Política

CÂMARA

Elite do serviço público ainda tenta escapar da reforma administrativa

Texto tende a deixar carreiras com supersalários fora da PEC, cujo relatório deve ser entregue nesta semana

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Depois de uma rodada de protestos em todo o Brasil e em várias cidades de Mato Grosso do Sul contra a reforma administrativa, a semana que começa promete manter o tema em evidência por vários motivos.

O primeiro é que as categorias que julgam que sairão mais prejudicadas prometem aumentar os protestos; o segundo é que as categorias que estão na elite do funcionalismo e se autodiferenciam dos outros segmentos do serviço público com o termo “carreiras de Estado” prometem intensificar os trabalhos para escapar das mudanças.

 

O relator da matéria, Arthur Maia (DEM-BA), que vinha fazendo mistério sobre o texto final, disse na última semana que aceitará um substitutivo proposto pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) que não faria diferenciação de categorias no bojo da reforma: magistrados, promotores, delegados, fiscais de renda, parlamentares, todos seriam atingidos.

Em Mato Grosso do Sul, alguns dos parlamentares já começam a se manifestar sobre o texto (por enquanto, apenas os contrários), e categorias que deverão perder vantagens.

Como por exemplo a estabilidade e o enquadramento no estatuto dos servidores públicos, como professores e profissionais de saúde, já começam a se mobilizar.

Outras categorias, em que a maioria dos servidores no topo da carreira têm salários muito próximos do teto de R$ 39 mil do serviço público, trabalham em uma frente diferente: a de, em um primeiro momento, convencer os parlamentares a votar contra a reforma e, se isso não for possível, que pelo menos os poupem de perder a maioria de suas vantagens. 

Tem sido assim nos fóruns das carreiras de Estado, e Mato Grosso do Sul tem sua versão: o Fórum das Carreiras Típicas do Estado de Mato Grosso do Sul (Focate-MS), que reúne a elite dos servidores, como magistrados, promotores de Justiça, delegados de polícia, auditores fiscais, procuradores do Estado e defensores públicos.

O grupo, ao longo deste ano, reuniu-se com praticamente todos os integrantes da bancada federal e recebeu deles uma sinalização positiva, seja para votar contra toda a reforma ou ao menos para poupá-los de parte das mudanças.

MAS O QUE MUDA?

A Proposta de Emenda à Constituição que reforma o serviço público transforma as atuais duas categorias de servidores (estatutários e comissionados) em outros quatro grupos: 

Os servidores de cargos típicos de Estado, os de cargos que não são considerados típicos de Estado, os ocupantes de cargos de liderança e assessoramento e os cidadãos inscritos em concursos públicos nos cargos que postulam, sem que sejam titulares ou investidos. 

Dentro dessas novas categorias, a que menos perderá é a das carreiras típicas de Estado, pois somente esse grupo continuará com a estabilidade no serviço público.

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As avaliações de desempenho, que já existem para todos os servidores efetivos, continuam existindo, com a diferença que a demissão dos funcionários das outras categorias torna-se mais fácil. 

Em uma das novas modalidades, a de liderança e assessoramento, a demissão por motivos político-partidários está liberada.

A PEC libera a modalidade de contrato temporário em períodos específicos, como em procedimentos sob demanda, em projetos sazonais e também durante calamidades públicas.

 Também poderá ser liberada a terceirização de funções no serviço público, desde que não abranjam atividades privativas das carreiras típicas de Estado.

No que se refere à Previdência, as carreiras típicas de Estado continuam no regime próprio, as demais migram para o regime geral de Previdência Social.

IMPRESSÕES

O deputado Fábio Trad (PSD) adiantou que é contra a reforma. 

“Eu digo uma coisa: ou entram todos, ou não entra ninguém”, disse o deputado ao comentar as negociações do texto no Congresso. “Eu tenho uma posição muito crítica à PEC, ela não combate as distorções do serviço público”, afirmou.

