Política

PSD-MS

Redes sociais para ampliar a militância

Redes sociais para ampliar a militância

DA REDAÇÃO

30/01/2014 - 00h00
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O presidente regional do PSD em Mato Grosso do Sul, Antonio João Hugo Rodrigues, vem utilizando as mídias sociais para ampliar a militância em Mato Grosso do Sul neste ano eleitoral, em que pretende lançar candidatos para a Assembleia Legislativa e para a Câmara Federal.

A estratégia de divulgação do partido é com uma campanha deflagrada por Antonio João em sua página no Facebook, onde também tem demonstrado que a tendência do PSD é compor aliança e, a princípio, a preferência é pelo pré-candidato do PMDB, o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad, que é seu amigo particular.

“Quem tiver interesse em se filiar ao PSD, mande mensagem. Iremos até você para fazer a ficha. Todos serão muito bem-vindos”, postou o dirigente, numa demonstração clara de que pretende ampliar os quadros da legenda visando às eleições de outubro.

Antonio João, que em maio de 2006 tomou posse no Senado em substituição a Delcídio do Amaral (PT-MS) e se licenciou para articular sua campanha ao governo do Estado, deseja reestruturar o PSD para chegar com mais força à campanha eleitoral a ser deflagrada oficialmente após a homologação das candidaturas durante sua convenção.

No plano nacional, o partido do ex-governador de São Paulo, Gilberto Kassab, faz parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff, mas liberou os diretórios estaduais para fazer as costuras locais que lhes forem convenientes.

Aliás, 12 diretórios estaduais do PSD já manifestaram apoio à reeleição da presidente Dilma, mas a expectativa da direção da legenda é de que a aliança com a petista seja chancelada pela maioria dos 27 Estados. As consultas aos diretórios foram o meio encontrado pela direção nacional para legitimar o apoio a Dilma, de quem o partido era adversário em São Paulo, mas mudou de lado ao emplacar o vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) como ministro da Secretaria das Micro e Pequenas Empresas.

Na prática, antes mesmo de orientar os diretórios a apoiar a reeleição de Dilma, o PSD já atuava alinhado com o governo. Na média, os deputados do partido acompanharam o governo em 79% das votações desde 2011. No Senado, o índice foi de 94%. A postura que Antonio João tem adotado particularmente ao emitir suas opiniões em torno da sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), por meio das mídias sociais, é de ser contrário ao senador Delcídio do Amaral e a favor de Nelsinho Trad.

Antonio João também aproveita o espaço para pedir apoio do eleitorado rumo às eleições de outubro e para criticar o pré-candidato petista, senador Delcídio, principal adversário do PMDB ao Parque dos Poderes. “Começo a minha tarde aqui no Diretório Regional do PSD.

Daqui para frente, o movimento será grande. Maior, ainda, nas proximidades da campanha eleitoral. Nós todos, do Partido Social Democrático, pedimos sua ajuda para eleger uma bancada de deputados estaduais e um deputado federal”, apelou o democrata.

Também via Facebook, Antonio João disse ter encontrado o governador André Puccinelli em um aeroporto fora do Estado, revelando, na mesma postagem, compromisso firmado entre eles para uma pescaria. Apesar de ainda não ter se manifestado publicamente sobre suas pretensões políticas, o presidente do PSD deve postular algum cargo eletivo neste ano. Mas deve concorrer a uma vaga de deputado estadual.
 

MOVIMENTAÇÃO POLÍTICA

Tereza diz que fusão partidária entre Republicanos e PP está "ajustada"

Partido terá 94 deputados federais e 10 senadores, enquanto em MS serão 3 deputados estaduais, 16 prefeitos, 24 vices e 201 vereadores

14/01/2025 08h00

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13)

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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PP e Republicanos podem se tornar um único partido ainda neste ano, em preparação para as eleições gerais de 2026, aumentando consideravelmente o poder de barganha no Congresso Nacional e nas negociações para o próximo pleito. 

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13)

Caso realmente se consolide a fusão, o novo partido terá 94 deputados federais, passando a ser a maior bancada da Câmara, e 10 senadores, sendo a quarta maior bancada do Senado, enquanto em Mato Grosso do Sul chegará a 3 deputados estaduais, 16 prefeitos, 24 vice-prefeitos e 201 vereadores, consolidando-se como a segunda maior força política do Estado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a senadora Tereza Cristina, líder do PP no Senado e principal liderança do partido em Mato Grosso do Sul, revelou que a fusão com o Republicanos está muito bem encaminhada. 

“Até onde foi conversado entre as lideranças nacionais, a fusão de PP e Republicanos está bem ajustada”, declarou a senadora sul-mato-grossense, referindo-se ao fato de que todos os partidos estão articulando uma reorganização nesse modelo de alianças – fusão, federação ou incorporação – já preparando o terreno para as próximas eleições e mexendo no xadrez político.

Com relação à possível participação do União Brasil nessa fusão de PP e Republicanos, como está sendo divulgado pela imprensa nacional, Tereza Cristina destacou que dificilmente isso será possível.

“Há bastante conversa, mas tem resistência, tanto por parte do PP quanto por parte do Republicanos”, revelou.

FATORES

O principal empecilho para a aliança com o União Brasil está nas divisões internas do partido, que, recentemente, teve uma disputa litigiosa pela presidência nacional da legenda entre Luciano Bivar e Antonio Rueda.

Além disso, o partido também passou por um atrito com a decisão do Republicanos e do PP de patrocinar a candidatura do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) a presidente da Câmara dos Deputados e esvaziar a do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA). 

Apesar disso, o União Brasil embarcou na aliança de Hugo Motta, no entanto, são consideradas remotas as chances de ser concretizada a participação da sigla na fusão do PP e do Republicanos.

Os principais interessados são os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Rueda também espera atrair quadros que hoje não estão filiados a nenhum dos três partidos, caso a tratativa seja concretizada. 

Além de filiar deputados e senadores de outras legendas, é esperado o ingresso de governadores. Ainda assim, há percalços no caminho, e disputas regionais têm dificultado um acordo.

O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE), que tentará ser líder do partido na Câmara a partir do ano que vem, é um dos principais atores a trabalhar contra. 

Caso a aliança prospere, Mendonça Filho teria de dividir sua influência em Pernambuco com o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos.

Da mesma forma, o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho, resiste a ter de compor com os deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP) e Hugo Motta, que fazem parte de um grupo político diferente do dele na Paraíba. 

Há ainda divergências regionais entre os partidos em outros estados, como Amazonas, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, onde a ex-deputada federal Rose Modesto disputou e perdeu a eleição para prefeita de Campo Grande para Adriane Lopes (PP).

Em entrevista no fim do ano passado, Ciro Nogueira disse que as negociações para esse novo modelo de aliança só devem começar a ganhar corpo a partir de fevereiro, depois das eleições para os comandos da Câmara e do Senado.

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Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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