Política

Privatização das Praias

Rose e Beto disseram sim à PEC das praias; em MS só Vander foi contra

Pré-candidatos a prefeitura de Campo Grande juntamente com outros cinco deputados federais de Mato Grosso do Sul foram favoráveis a proposta que "privatizaria" praias do Brasil

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A popularmente conhecida Pec das Praias, passou pela Câmara dos Deputados, como uma verdadeira onda em 2022, e nomes de pré-canditados a prefeitura de Campo Grande como Rose Modesto (União Brasil) e Beto Pereira (PSDB) votaram "sim" a proposta.

Dos parlamentares de Mato Grosso do Sul, o único que foi contra a privatização das praias foi o deputado federal Vander Loubet (PT-MS).

O texto foi apresentado ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA) em 2011 e só chegou até o plenário da Câmara dos Deputados, cerca de 12 anos depois.

A proposta seguiu a ritmo lento, inclusive na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) ficou engavetada por quatro anos.

Em 2015, uma Comissão especial debateu o tema, somente em 2018 foi aprovado pela CCJ e posteriormente permaneceu "esquecida" em meio a outras pautas do governo.

Mesmo com toda morosidade em 2022, houve cenário favorável, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), a pauta seguiu para apreciação no plenário da casa.

Ocasião em que os parlamentares da bancada sul-mato-grossense, a exceção do petista Vander Loubet, foram favoráveis a chamada Pec das Praias.

Entre os nomes despontam Beto Pereira (PSDB) e Rose Modesto (União-Brasil) que são pré-candidatos a prefeitura da Capital. 

A reportagem do Correio do Estado, conversou com exclusividade com a ex-deputada federal Rose Modesto, e com o deputado federal Beto Pereira, a resposta dos futuros adversários para a cadeira do Executivo Municipal foram distintas.

Ao ser questionado sobre o voto favorável, o tucano Beto Pereira frisou que a "narrativa construída" em torno da matéria é contrária ao que realmente trata a Proposição legislativa destinada a alterar a Constituição Federal. 

Conforme Beto, a PEC não tem relação com a privatização das praias, na verdade, o intuito, seria regularizar a situação de milhares de imóveis em cidades inteiras que estão nos terrenos da Marinha do Brasil

“Não dá para simplesmente pedir para que moradores de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, ou do complexo da Maré, no Rio de Janeiro, por exemplo, saiam de suas casas. O que a PEC sugere é a revogação de um trecho da Constituição e propõe que a transferência dos territórios de marinha para ocupantes particulares, estados e municípios seja autorizada", disse Beto Pereira e complementou:

 "A União continuaria a ter o domínio sobre praias e demais terrenos de Marinha e o acesso continuaria público em áreas afetadas ao serviço público federal, áreas que tiverem unidades ambientais federais e
áreas não ocupadas. Essa PEC está em discussão no Senado e precisamos aguardar o andamento da matéria”.

Por outro lado, Rose Modesto frisou que o texto da PEC das Praias, que passou pela Câmara dos Deputados, não fazia qualquer menção acerca da privatização, no projeto que a parlamentar deu parecer favorável o ponto era "doações de área da marinha para municípios e Estados".

"Esse texto sobre essa possibilidade de privatizar praias entrou esse ano  no Senado. Lá atrás não havia nada disso. Eu jamais votaria um projeto com essa finalidade. Sou totalmente contra", pontuou Rose.

"Se você entrevistar os 513 deputados que estavam lá em 2022 ou buscar qualquer notícia sobre esse tema 'privatizar praias' você não vai achar nada. Porque nesse período não havia essa proposta".

 

Arquivo Correio do Estado

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SAÚDE E EDUCAÇÃO

Projeto de lei pretende promover cuidados com a saúde nas escolas

Autora da proposta, deputada Mara Caseiro, afirmou que o Estado precisa adotar medidas que integrem a educação com a saúde

15/04/2025 17h00

Deputados estaduais em sessão ordinária

Deputados estaduais em sessão ordinária FOTO: Divulgação ALEMS

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Nesta terça-feira (15), o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, recebeu o projeto de lei Nº 93/2025 da deputada Mara Caseiro (PSDB), que pretende promover ações nas escolas públicas, que estimulem a saúde física, mental e emocional dos estudantes.

A partir de agora, o texto seguirá para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), e caso receba parecer favorável, seguirá para as votações das comissões de mérito e em sessões plenárias.

Conforme o texto, a promoção a saúde nas instituições de ensino acontecerá através de ações e programas que envolvem a educação para a saúde, a prevenção de doenças, a promoção de hábitos saudáveis e a atenção à saúde integral dos estudantes.

Além disso, a proposta estabelece as seguintes diretrizes:

  • Promoção de um ambiente escolar saudável e inclusivo;
  • Integração de ações de saúde com as atividades educacionais;
  • Valorização da saúde mental e emocional dos estudantes;
  • Capacitação contínua de profissionais da educação e saúde;
  • Conscientização sobre a importância da alimentação saudável, da atividade física e da prevenção a doenças.

