Política

Voto de minerva

Riedel será decisivo para definir nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa

Governador participará da reunião entre deputados estaduais, no dia 20 de janeiro, para alinhar presidência e primeira-secretaria

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O governador Eduardo Riedel (PSDB) será decisivo na composição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) para a legislatura que se inicia no dia 1º de fevereiro.

Conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, ele deve participar da reunião marcada para o dia 20, entre os deputados estaduais eleitos e reeleitos nas eleições gerais do ano passado.

Nesse encontro, o governador terá o voto de minerva na eventualidade de continuarem sem consenso os nomes para ocupar os cargos de presidente e de primeiro-secretário da Casa de Leis.

Atualmente, os deputados Gerson Claro (PP) e Mara Caseiro (PSDB) disputam a presidência da Assembleia Legislativa, com larga vantagem para o primeiro, que tem o apoio do decano Londres Machado (PP) e da senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS).

No entanto, apesar do favoritismo de Gerson Claro, a deputada Mara Caseiro não abre mão de concorrer ao cargo.

“Me sinto muito preparada para assumir a presidência da Casa de Leis, pois já fui vereadora, presidente de Câmara Municipal e prefeita. Além disso, também já comandei a Fundação de Cultura e vou assumir o meu quarto mandato de deputada estadual”, reforçou a parlamentar, completando que seria muito representativo para a Alems que, após 45 anos de criação, tenha a primeira mulher na presidência.

Por outro lado, Gerson Claro ressaltou que continua conversando com os representantes de todos os partidos que farão parte da próxima legislatura.

“Já tenho uma boa articulação com PT, MDB e PL em relação aos espaços que vão ocupar na nova Mesa Diretora, caso eu seja eleito. Também já conversei com alguns deputados do PSDB, partido que reivindica a primeira-secretaria. Acredito que, depois do dia 20 de janeiro, devemos ter essa definição sobre a presidência e a primeira-secretaria, pois será uma data mais próxima da eleição”, afirmou.

Primeira-secretaria

Já na primeira-secretaria da Assembleia Legislativa a disputa está entre os deputados Jamilson Name e Paulo Corrêa, ambos do PSDB, que também não aceitam abrir mão das suas respectivas candidaturas.

“A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa precisa de renovação, e, por isso, quero ser o próximo primeiro-secretário da Casa de Leis. O meu voto o Paulo Corrêa não terá, assim como o de muitos outros. Acredito que até o dia 1º de fevereiro, quando será realizada a eleição da nova Mesa Diretora, conseguirei a maioria dos votos para ser eleito”, informou Jamilson Name.

Nos bastidores, estão dizendo que Paulo Corrêa conta com o apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB), o que lhe daria uma certa vantagem sobre Jamilson Name.

“Não acredito nessa hipótese, o Riedel já avisou que não pretende se meter na eleição da Mesa Diretora. Além disso, é bom lembrar que o ex-governador André Puccinelli (MDB) liderava as pesquisas para voltar ao cargo e nem no segundo turno ele conseguiu chegar”, comparou, lembrando que em política muitos dormem vitoriosos e acordam derrotados.

Entretanto, em razão dessa falta de consenso entre os quatro principais envolvidos na contenda pelos dois principais cargos da Mesa Diretora da Alems, caberá a Riedel atuar como pacificador.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, se o governador determinar que a presidência e a primeira-secretaria da Casa de Leis terão de ficar com os deputados Gerson Claro e Paulo Corrêa, respectivamente, assim será.

Porém, caso Riedel decida ouvir a maioria dos deputados estaduais, os dois cargos ficarão com Gerson Claro e Jamilson Name, cabendo a Mara Caseiro e Paulo Corrêa acatarem a opinião do governador.

No entanto, nessa eventualidade, ele poderá enfrentar algumas rusgas com colegas de partido, tendo de usar sua articulação política para apaziguar o ninho tucano e, desta forma, iniciar sua gestão em paz.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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