Política

Mato Grosso do Sul

Secretariado de Riedel deve ter nomes ligados a Lula e Bolsonaro

Governador eleito anunciará hoje parte do secretariado que vai compor sua administração, que começa no dia 1º de janeiro

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O governador eleito, Eduardo Riedel (PSDB), e o vice-governador eleito e coordenador da equipe de transição, deputado estadual Barbosinha (PP), anunciam hoje os nomes dos 11 futuros secretários de Estado, mas o Correio do Estado já conseguiu adiantar 10 dos possíveis escolhidos, incluindo tanto pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os nomes obtidos pela reportagem são Eduardo Rocha (Casa Civil), Pedro Caravina (Segov), Jaime Verruck (Semadesc), Flávio César Mendes de Oliveira (Sefaz), Hélio Peluffo (Seilog), Luiz Ovando (Saúde), Ricardo Senna (Administração), Pedro Kemp (Educação), Antonio Carlos Videira (Sejusp) e João César Mattogrosso (Setescc).

Apenas para a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Assistência Social (Sedhas) não foi possível obter o nome, mas o escolhido será da cota do PSDB, pois a vaga estava reservada para o deputado federal reeleito Beto Pereira, que preferiu cumprir o mandato.

Além dessa mudança, a outra novidade da lista é Jaime Verruck, que não continuaria na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), mas, no apagar das luzes e por pressão do setor produtivo, decidiu continuar no cargo e, com isso, Ricardo Senna, que assumiria a secretaria, foi deslocado para a Secretaria de Estado de Administração (SAD).

Outra surpresa na relação do futuro secretariado é o nome do prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo (PSDB), que ontem anunciou para sua equipe a renúncia ao mandato para assumir a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog).

Ao Correio do Estado, ele não quis confirmar se de fato deixará a prefeitura para virar secretário de Eduardo Riedel, afirmando que “somente o governador eleito pode confirmar a informação”.

O pedido de renúncia deve ser enviado nos próximos dias à Câmara Municipal de Ponta Porã, e, com isso, o vice-prefeito Eduardo Campos (PSDB) assumirá como prefeito para concluir os dois anos de mandato, podendo, em 2024, candidatar-se à reeleição.

Também é novidade o nome do deputado federal reeleito Dr. Luiz Ovando (PP-MS), aliado de Bolsonaro e ligado à senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS), que trabalhou arduamente na campanha de eleição de Riedel.

Bolsonarista

Ao Correio do Estado, Luiz Ovando negou qualquer convite para ocupar a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e não quis confirmar se aceitaria o cargo caso fosse convidado, mas, caso aceite, o seu 1º suplente é o presidente da Sanesul, Walter Carneiro.

O deputado federal eleito Geraldo Resende (PSDB-MS) também estava cotado para o cargo, mas disse à reportagem que cumprirá o mandato em respeito aos 96.519 votos obtidos.

“Tenho compromisso com Mato Grosso do Sul e com os 79 municípios onde fui muito bem votado. O governador eleito Eduardo Riedel disse que precisa do meu trabalho na Câmara dos Deputados para viabilizar os projetos de interesse do Estado. Tenho experiência e conhecimento para ajudá-lo nesta tarefa”, afirmou o parlamentar.

Lulista

A outra surpresa é o nome do deputado estadual reeleito Pedro Kemp (PT) para a Secretaria de Estado de Educação (SED), que também negou à reportagem ter recebido um convite oficial, mas não quis confirmar se aceitaria ou não o cargo.

No baixo clero do governo Riedel, ainda está circulando o nome da economista Sandra Amarilha, que atualmente é gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Comunicação do Sebrae-MS, para assumir a Secretaria Executiva de Comunicação.

O atual superintendente estadual de Gestão Estratégica, Thaner Castro Nogueira, seria o novo secretário-executivo de Gestão da Estratégia e Municipalismo.

Outra informação dada como certa é que o PT indicará nomes para a Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais e para a Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Trabalho. As demais secretarias executivas também vão abrigar os partidos aliados.