A senadora Simone Tebet (MDB) também tem uma postura crítica. 

“No Brasil é sempre oito ou oitenta. Da forma como está pode estar ruim, pois o custo da máquina pública é muito grande, é verdade. Mas isso não significa que devemos corrigir algo cometendo outro erro”, afirmou. 

A senadora preferiu não falar se é favorável ou contrária, mas disse que, assim que o texto chegar ao Senado, certamente sofrerá modificações.

Envolvidos

O presidente do Focate-MS e também presidente da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (Amamsul), Giuliano Máximo Martins, foi categórico. 

“Inicialmente, vale destacar que é uma reforma que afeta diretamente o próprio funcionamento do Estado e sua mão de obra essencial, que são os servidores públicos, de modo que um amplo debate deve ser realizado entre todos os setores”.

O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Membros do Ministério Público, promotor de Justiça Ramão Avila Milhan Junior, também opinou. 

“A reforma administrativa do Paulo Guedes trata a estrutura do Estado brasileiro como uma empresa privada, causando um desmonte no serviço público, que, no combate à pandemia, se mostrou mais uma vez indispensável e necessário para a população brasileira".

"Somos contrários à reforma proposta, independentemente da inclusão ou não do MP e do Judiciário”.

Os supersalários das categorias de Estado, alvo principal da reforma, mas que devem ser poupados, também foram comentados pelos integrantes dessas carreiras. 

“A queixa dos supersalários é um discurso de quem não tem conhecimento do Judiciário. Preliminarmente, cabe destacar que um magistrado recebe por seu trabalho e, por ser um membro de Poder [Judiciário], deve ter estabilidade financeira".

"Trata-se de uma garantia da sociedade, sob pena de termos juízes sem escrúpulos, que poderiam se deixar levar por corruptores. Somente assim o cidadão será julgado por um magistrado imparcial, que não se deixa levar pelos grandes grupos econômicos”, afirmou o presidente da Amamsul.

“Os subsídios e eventuais verbas indenizatórias pagas aos aproximadamente 40 mil juízes e promotores de todo o Brasil são feitos com base na Constituição Federal e nas leis orgânicas e fiscalizados pelos órgãos de controle, como o CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público] e o CNJ [Conselho Nacional de Justiça]".

"Além disso, esta matéria está sendo discutida pelo Parlamento brasileiro em projeto de lei específico”, explicou o representante dos promotores de Justiça.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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CÓDIGO DE CONDUTA

CNJ proíbe juiz coach e limita participação em eventos e cursos

Conselheiro da OAB-MS no CNJ, Mansour Karmouche explicou que a medida foca quem faz promoção pessoal

13/12/2025 08h00

Mansour Elias Karmouche durante sessão no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília (DF)

Mansour Elias Karmouche durante sessão no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília (DF) Divulgação

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou em setembro e entrou em vigor este mês a Resolução nº 650/2025, que regulamenta em todo o Poder Judiciário como os magistrados podem atuar como docentes e participar de eventos, reforçando limites para evitar conflitos com o expediente forense e com a independência judicial.

Pelo texto, magistrados da União e dos estados continuam proibidos de exercer outro cargo ou função, ainda que com disponibilidade, com exceção do magistério.

Mesmo assim, a atividade docente fica condicionada à compatibilidade de horários com o trabalho no fórum.

A regra vale também para o ensino a distância (EAD), que deverá seguir os mesmos princípios do formato presencial, incluindo a exigência de conciliação com o expediente forense.

A resolução determina ainda que cada tribunal deverá regulamentar o limite máximo de carga horária semanal dedicada à docência de EAD, levando em conta “peculiaridades locais”.

Além disso, fica vedado ao magistrado exercer cargo administrativo ou técnico em instituição de ensino, com exceção de funções como coordenação de curso, projetos de pesquisa e extensão, ou atividades em escolas de aperfeiçoamento dos próprios tribunais e entidades vinculadas.

