Política

MATO GROSSO DO SUL

Rodolfo Nogueira chama de criminosa invasão à fazenda da ex-ministra Tereza Cristina

A propriedade da senadora localizada no município de Terenos foi tomada na madrugada deste domingo

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O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) disse há pouco ao Correio do Estado que é mais uma invasão criminosa praticada por sem-terra à Fazenda Santa Eliza, que pertence à família da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e está localizada no município de Terenos (MS).

“Isso é crime e os invasores terão que ser responsabilizados. Minha solidariedade à senadora Tereza Cristina e também vou pedir para que se abra uma investigação dentro da CPI das Invasões para saber se esse ato foi programado e articulado por alguém ligado a um partido político, com objetivo de ameaçar, amedrontar ou até mesmo silenciar a voz da senadora que defende o agronegócio em Brasília”, pontuou o parlamentar sul-mato-grossense.

Para Rodolfo Nogueira, não podemos “permitir que bandidos a mando de não sei quem, façam este tipo de pressão no parlamento”. 

“É notável que esse governo estabeleceu o agronegócio como inimigo número 1 e, para isso, estão fazendo de tudo para destruir o seguimento mais importante de nosso País, pois além de colocar comida na mesa da população, responde por 30% do PIB {Produto Interno Bruto}, fomentando a agroindústria e o comércio pelo Brasil a fora”, finalizou.

Entenda o caso

A Fazenda Santa Eliza foi invadida por sem-terra na manhã deste domingo, conforme informam advogados e familiares da senadora Tereza Cristina. A propriedade, de aproximadamente 1,3 mil hectares, no município de Terenos, a 16 quilômetros de Campo Grande, está ocupada pelos sem-terra desde a madrugada de hoje, sendo que eles inclusive já montaram um acampamento no local.

Conforme o advogado da família da senadora e ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brenner Lucas Dietrich Espíndola, o grupo que invadiu a fazenda diz ser do Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). “Eles adentraram à área de reserva legal da propriedade e lá fincaram uma bandeira do MST”, conta o advogado. “Estamos desde a manhã desta segunda nesta envolvidos nisso”, admitiu. 

Ainda segundo Brenner Espíndola, a fazenda de 1,3 mil hectares é “extremamente produtiva”. Nela há uma área de confinamento arrendada para o Grupo JBS e também outras áreas arrendadas para produtores rurais de Mato Grosso do Sul, como por exemplo para a família Schlatter, de Chapadão do Sul, entre outros produtores. 

O Correio do Estado apurou que o governador Eduardo Riedel (PSDB) já foi informado da ocupação. Equipes da Polícia Militar e da Polícia Militar Ambiental já estão no local. Uma mulher que participa da ocupação teria sido detida para prestar esclarecimentos. 

Ainda não há a confirmação se o motivo seria esbulho possessório (quando se tenta invadir uma propriedade privada) ou por crime ambiental (há relatos que os sem-terra tiraram parte da reserva para montar o acampamento). O MST foi procurado pelo Correio do Estado, mas não retornou o contato até a publicação da reportagem.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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