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Senadores de MS assinam pedido de impeachment de Moraes

Tereza Cristina e Nelsinho Trad assinaram a favor da abertura do processo

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Dois senadores de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP) e Nelsinho Trad (PSD), assinaram o requerimento que pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorre em meio a um movimento crescente entre parlamentares da oposição que alegam perseguição política do magistrado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A iniciativa é liderada por apoiadores do ex-presidente, que têm buscado reunir apoio formal no Congresso Nacional para protocolar o pedido. Nesta terça-feira (5), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) que encabeça o movimento, afirmou que o documento já conta com ao menos 39 assinaturas de parlamentares.

Moraes teria cometido crimes de responsabilidade, abuso de autoridade, improbidade administrativa, censura e violação das garantias constitucionais de liberdade de expressão e da imunidade parlamentar. Os deputados argumentam que foram alvo de perseguição política e que decisões recentes do ministro representam afronta direta à Constituição.

O estopim para o pedido foi um episódio ocorrido no fim de julho, quando o deputado Hélio Lopes (PL-RJ) tentou montar um acampamento na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e anunciou uma "greve de silêncio" em apoio a Bolsonaro e à proposta de anistia aos réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Imbróglio

No mesmo dia, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a remoção imediata do acampamento, proibiu novos protestos na área e autorizou a prisão em flagrante dos envolvidos em caso de resistência. A decisão foi fundamentada na ligação do ato com os acampamentos golpistas que antecederam os ataques às sedes dos Três Poderes.

Para os deputados, no entanto, a manifestação era pacífica e simbólica, sem incitação à violência ou ameaça à ordem pública. Eles classificaram a medida como "arbitrária e ilegal" e uma "violação direta aos direitos constitucionais de liberdade de expressão".

O documento também menciona a inclusão de Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky, nos Estados Unidos, por supostas violações de direitos humanos e perseguição política. Para os signatários, esse episódio evidencia a perda de legitimidade moral e jurídica do ministro.

O processo de impeachment de ministros do STF é previsto na Lei nº 1.079, de 1950, e é uma atribuição exclusiva do Senado Federal. Ainda não há previsão de quando ou se o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), irá se manifestar sobre o avanço do pedido.

Bolsonaro 

Antes de ter a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia mencionado a possibilidade de ser preso. Em algumas ocasiões, Bolsonaro minimizou os efeitos de uma detenção, dizendo que estava preparado para a prisão e que "daria trabalho" em reclusão. Em outras, o ex-presidente mudou o tom e demonstrou receio, afirmando "não estar tranquilo" com a possibilidade de prisão, que seria "o fim" de sua vida.

Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada por Moraes nesta segunda-feira, 4, pelo descumprimento reiterado de medidas cautelares. Como mostrou o Estadão, aliados do ex-presidente avaliam que, ao publicar um vídeo com Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lançou uma "isca" para o decreto de prisão, tentando precipitar uma reação do governo dos Estados Unidos ao curso do processo contra seu pai.

Em 30 de janeiro, em entrevista à Bloomberg, serviço de notícias em tempo real dos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou estar "preparado" para ser preso a qualquer momento."Durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h da manhã: 'É a Polícia Federal!'", afirmou o ex-presidente.

Na ocasião, Bolsonaro acumulava três indiciamentos: além do inquérito por tentativa de golpe de Estado (hoje ação penal), Bolsonaro foi implicado pelas investigações sobre a fraude em seu cartão de vacina e no caso das joias sauditas, relevado pelo Estadão em março de 2023. Em janeiro, o ex-presidente aguardava os pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as três investigações. Cabia à cúpula do Ministério Público Federal denunciá-lo ou não em cada um dos casos.

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* Matéria atualizada às 11h51 do dia 07/08 para correção de informação
 

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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