Um dos pontos centrais é a proibição explícita da prática de coaching e atividades similares para preparação de candidatos a concursos, mesmo quando envolvam conteúdos jurídicos.

O CNJ estabelece que esse tipo de serviço – descrito como treinamento organizado e oneroso voltado a “objetivos predefinidos”, como aprovações e ganhos – não é considerado docência e, por isso, é vedado a magistrados.

A norma equipara ao coaching a assessoria coletiva via mídias e redes sociais quando houver monetização digital ou captação de clientela para venda de produtos e serviços.

Há, porém, uma ressalva: mentoria gratuita, individual ou coletiva, direcionada a alunos de políticas afirmativas construídas no âmbito do CNJ e voltada à pluralização do perfil da magistratura, não é tratada como coaching, mas deverá ser formalmente comunicada ao tribunal competente, em registro eletrônico.

Para atividades regulares de docência em instituições de ensino, o magistrado terá de registrar eletronicamente no tribunal informações como entidade, horários e disciplinas ministradas, preferencialmente no início de cada semestre, mantendo os dados atualizados.

O CNJ e a Corregedoria Nacional de Justiça farão acompanhamento periódico dessas informações.

A resolução também amplia o conceito de atividade docente para fins de controle: participação de magistrados como palestrantes, conferencistas, moderadores, debatedores, integrantes de comissão organizadora, membros de bancas de concurso e de comissões de juristas (inclusive instituídas pelo Legislativo ou o Executivo) passa a ser considerada docência.

EVENTOS

Uma exceção é criada para participações virtuais breves e não remuneradas: eventos online (ao vivo ou gravados) de até 20 minutos, em horário compatível com o expediente, ficam dispensados do registro eletrônico.

No capítulo sobre eventos, o CNJ estabelece que congressos, seminários, simpósios e encontros similares promovidos, realizados ou apoiados por conselhos e tribunais devem observar princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

O texto permite patrocínio de empresas com fins lucrativos até o limite de 30% do custo total do evento e autoriza patrocínio parcial ou total por entidades filantrópicas e fundações de direitos humanos, desde que compatíveis com o tema.

Já quando o evento for promovido ou subvencionado por entidade privada com fins lucrativos e houver custeio de transporte e hospedagem, a participação de magistrados fica limitada a papéis específicos, como comissão organizadora ou atuação como palestrante, moderador e debatedor – com exceção para eventos custeados exclusivamente por associações de magistrados.

A resolução ainda prevê a possibilidade de magistrados receberem premiação da administração pública ou de entidades sem fins lucrativos por obra jurídica ou prática inovadora de interesse da administração judiciária, desde que não haja comprometimento da independência funcional.

Também admite o recebimento de itens de cortesia em situações específicas, desde que o valor patrimonial não descaracterize o caráter simbólico.

ANÁLISE

Segundo Mansour Elias Karmouche, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) e conselheiro federal no CNJ, essas restrições aos magistrados foram o último ato do ministro Luís Roberto Barroso, antes de se aposentar do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A medida foca os magistrados que costumam promover e oferecer cursos paralelos de mentoria e coaching, e, a partir de agora, essa prática foi completamente vedada. A proibição está alinhada a um código de conduta para magistrados, com o magistério ainda sendo aprovado, mas não podendo mais participar das redes sociais na capacidade de empreendedores”, detalhou.

Mansour Karmouche reforçou que a resolução chega em um momento de necessidade de mais transparência no sistema judicial brasileiro e foca a preocupação sobre potenciais conflitos de interesse dos magistrados.

“A partir de agora, todos os magistrados que participam de eventos precisam registrar e comunicar informações, incluindo valores recebidos e patrocinadores. Isso é importante para a segurança da sociedade, porém, infelizmente, a resolução se aplica apenas até o Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois o STF está fora do alcance das regulamentações do CNJ”, pontuou.