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DOSIMETRIA

Tereza e Nelsinho votam a favor da redução da pena de Bolsonaro

A senadora Soraya Thronicke votou contra o projeto que reduz as punições aos envolvidos nos atos do 8 de jeneiro. Medida foi aprovada com 48 votos contra 25

18/12/2025 07h36

Soraya foi voto vencido, mas Nelsinho e Tereza ajudaram a aprovar o chamado projeto da dosimetria no Senado nesta quarta-feira (17)

Soraya foi voto vencido, mas Nelsinho e Tereza ajudaram a aprovar o chamado projeto da dosimetria no Senado nesta quarta-feira (17)

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Os senadores sul-mato-grossenses Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) votaram a favor e a senadora Soraya Thronicke (Podemos) contra o projeto de lei que reduz as penas dos condenados por envolvimento nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 e do ex-presidente Jair Bolsonaro.  

O PL 2.162/23 acabou aprovado por 48 votos a favor e 25 contrários na noite desta quarta-feira (17), além de uma abstenção, sendo que agora a matéria segue agora para a sanção da Presidência da República.

O texto foi aprovado pelo plenário ser aprovado hoje mesmo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), após muita discussão e seis horas de reunião. Na Comissão foram feitas alterações com a inclusão de uma emenda do senador Sérgio Moro (União-PR) para limitar a redução de penas somente aos envolvidos nos atos golpistas. 

Este ponto era polêmico porque o projeto aprovado pela Câmara dos deputados poderia criar a possibilidade de a redução de penas beneficiar condenados por outros crimes violentos, como os envolvidos em organizações criminosas e delitos contra a administração pública.

O relator do PL, o senador Esperidião Amin (PP-SC), afirmou que o projeto busca “corrigir distorções” com foco nas condenações dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Amin afirmou que o texto é o primeiro passo para uma futura anistia, e que “traz um alento, sem acirrar os ânimos”. Ele destacou que “há um consenso de que a mão [nos julgamentos] foi muito pesada. A narrativa de se tratar de “blindagem ampla” ou qualquer outra expressão que o valha não é verdadeira”.

Na prática, o projeto reduz a pena final de condenados por diversos enquadramentos dentro do mesmo ato golpista, inclusive nos processos já julgados ou pendentes sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 e 2023. É o caso do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a uma pena de mais de 27 anos.

O texto também cria uma regra de redução de pena para situações em que o crime for cometido em contexto de multidão. Nesse caso, quem não tiver financiado ou liderado as ações poderá receber um redutor de um terço a dois terços. A medida distingue quem atuou sem protagonismo de figuras organizadoras ou financiadoras dos atos antidemocráticos.

O projeto promove uma alteração na Lei de Execução Penal, para prever quando o condenado poderá passar para um regime mais brando. Com a mudança, os 16% (ou 1/6) da pena em regime fechado valerão para crimes com ou sem os critérios de violência ou grave ameaça. Além disso, os reincidentes — aqueles que já cometeram crimes — terão que cumprir 20% da pena. Com a legislação atual, os réus primários têm que cumprir 25% da pena em regime fechado, e os reincidentes, 30%.

Remição

Ainda pelo projeto, pessoas em prisão domiciliar poderão considerar o trabalho como forma de reduzir a pena a ser cumprida — a chamada remição. Atualmente, apenas o estudo pode remir a pena na modalidade domiciliar.

(Com informações da Agência Senado)

Política

Depois que aprovar a PEC da Segurança Pública, vamos recriar o ministério, diz Lula

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher

17/12/2025 21h00

Presidente da República, Lula

Presidente da República, Lula Divulgação/Ricardo Stuckert

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 17, que não discute segurança pública por falta de competências previstas ao governo federal. Segundo Lula, é necessária a aprovação da PEC da Segurança Pública para definir as atribuições do Planalto sobre o tema. Ele voltou a prometer a criação do Ministério da Segurança Pública caso a emenda constitucional passe pelo Congresso.

"Eu nunca quis discutir segurança pública porque não era papel do governo federal porque a Constituição não dá ao governo federal o direito de se interferir na segurança pública. (...) Por isso que eu quero aprovar a PEC, porque depois que aprovar a PEC, que definir o papel da União na questão da segurança pública, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública", afirmou o presidente.

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher. Segundo o petista, os ministros homens não conseguem discutir o tema com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O presidente também declarou que os possíveis adversários dele em 2026 não possuem novidades para oferecer aos eleitores. "Quero saber quais as novidades que eles vão propor", declarou Lula.

 

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