Política

REFORMA ADMINISTRATIVA

Riedel já teria 3 nomes em mãos para substituir Eduardo Rocha na Casa Civil

O governador reassume o cargo na próxima semana e a expectativa é de que faça o anúncio do novo titular da Pasta

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Na próxima semana, assim que retornar da licença que tirou para acompanhar a esposa até os Estados Unidos, o governador Eduardo Riedel (PP) já deve iniciar a reforma administrativa para liberar os secretários de Estado que vão disputar cargos eletivos no pleito de 2026 e, dessa forma, não atrapalhar a gestão pública em ano eleitoral.

O Correio do Estado apurou que o primeiro a deixar o cargo deve ser o atual titular da Secretaria de Estado da Casa Civil, Eduardo Rocha, que tentará uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) pelo MDB, e que Riedel já teria em mãos os nomes de três possíveis substitutos.

Os cotados para o cargo são o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Educação (SED), Sérgio Luiz Gonçalves, o diretor-superintendente do Sebrae-MS, Cláudio George Mendonça, e o secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Casa Civil (Casa Civil), Walter Carneiro Júnior, os três do PP.

No caso de Sérgio Gonçalves, ele tem longo anos de serviços prestados ao PP de Mato Grosso do Sul, comandado pela senadora Tereza Cristina, e, em setembro do ano passado, foi nomeado pelo governador para o cargo de secretário-adjunto da SED. 

Anteriormente, Sérgio Gonçalves era assessor especial na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e tem longa experiência na administração pública estadual, tendo comandado a área financeira da Secretaria de Estado de Comunicação durante a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja (PL).

Também pertencente aos quadros da administração pública estadual, Walter Carneiro Jr. é primeiro-suplente de deputado federal do PP, obtendo 39.860 votos nas eleições gerais de 2022, e, no ano passado, foi nomeado para o cargo de secretário-adjunto da Casa Civil, mas, anteriormente, na gestão de Azambuja, foi diretor-presidente da Sanesul.

A expressiva votação obtida nas eleições passadas o credencia a ser pré-candidato a deputado federal pelo PP nas eleições gerais do próximo ano, o que pode pesar na hora de o governador Riedel escolher o substituto de Eduardo Rocha na Casa Civil, afinal, tirará do páreo um nome forte para o pleito de 2026.

Já Cláudio Mendonça, que está à frente da Superintendência do Sebrae-MS desde 2007, tem uma forte relação com o governador, desde quando Riedel comandou a Famasul e o Conselho Deliberativo do Sebrae-MS, e faz parte do Sistema S há quase 20 anos, passando pela diretoria da Fiems, logo no início da gestão do empresário Sérgio Longen, e atualmente faz parte da diretoria da Famasul, que está sob a direção do produtor rural Marcelo Bertoni.

Além disso, o diretor-superintendente do Sebrae-MS ainda participou da diretoria da Fecomércio-MS e foi presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentos do Estado de Mato Grosso do Sul (Siams), ou seja, caso seja o escolhido, será o segundo secretário do governo de Riedel ligado ao Sistema S, já que o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, é oriundo do Senai-MS e da Fiems.

Para o governador, a Casa Civil é estratégica, pois, estando fortalecida, ajuda o governo estadual a consolidar obras e políticas públicas que impactam diretamente a vida dos sul-mato-grossenses.

O titular da Pasta atua diretamente na articulação do governo com deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores para garantir que os avanços econômicos e sociais alcancem todas as regiões de Mato Grosso do Sul.

Além disso, ainda desempenha um papel fundamental na aproximação do governo estadual com o governo federal, bem como o Congresso Nacional, garantido investimentos e conquistas para o Estado.

A reportagem procurou o governado Riedel para comentar sobre a substituição, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

*SAIBA

Além de Eduardo Rocha, também já estariam como certos para deixar as respectivas funções que exercem no governo estadual os secretários Jaime Verruck, titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), e Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

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Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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