Política

Cenas de Campo Grande

Samba da saudade

Samba da saudade

EDSON C CONTAR, JORNALISTA,ESCRITOR E CARNAVALESCO

10/02/2010 - 21h32
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Meados dos anos 50. É domingo de carnaval. Ao meio-dia começam a aparecer os primeiros mascarados zanzando pela Rua 14 de Julho. Pelas calçadas, pequenas bancas improvisadas oferecem confetes, serpentinas, lança-perfume, máscaras, fantasias e pequenos instrumentos, barulhentos que só! Aos poucos, a rua vai ganhando colorido e o movimento cresce sem que se saiba de onde surgem tantos pierrôs, palhaços, diabos, índios, colombinas, arlequins e outros seres desconhecidos, tal a mistura de personagens e a criatividade dos que não tinham recursos para encomendar o traje na costureira – existiam as costureiras de carnaval – emendando e remendando roupas velhas ou surrupiando um vestido da irmã ou da mãe para compor um tipo estranho de mulher com bigodes e até barbas. Tudo era festa! A partir das quatro horas da tarde o agitado centro assiste e participa de uma alegria contagiante, provocada pelas buzinas, bumbos, pandeiros e até panelas que desfilam em carros abertos, caminhões e carroças. Era o corso! A grande passeata dos veículos decorados, com gente alegre e feliz, lançando confetes e serpentinas nos que assistiam cantando as marchinhas puxadas por cada grupo desfilante. Não havia concursos, nem programações, nem regulamentos, somente a alegria, o improviso e a criatividade. Um verdadeiro carnaval. Havia sempre um ou outro folião que se destacava e ganhava aplausos da multidão por seu desempenho e simpatia ao motivar os que, titubeantes, assistiam passivamente a banda passar. Um desses foliões era o famoso Thirson de Almeida, figura querida e carismática que sabia como ninguém chamar para si a atenção e os aplausos por sua performance elegante e contagiante. Um terno branco, chapéu palhinha e a célebre bengala numa das mãos. Um simples aceno para a plateia e lá vinham os aplausos para o Thirson. Quando parou, passou a bengala para Ramão Achucarro, que deu continuidade à alegre missão de distribuir alegria para o povo. Antes deles, além do precursor Clube dos Fidalgos, de 1914, os grandes animadores Giordano, Jorge Kalif, Seti, Osvaldo Santos Pereira e centenas de outros já carregavam multidões atrás de seus blocos, cordões e carros alegóricos. Em meio à multidão que acompanhava os corsos, dançando pela rua, vários tipos complementavam um espetáculo que nascia naturalmente, entre cantos e risos, sem excessos e desentendimentos. Era dia de carnaval. Até eu, ainda rapazinho, acabei envolvido pela magia da festa. Saímos, eu (38 quilos, menos de metro e meio, vestindo um smoking), o Clodoaldo Huguenei (60 quilos, vestido de bebê, usando um lençol como fralda e trazendo uma mamadeira gigante, cheia de whisky) e o Alfredo Scaff (que já beirava os 100 quilos e quase dois metros de altura) ,vestido de mulher grávida. Eu fazia o papel de um mirrado marido. Dá pra imaginar o quadro?. Que saudade dos meus queridos amigos! Como nós, centenas de outros grupos aprontavam suas palhaçadas e saíam a divertir-se, cada um a seu modo. À noite, ouvia-se ao longe uma bateria.L á vinha o célebre Badu com seu super Bloco Filhos da Felicidade”. A Rua 14 de Julho explodia! Os “índios do badu” iam abrindo alas, agitando suas machadinhas e dando espaço para o bloco que marcou aquela época em Campo Grande. Foi dos Filhos da Felicidade que nasceram outros blocos e deles as primeiras escolas de samba. Goinha, Felipão e Picolé são alguns dos componentes do bloco do Badu que, com o tempo, se tornaram os precursores das escolas em Campo Grande. “Tempo bom, não volta mais...saudade, quanto tempo faz! “– assim fala a canção e assim é a realidade...

Política

Justiça define lista tríplice para vaga de juiz titular do TRE

Lista foi enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e aguarda apreciação da Presidência da República

21/10/2024 12h30

Divulgação

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O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) definiu, durante sessão realizada no dia 16 de outubro, os nomes que irão concorrer ao cargo de juiz-membro titular, na categoria jurista, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).

A lista foi publicada no Diário Oficial da última sexta-feira (18), com os nomes: José Maciel Souza Chaves, Márcio de Ávila Martins Filho e Silmara Amarilla.

José Maciel Souza Chaves é filho do desembargador aposentado Joenildo de Sousa Chaves.

