Política

PSD + PSDB

"Reunião secreta" em Campo Grande pode selar o destino do PSDB

O PSDB, legenda que já governou o Brasil por oito anos, pode ser incorporado pelo PSD de Gilberto Kassab, que esteve em Campo Grande no fim de semana, quando se reuniu com os caciques tucanos locais Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja

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A incorporação do PSDB ao PSD está cada vez mais próxima de ser concretizada ainda neste primeiro semestre, já de olho nas eleições gerais do próximo ano. No fim de semana, mais um passo nessa direção foi dado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

Ele veio a Campo Grande direto de São Paulo (SP), no sábado, a bordo de um jatinho, para se encontrar com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e com o presidente tucano no Estado, o ex-governador Reinaldo Azambuja.

O Correio do Estado apurou que a reunião ocorreu a portas fechadas na casa do governador, apenas com a presença dos três, e a pauta do encontro foi a incorporação do PSDB pelo PSD, o que, na prática, resultaria na extinção do partido tucano enquanto sigla.

Kassab rejeita a fusão porque, ao formar um novo partido, haveria o risco de uma possível debandada dos deputados federais tucanos e até do PSD, que também estão descontentes com a aproximação das duas siglas.

Atualmente, o PSD tem uma bancada na Câmara dos Deputados com 44 deputados federais, enquanto o PSDB tem 13 representantes. Com a fusão, os deputados federais dos dois partidos envolvidos poderiam trocar de legenda sem perder o mandato, o que justificaria o temor de Kassab.

Durante o encontro político, o presidente nacional do PSD explicou essa possibilidade e, por isso, defendeu a incorporação. Ele ainda reforçou que espera contar com as permanências das duas principais lideranças tucanas de Mato Grosso do Sul.

No entanto, de acordo com fontes ouvidas pelo Correio do Estado, tanto Riedel quanto Azambuja teriam dito a Kassab que a oficialização dessa incorporação não depende apenas dos dois, mas das lideranças nacionais do PSDB.

Eles teriam citado o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a governadora de Pernambuco, Raquel Lira, e o deputado federal mineiro Aécio Neves.

Porém, ambos ouviram de Kassab que Raquel Lira já teria definido a migração para o PSD e que ainda não oficializou a troca de legenda porque está animada com a possibilidade de a incorporação do PSDB acontecer ainda neste primeiro semestre.

Riedel teria ressaltado que ele e Leite são favoráveis à união entre PSDB e PSD, entretanto, querem tomar uma decisão em conjunto. O certo é que as resistências à incorporação estão diminuindo nacionalmente, e os mais otimistas não descartam que possa acontecer já em março.

IDENTIDADE

Em entrevista concedida na semana passada ao Correio do Estado, Riedel ressaltou que o PSDB sempre foi um partido muito relevante desde a sua criação, mas perdeu representatividade política, porém, segue ocupando seu espaço no que diz respeito a princípios e valores.

“O que eu considero fundamental é que um grupo que for fazer um movimento em direção a outro grupo não pode perder suas convicções e seus ideais políticos”, declarou à reportagem e também teria falado a Kassab, referindo-se à manutenção da Fundação Mário Covas, para que continue na eventualidade de uma
incorporação.

Criada em 21 de abril de 2001, a Fundação Mario Covas surgiu inspirada nos compromissos éticos de um dos mais importantes homens públicos da história democrática brasileira, com o intuito de contribuir com a valorização da cidadania e o aperfeiçoamento da gestão pública.

SAIBA

A aproximação do PSDB ao PSD praticamente inviabiliza a fusão dos tucanos com o MDB. Além disso, a executiva nacional emedebista voltou com as articulações para ocupar a vaga de vice na chapa de reeleição do presidente Lula (PT).

O Correio do Estado apurou que na “lista tríplice” do MDB consta o nome da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e também do governador do Pará, Helder Barbalho, e do ministro dos Transportes, Renan Filho.

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Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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