Na justificativa do projeto, a deputada Mara Caseiro afirmou que a escola, é um espaço que vai além da construção de conhecimento. Na opinião dela, é o ambiente adequado para difundir ações voltadas à promoção da saúde física, mental e emocional dos estudantes.

“É de extrema importância que Mato Grosso do Sul adote medidas que integrem a educação com a saúde, com vistas a criar condições para que os estudantes possam receber as devidas orientações para a promoção da saúde e prevenção de doenças”, acrescentou a parlamentar.

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INTEGRAÇÃO

Após reuniões com Tebet, Chile quer Corredor Bioceânico com Brasil, Argentina e Paraguai

Governo chileno tem projeto para criar uma nova rota comercial, com extensão de 2,4 mil km, unindo o norte do país aos três vizinhos sul-americanos

15/04/2025 15h42

Reunião da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, com os ministros chilenos Nicólas Grau (Economia) e Jessica López (Obras Públicas)

Reunião da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, com os ministros chilenos Nicólas Grau (Economia) e Jessica López (Obras Públicas) Divulgação

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As articulações da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante passagem pelo Chile no fim do mês passado para tratar do projeto de rotas de integração sul-americana com autoridades do governo chileno deram os primeiros resultados.
 
Conforme ela, o Chile apresentou, ontem (14), o plano de obras do chamado Corredor Bioceânico, uma estrada de 2,4 mil quilômetros para unir o norte do país com o Brasil, a Argentina e o Paraguai.
 
O projeto que busca configurar uma nova rota comercial entre o Atlântico e a região Ásia-Pacífico está em pauta há uma década e é considerado uma das obras de infraestrutura mais importantes da América Latina.
 
A via conectará os portos do sul do Brasil com os do norte do Chile, atravessando Mato Grosso do Sul, a região do Chaco paraguaio e as províncias argentinas de Salta e Jujuy.
 
"É uma boa notícia, porque se trata de uma integração real e concreta", disse o presidente chileno Gabriel Boric, ao apresentar o "Plano de Ação do Corredor Bioceânico" no palácio presidencial de La Moneda, em Santiago, capital do Chile.
 
O plano considera o desenvolvimento de 22 projetos de infraestrutura no Chile para melhorar estradas, estabelecer novos pontos de controle da alfândega e da polícia, além da atualização dos portos de Iquique, Mejillones e Antofagasta.
 
No Brasil, a futura rota percorrerá rodovias de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. De acordo com o governo chileno, esse corredor representa uma melhoria significativa em relação a outras rotas.
 
Espera-se que possa reduzir em até 10 dias o transporte entre regiões do interior do Brasil e Paraguai e países da Ásia-Pacífico, como China, Coreia do Sul e Japão. O programa será um dos principais pontos de discussão da visita oficial ao Brasil que o presidente Gabriel Boric realizará na próxima semana.

Agenda chilena

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a ministra Simone Tebet explicou que recebeu, na embaixada brasileira em Santiago, os ministros chilenos Nicolás Grau (Economia) e Jessica López (Obras Públicas) para tratar especificamente do chamado Corredor Bioceânico.
 
"Na reunião, eu percebi que os ministros precisavam de uma garantia do envolvimento do governo brasileiro na Rota Bioceânica para que o governo chileno incorporasse essa questão no projeto deles do Corredor Bioceânico. Eles sentiram firmeza na nossa participação", argumentou.
 
Simone informou aos ministros Nicolás Grau e Jessica López que o Brasil já está negociando as questões alfandegárias com Paraguai porque a ponte que liga Carmelo Peralta (PY) a Porto Murtinho (M) fica pronta no próximo ano. "De posse dessas informações, eles resolveram incorporar o Corredor Bioceânico no programa estatal chileno", explicou.
 
Na próxima semana, a ministra confirmou a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente Gabriel Boric. "Já está confirmada ainda a vinda de vários ministros chilenos para que atos governamentais dos dois países sejam assinados. Também participarão alguns empresários estratégicos do Chile para verificar o interesse do governo federal brasileiro em relação a essa rota", adiantou.
 
Ela detalhou que o principal interesse do Chile no Brasil é avançar com o Corredor Bioceânico, pois os chilenos perceberam que essa questão passou a ser uma política do governo brasileiro. "Isso faz com que os países possam investir o próprio orçamento e estimular a iniciativa privada dos seus países a investirem também", assegurou.
 
Para Simone Tebet, faltava segurança e previsibilidade para que essa rota fosse a entrada decisiva do governo do Chile no processo. "Já que os empresários dos portos de Antofagasta, Iquique e Mejillones já estavam envolvidos, assim como o governo do Paraguai, que está investindo a pleno vapor, pois para eles é estratégica essa rota", lembrou.
 
A ministra ainda acrescentou que o governo brasileiro também está se movimentando porque ela não deixa de fora da pauta do presidente Lula a questão das rotas de integração sul-americana.

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