Márcio de Ávila Martins Filho já é membro substituto do TRE-MS, na classe de advogado, para o biênio 2023/2025.

Silmara Amarilla, já disputou vaga no Tribunal Regional Federal.

Agora, a lista foi enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a submeterá à apreciação da Presidência da República, a quem cabe fazer a nomeação do juiz-eleitoral pelo período de dois anos.

A gestão do atual juiz, José Eduardo Cury, chega ao fim em dezembro.

Cury assumiu inicialmente como substituto, em outubro de 2019, para o biênio 2019/2020, na vaga deixada pelo advogado Juliano Tannus. Na gestão seguinte, foi nomeado juiz titular do TRE-MS.

O que faz um juiz eleitoral?

Segundo o Glossário Eleitoral Brasileiro, disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as juízas e os juízes eleitorais são magistrados da Justiça Estadual designados pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para presidir as zonas eleitorais. 

Dentre as atribuições desses juízes, estão cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do TSE e dos TREs.

São titulares de zonas eleitorais e atuam como órgão singular em primeira instância, enquanto as juntas eleitorais – presididas por tais magistrados por ocasião das eleições – são os órgãos colegiados de primeira instância da Justiça Eleitoral.

Entre os órgãos da Justiça Eleitoral, a juíza ou o juiz eleitoral é o que se encontra mais perto de quem vota e de candidatas e candidatos locais. É a essa autoridade local que a pessoa deve se dirigir quando for se alistar, solicitar a segunda via ou a transferência do título, bem como resolver qualquer assunto relacionado à Justiça Eleitoral.

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ELEIÇÕES 2024

TRE-MS distribui 2,2 mil urnas para o 2º turno em Campo Grande

Capital tem 646.216 eleitores que votam em seis zonas eleitorais (8ª, 35ª, 36ª, 44ª, 53ª e 54ª) distribuídas em 235 locais de votação e 2.238 seções

21/10/2024 11h20

Urna eletrônica

Urna eletrônica GERSON OLIVEIRA

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A partir desta segunda-feira (21), 2.278 urnas eletrônicas começam a ser distribuídas nas zonas eleitorais que sediarão o segundo turno das eleições municipais, que acontece neste domingo (27), em Campo Grande.

A Capital tem 646.216 eleitores que votam em seis zonas eleitorais (8ª, 35ª, 36ª, 44ª, 53ª e 54ª) distribuídas em 235 locais de votação e 2.238 seções.

Configura o cronograma de entrega de urnas:

8ª Zona Eleitoral

Data da entrega: 21 e 22 de outubro
Local: Fórum Eleitoral de Campo Grande
Endereço: Rua Delegado José Alfredo Hardman, n° 180, Parque dos Poderes

35ª Zona Eleitoral
Data da entrega: 24 e 25 de outubro
Local: Auditório da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul)
Endereço: Av. Dom Antônio Antônio Barbosa, n° 4155, Santo Amaro

36ª Zona Eleitoral
Data da entrega: 21 e 22 de outubro
Local: Fórum Eleitoral de Campo Grande
Endereço: Rua Delegado José Alfredo Hardman, n° 180, Parque dos Poderes

44ª Zona Eleitoral
Data da entrega: 22, 23 e 24 de outubro
Local: Escola do Sistema Único de Assistência Social – SUAS/MS Mariluce Bittar
Endereço: Rua André Pace, nº 630 – Bairro Guanandi

53ª Zona Eleitoral
Data da entrega: 22, 23 e 24 de outubro
Local: Centro Catequético da Paróquia São Judas Tadeu
Endereço: Rua México, nº 235, Jardim América

54ª Zona Eleitoral
Data da entrega: 24 e 25 de outubro
Local: Prédio do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul
Endereço: Rua Taquari, nº 831, Bairro Santo Antônio

Confira o mapa das zonas eleitorais de Campo Grande:

Urna eletrônica

2º TURNO

Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União) disputarão o segundo turno das eleições municipais em Campo Grande, no dia 27 de outubro.

A prefeita Adriane Lopes obteve 140.913 votos (31,67%) dos votos, enquanto Rose Modesto alcançou 131.525 votos (29,56%).

Beto Pereira atingiu 115.516 votos (25,96%), a petista Camila Jara fez 41.966 votos (9,43%), o representante do Novo, Beto Figueiró, somou 10.885 votos (2,45%), o candidato do PSOL, Luso Queiroz, chegou a 3.108 votos (0,7%) e o do DC, Ubirajara Martins, ficou com 1.067 votos (0,24%).

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