Política

DECISÃO

André Puccinelli e empresário obtêm redução no valor de bens bloqueados

A decisão foi expedida pela Justiça Federal. O montante bloqueado, fazia parte de denúncia da Operação Fazenda de Lamas

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O ex-governador André Puccinelli (MDB), e o empresário João Alberto Krampe Amorim e o ex-secretário Edson Giroto receberam na Justiça Federal o desbloqueio de R$ 12,485 milhões referentes desvios denunciados na Operação Fazenda de Lamas. A ação, que aconteceu em 24 de abril de 2016, fez parte de um desdobramento da Lama Asfáltica.  

O montante sequestrado era de R$ 43,169 milhões, ou seja, R$ 30,684 milhões ainda continuam sequestrados. A decisão foi proferida pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande.  

Conforme o despacho, publicado nesta terça-feira (22), o magistrado considerou a exclusão dos valores referentes às fraudes e desvios ocorridos nas obras de pavimentação da Avenida Lúdio Coelho, na Capital (R$ 4,893 milhões), e da MS-430 (R$ 7,591 milhões).  

No entanto, o grupo não foi inocentado pelos crimes. Eles respondem pelos desvios em outra ação penal, que está aguardando a data da audiência de instrução e julgamento. A segunda fase da Operação Lama Asfáltica, chamada Fazendas de Lama e deflagrada em 2016, teve como foco o crime de lavagem de dinheiro, pois investigados teriam ocultado patrimônio decorrente de fraudes em licitações.

O grupo fraudava certames, pagava às empreiteiras - uma delas a Proteco, de João Amorim - por serviços não executados ou feitos com qualidade inferior ao contratado. O dinheiro arrecadado com os crimes era usado para compra de fazendas e imóveis urbanos em nome de familiares e pessoas de confiança dos envolvidos.

OPERAÇÃO

Os investigados na operação foram presos em maio de 2018 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Giroto e Amorim, foram encarcerados: a esposa dele, Rachel Giroto; o empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos; Mariane Mariano; Ana Paula Amorim, filha de João Amorim; e de Elza Cristina Araújo.

Essa segunda fase, foi deflagrada em 2016 e teve como foco o crime de lavagem de dinheiro, pois investigados teriam ocultado patrimônio decorrente de fraudes em licitações.

O grupo fraudava certames, pagava às empreiteiras por serviços não executados ou feitos com qualidade inferior ao contratado. O dinheiro arrecadado com os crimes era usado para compra de fazendas e imóveis urbanos em nome de familiares e pessoas de confiança dos envolvidos.

LAMA ASFÁLTICA

A denúncia feita pela Operação Lama Asfáltica aponta que os desvios podem ter chegado ao montante de R$ 142,5 milhões. Em julho deste ano ela foi dividida em cinco partes pela Justiça Federal, sendo que em quatro delas o ex-governador André Puccinelli (MDB) aparece como réu.

Os acusados respondem por organização criminosa, superfaturamento da obra de pavimentação da rodovia MS-430 (que liga São Gabriel do Oeste à MS-080, acesso à Aquidauana), troca de favores com o uso do jatinho 'Cheia de Charme', pertencente à Proteco, e desvios de recursos na obra de construção da avenida Lúdio Martins Coelho, em Campo Grande.

Já o ex-governador ainda responde na esfera estadual por suposto recebimento de propina pela JBS em troca de incentivos fiscais - situação que as investigações apontam que teriam começado na gestão de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, e persistiram ainda durante a gestão do atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Deflagrada em 2015 pela Polícia Federal (PF), a Operação Lama Asfáltica foi uma das maiores investigações já realizadas em Mato Grosso do Sul, trazendo à tona várias situações e supostos casos de corrupção que estão sob julgamento. Foi essa operação que resultou na prisão de André Puccinelli e seu filho, além de Giroto, Amorim e outros envolvidos.

A maior parte do processo foi parar na Justiça Estadual, contudo, uma parte prosseguiu nas mãos da Justiça Federal, que fez tal desmembramento da denúncia.

Além de André, João Amorim e Giroto, são denunciadas outras 10 pessoas. Na obra da Lúdio Martins Coelho, via que começa na Duque de Caxias e dá acesso aos bairros da região do Lagoa (União, São Conrado, Caiobá, entre outros), o prejuízo aos cofres federais por fraudes na licitação é avaliado em R$ 4,4 milhões.

Já outros R$ 15,6 milhões são referentes à MS-430, onde é apontado além do desvio de recursos públicos também a prática de falsidade ideológica no contrato do Governo do Estado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento da obra.

 

 

OPERAÇÃO

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes "faz tudo o que não diz a lei"

PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de estado

21/11/2024 20h00

Foto: Senado

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Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações da Agência Brasil

Em debate

Projeto para banir celulares nas escolas de MS avança na Assembleia

O projeto de lei foi enviado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso seja aprovado, voltará para a Assembleia e passará por uma nova votação.

21/11/2024 13h35

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul Divulgação/ Alems

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Está em tramitação na Assembleia Legislativa o projeto de lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos por alunos nas escolas da rede pública e privada de Mato Grosso do Sul. Conforme a matéria, que segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), os estudantes seriam impedidos de usar esses aparelhos dentro das salas de aula.