O conselheiro federal da OAB no CNJ destacou que o ministro Luiz Edson Fachin, presidente do STF, pela limitação do conselho, propôs uma resolução específica para disciplinar a participação dos magistrados do Supremo.

“Essa proposta surgiu, em parte, após uma viagem controversa do ministro Dias Toffoli, que gerou grande polêmica”, recordou.

Fachin tem apresentado a ministros da Corte a intenção de criar um código de conduta para integrantes de tribunais superiores, como na Alemanha, onde o Tribunal Constitucional elaborou um código de conduta em 2017.

São 4 artigos e 16 itens no total, que são um conjunto de regras para os integrantes da Corte considerada a guardiã da Constituição alemã e que tem inspirado o ministro Fachin.

O primeiro artigo do Código de Ética alemão diz que: “Juízas e juízes devem se comportar, dentro e fora de suas funções, de modo a não prejudicar o prestígio do Tribunal, a dignidade do cargo e a confiança em sua independência, imparcialidade, neutralidade e integridade”.

O texto afirma que precisa existir um “zelo para que não surja qualquer dúvida quanto à neutralidade perante grupos sociais, políticos, religiosos ou ideológicos”. Ele cita também o cuidado com as “relações pessoais”.

O código tem, ainda, um parágrafo sobre a ética de aceitar presentes: “Juízas e juízes só aceitam presentes e benefícios de qualquer tipo apenas na medida em que isso não possa gerar dúvidas sobre sua integridade pessoal e independência”.

Diz também que os magistrados podem “receber remuneração por palestras, pela participação em eventos e por publicações somente e apenas na medida em que isso não prejudique o prestígio do Tribunal nem gere dúvidas quanto à independência, à imparcialidade, à neutralidade e à integridade de seus membros” e que “os rendimentos obtidos em atividades extrajudiciais devem ser divulgados”.

Por determinação do Código de Ética alemão, esses dados são públicos e ficam liberados para consulta. A tabela de 2024 é a mais recente disponível.

Mostra exatamente o quanto cada integrante do Tribunal Constitucional da Alemanha ganhou em atividades fora do Judiciário – publicação de livros e artigos, palestras, participações em eventos independentes.

O código também determina que os magistrados da Corte não podem emitir pareceres sobre questões de direito constitucional nem fazer previsões sobre o resultado de processos pendentes ou que podem vir a ser decididos pelo Tribunal.

O texto prevê ainda regras para depois do término do mandato. Fala, por exemplo, que os juízes não podem assumir atividades de consultoria nem emitir pareceres técnicos no primeiro ano fora do Tribunal e que, mesmo depois desse período, está vedada a atuação em casos da Corte para não dar a impressão de utilização indevida de conhecimentos internos.

O Reino Unido também tem código de ética para magistrados de tribunais superiores.

O documento determina que os juízes são expressamente proibidos de aceitar remuneração por atividades extrajudiciais e tem uma parte específica que fala o que é preciso ser levado em conta para que um magistrado se declare impedido de julgar uma determinada ação.

Nos Estados Unidos, a Suprema Corte adotou um código de ética em 2023, depois que reportagens revelaram que juízes ocultaram ter recebido presentes e benefícios de empresários. Um dos magistrados é Clarence Thomas, que está na Corte desde 1991.

Segundo investigações de agências de notícias do país, ele aceitou, durante anos, viagens de luxo pagas por um bilionário texano, que comprou uma casa do juiz. A transação não foi informada às autoridades. O código americano estabelece, por exemplo, que juízes precisam explicar os motivos de se declararem impedidos de julgar um caso.

Logo no início, o texto afirma: “A ausência de um código levou à falsa impressão de que os juízes desta Corte se consideram imunes a regras éticas. Para acabar com essa percepção enganosa, estamos publicando esse código, que representa uma codificação dos princípios que nós sempre respeitamos”.

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