Política

TUCANOS

Sérgio de Paula não garante apoio à reeleição de Trad

Acordo entre Azambuja e Trad depende de aprovação da Executiva sobre rumo do partido em MS

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Em meio à polêmica sobre a possível expulsão da deputada federal Rose Modesto por conta da insatisfação por não encontrar respaldo em suas pretensões de, mais uma vez, disputar a Prefeitura de Campo Grande, o presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul, Sérgio de Paula, disse que o partido deve seguir a determinação da Executiva Nacional nas eleições de 2020. 

A possível aliança do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para a reeleição do prefeito Marcos Trad (PSD) depende de aprovação do partido tucano, que em 2022 deve lançar o governador de São Paulo, João Dória, como candidato a presidente do País. Questionado se houve alguma determinação para que o partido tenha candidatura própria em todas as capitais, De Paula disse que, no fim do mês, será realizada uma reunião com os presidentes regionais e o nacional, Bruno Araújo. 

O presidente dos tucanos no Estado destacou que vai expor na reunião o acordo entre Azambuja e o prefeito da Capital em 2018, em que Trad declarou apoio à reeleição do chefe do Executivo estadual em troca do mesmo favor em 2020.
“Até o fim do mês deve ter uma reunião e eu vou pôr na  mesa esse compromisso nosso na Executiva Nacional. Agora, determinação da Executiva é para ser cumprida”. 

Questionado se Trad, caso for reeleito com o apoio do PSDB, deve fazer palanque para Dória em 2022, Sérgio foi enfático ao dizer que a responsabilidade é do partido. “A obrigação é do PSDB de fazer palanque, mas vamos querer que nossos parceiros façam palanque com a gente”.   

Com relação aos rumos do partido para o pleito de 2020, o líder tucano afirmou que o PSDB ainda não definiu se deve disputar a Prefeitura Municipal de Campo Grande ou então apoiar a reeleição do atual administrador da cidade, que foi eleito em 2016, após vencer Rose Modesto no segundo turno. “O partido vai começar a falar em abril de 2020, antes disso, não temos nenhum comentário a fazer. O partido decretou isso pela Executiva”.

Modesto 

Sérgio de Paula descartou a possibilidade de a deputada federal ser expulsa do ninho tucano e afirmou que a ex-vice-governadora sempre trabalhou ao lado do governador Reinaldo Azambuja e os dois têm sintonia, além de amizade. “Não existe essa possibilidade, a Rose é mais tucana do que nunca. Ela tem carinho e amizade com o nosso governador. Os dois sempre trabalharam muito juntos, em uma sintonia muito boa, e tenho certeza que isso vai durar por muito tempo. Temos uma sintonia boa com a bancada federal, com Beto Pereira, nossa deputada Bia Cavassa e com a Rose”, disse.

Nos bastidores não é descartada a saída de Rose, mesmo que amigavelmente, para que o partido tenha dois grandes candidatos na Capital e derrote Marcos Trad – além de Modesto em outro partido, o também deputado federal Beto Pereira como nome do PSDB.  

“Existe muita especulação sobre a nossa tucana Rose. Eu tenho certeza absoluta que a Rose caminhará e continuará no nosso partido, pelo tamanho que ela ocupa em nível nacional e estadual”. 

Procurada pela reportagem para falar sobre sua possível expulsão, conforme noticiado ontem, a deputada disse que não tinha conhecimento do teor da matéria do Correio do Estado, porém, durante entrevista na redação do jornal, Sérgio afirmou que tinha conversado com ela sobre o material veiculado ontem e está tudo tranquilo entre eles.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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