O tema tem sido amplamente discutido em outros estados brasileiros. Em São Paulo, no início deste mês, os deputados aprovaram um projeto de lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos por alunos nas escolas do estado, com previsão de implementação para 2025. 

Apresentado nesta quinta-feira (21) pelo deputado Pedro Pedrossian (PSD), o projeto de lei propõe a proibição do uso de dispositivos eletrônicos nas escolas do Estado. O texto define como dispositivos eletrônicos quaisquer equipamentos com acesso à internet, como celulares, tablets, relógios inteligentes e similares.

O mesmo projeto de lei, apresentado na última semana pelo deputado estadual Roberto Hashioka (União), determina que os alunos que optarem por levar celulares e outros dispositivos eletrônicos para as escolas deverão armazená-los de forma segura, sem acesso durante o período das aulas. Além disso, os estudantes assumirão a responsabilidade por eventuais extravios ou danos, caso escolham levar os aparelhos.

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul Foto: Assembleia Legislativa / Divulgação

De acordo com o documento apresentado pelo deputado Pedro Pedrossian, o uso de dispositivos eletrônicos será permitido nas escolas apenas em situações específicas: quando houver necessidade pedagógica para utilização de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais, e para alunos com deficiência que dependem de auxílios tecnológicos para participar efetivamente das atividades escolares.

Preocupado com a saúde mental das crianças, o deputado aponta que a dependência de dispositivos eletrônicos e o uso excessivo das redes sociais podem causar sérios problemas de saúde, como transtornos psicológicos e outros distúrbios mentais. 

 “O debate acerca da limitação do uso de telas e dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes vem crescendo na medida em que se apresentam estudos que indicam diversas consequências graves desse uso indiscriminado, tanto do ponto de vista físico, quanto mental, cognitivo e até social. A dependência ou o uso problemático e interativo das mídias causa problemas mentais, aumento da ansiedade, violência, cyberbullying, transtornos de sono e alimentação, sedentarismo. Além disso, é estimado o limite diário de tela para crianças em uma a duas horas sempre com supervisão, na faixa etária dos 6 aos 10 anos”, justificou o deputado.

A matéria segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e, caso seja aprovada, retornará à Assembleia para a votação dos deputados.


Mais deputados aprovam o projeto 

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul  Foto: Wagner Guimarães

No último dia 13 de setembro, o deputado estadual Roberto Hashioka (União) apresentou um projeto semelhante na Assembleia Legislativa, argumentando que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pela juventude pode prejudicar a concentração, o desempenho acadêmico e causar outros problemas de saúde.

“O uso constante de dispositivos móveis durante as aulas tem sido associado a uma diminuição significativa na capacidade de concentração e desempenho acadêmico. Além disso, estudos indicam que mesmo a mera presença do telefone pode reduzir a capacidade cognitiva, resultando em uma menor retenção de informações e notas mais baixas”, afirma Roberto Hashioka na justificativa da proposição.

O parlamentar também argumenta que cabe aos governos garantir as melhores condições de educação, incluindo a regulamentação do uso da tecnologia, a fim de proteger os estudantes dos seus aspectos negativos.

“Todas as crianças e adolescentes precisam de um ambiente educacional equilibrado, onde possam desenvolver habilidades digitais essenciais, ao mesmo tempo em que se protegem dos impactos prejudiciais do uso excessivo da tecnologia”, acrescenta. 


Uso de celulares em escolas de São Paulo está proibido 

Caso semelhante ocorreu em São Paulo, onde, nesta terça-feira (12), a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas no estado. Agora, o texto segue para a sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Conforme informações do portal G1, o texto tem como objetivo restringir o uso de qualquer tipo de aparelho eletrônico com acesso à internet por estudantes durante o período de aulas, incluindo os intervalos. O texto, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede) , recebido aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Alesp em outubro.


Governo discute proibição de celulares nas escolas 

O Ministério da Educação (MEC) deve apresentar, nas próximas semanas, ao governo brasileiro um projeto de lei que prevê a concessão do uso de celulares em escolas públicas e privadas do país.

De acordo com a massa, o texto tem como objetivo proporcionar segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a concessão.

Em fevereiro deste ano, o uso de aparelhos celulares e dispositivos tecnológicos foi proibido nas escolas da rede pública municipal do Rio de Janeiro. O decreto, assinado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), vetou o uso de aparelhos dentro e fora da sala de aula aula, incluindo nos intervalos e no recreio.

MEC deve apresentar proposta  

Na semana passada, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou ao portal G1 que é necessário impor limites ao uso de aparelhos celulares por crianças e adolescentes nas escolas.

Ao ser questionado se o MEC apresentava alguma proposta, o ministro disse que, no momento, desistiu de apresentar uma proposta própria de alcance nacional para implementar essas restrições e optou por ‘aproveitar’ os projetos de lei que já tramitavam na Casa.

Ainda de acordo com o ministro, o projeto de lei 104/2015, que trata do tema, foi aprovado pelos deputados na Comissão de Educação e agora seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Em seguida, será debatido no plenário e, posteriormente, no Senado.

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