definitiva, para alguns, será tomada mais adiante.

Uma pessoa ligada à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) rechaça a escolha de Flávio e diz que Bolsonaro não teria tomado tal decisão sem consultar a esposa. E questiona a razão de o ex-presidente "não ter confidenciado para a Michelle, mas para outra pessoa, sem falar para a esposa, ainda mais depois do ocorrido na última semana".

A informação surge dias após um racha entre Michelle e os filhos Flávio, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). O estopim da briga pública foi uma crítica da ex-primeira-dama à articulação feita pelo PL cearense, chefiado pelo deputado federal André Fernandes, para apoiar o ex-presidenciável Ciro Gomes na disputa contra o PL pelo governo do Estado.

Os três filhos saíram em defesa de Fernandes, alegando que a articulação teve aval de Bolsonaro, e Flávio chamou a postura da madrasta de "arrogante e autoritária". Após a visita ao pai na segunda-feira, o senador disse ter pedido desculpas a Michelle.

No dia seguinte, o PL fez uma reunião de emergência para colocar panos quentes na crise, e o acordo com Ciro foi suspenso por tempo indeterminado - o que foi lido por alguns como vitória parcial de Michelle sobre os enteados.

A crise pública que teve a formação de alianças eleitorais como pivô aconteceu uma semana depois de o bolsonarismo cerrar fileiras, numa reunião a portas fechadas em 24 de novembro, para defender um alinhamento de discurso em defesa de Bolsonaro, que havia acabado de ser preso preventivamente.

Em seu discurso na ocasião, Michelle criticou os correligionários que atacam os colegas nas redes sociais, afirmou que a "roupa suja" deve ser lavada em casa, e pediu maior alinhamento em torno de Bolsonaro. O que foi debatido naquele encontro, entretanto, veio a ruir com a exposição das divergências feita em Fortaleza.

Já Flávio foi ungido o porta-voz oficial do pai. Sem Eduardo, autoexilado nos Estados Unidos, e mais próximo do ex-presidente do que o outro irmão Carlos, que mora no Rio de Janeiro, o senador ocupa um espaço privilegiado, com mandato, holofotes e acesso à PF para trazer e levar informações do mundo externo.

A decisão do PL de dar o posto de tamanha influência a Flávio contrasta com a avaliação que o irmão Eduardo faz do poder de todos os membros da família de representar a voz do ex-presidente.

"Enquanto durar a prisão do Bolsonaro, sempre vai haver essa confusão de quem fala por ele, quem fala, quem não fala. Tanto o Flávio como o Carlos, a Michelle, são próximos do meu pai e vão ter acesso a ele. Eu acho importante que sigam tendo essa proximidade pelo ponto de vista principalmente emocional", declarou Eduardo em entrevista ao Estadão.

FIM DO IMBRÓGLIO

Executiva nacional do PSDB designa Beto Pereira para liderar a sigla em MS

O deputado federal Geraldo Resende foi escolhido para ser vice-presidente do partido no Estado até o próximo ano

05/12/2025 08h40

O deputado federal Beto Pereira é o novo presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul até o próximo ano

O deputado federal Beto Pereira é o novo presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul até o próximo ano Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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Terminou ontem o imbróglio sobre quem vai presidir a executiva provisória do PSDB em Mato Grosso do Sul, após a saída do ex-governador Reinaldo Azambuja para o PL.

O presidente nacional do partido, deputado federal Aécio Neves (MG), designou o deputado federal Beto Pereira para comandar a legenda até o próximo ano.

Em entrevista ao Correio do Estado, o parlamentar sul-mato-grossense explicou que assume a liderança do ninho tucano com a missão de preparar a sigla para as eleições gerais do próximo ano no Estado. 

“Assumimos com o compromisso de entregar ao partido uma chapa competitiva para a Câmara dos Deputados e também para a Assembleia Legislativa”, declarou.

O parlamentar, que já era um dos cotados para comandar a legenda no Estado pelo menos até a abertura da janela partidária do próximo ano, informou ainda que o deputado federal Geraldo Resende ficará com a vice-presidência estadual do PSDB, enquanto o deputado federal Dagoberto Nogueira assumirá a secretaria-geral da legenda e o deputado estadual Paulo Corrêa, a tesouraria da sigla.

Os demais integrantes da comissão executiva estadual do PSDB são: os deputados estaduais Jamilson Name e Lia Nogueira, os vereadores Silvio Pitu, Victor Rocha e Flávio Cabo Almi, os prefeitos Marçal Filho (Dourados), Márcia do Amaral (Brasilândia) e Leandro Fedossi (Nova Andradina), o vice-prefeito Leonardo de Arruda (Rio Brilhante), o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo de MS, Ricardo Senna, e o advogado Rogelho Massud Júnior.

Além de Beto Pereira, também estavam interessados no comando do PSDB de Mato Grosso do Sul o deputado federal Geraldo Resende e o deputado estadual Pedro Caravina: o primeiro continuou na vice-presidência, enquanto o segundo nem ficou na comissão executiva estadual da legenda.

Na semana passada, também em conversa com a reportagem, o novo presidente estadual dos tucanos tinha adiantado que a escolha seria feita em consenso, para evitar atritos desnecessários às vésperas das eleições gerais do próximo ano, ainda mais depois que o partido perdeu suas duas maiores lideranças, o ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel, que trocaram o ninho tucano pelo PL e PP, respectivamente.

Questionado se ser escolhido para assumir a executiva provisória do PSDB em Mato Grosso do Sul não atrapalharia seus planos para as eleições do próximo ano, o deputado federal negou e reforçou que é um político de grupo.

“O time vai definir, se for melhor eu continuar no partido para fortalecer a legenda para o pleito de 2026, ficarei, mas, se o grupo entender que é melhor eu ingressar em um outro partido, farei isso”, assegurou.

A resposta do parlamentar é em decorrência dos boatos darem conta de que ele estaria de mudança para o Republicanos para tentar a reeleição no próximo ano, entretanto, ao ser escolhido por Aécio Neves para presidir a executiva provisória do PSDB no Estado, ficaria complicado para Beto Pereira abandonar o ninho tucano com o jogo eleitoral em andamento.

Além disso, a boataria também dá como certa as saídas do deputado federal Geraldo Resende, para o PV, do deputado federal Dagoberto Nogueira, para o Republicanos, e do deputado estadual Paulo Corrêa, para o PP, ou seja, a cúpula inteira da executiva provisória do PSDB pode deixar a sigla, sem falar dos demais deputados estaduais da legenda.

Afinal, Jamilson Name, Zé Teixeira e Mara Caseiro também estariam com as malas prontas para entrar no PL para disputar as eleições de 2026.

O certo é que, por enquanto, até que a janela partidária seja aberta em março do próximo anos, todos os seis deputados estaduais e os três deputados federais do PSDB vão continuar no ninho tucano em Mato Grosso do Sul.

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