Política

na berlinda

Sergio Zveiter (PMDB-RJ) é escolhido
relator de denúncia contra Temer

Sergio Zveiter (PMDB-RJ) é escolhido
relator de denúncia contra Temer

FOLHAPRESS

04/07/2017 - 22h00
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O deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) foi escolhido nesta terça-feira (4) para ser o ser o relator da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.

A decisão foi anunciada por Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), após uma sessão em que predominaram discursos a favor e contra Temer e críticas da tropa de choque do presidente à PGR e aos irmãos Batista, da JBS.

Zveiter é do partido de Temer, mas deputados da oposição afirmam que ele tem indicado intenção de agir de forma descolada do Palácio do Planalto. Os governistas queriam emplacar na relatoria os peemedebistas Jones Martins e Alceu Moreira, ambos do Rio Grande do Sul.

Antes da sessão, Pacheco afirmou não ter sido alvo de pressão e explicou os critérios que diz ter levado em conta para escolher o relator.

"O critério de escolha do relator haverá sempre de ser o que seja aquele que tenha conhecimento jurídico sólido para poder dar um parecer com critérios técnicos em relação a este assunto, que tenha a independência de não estar intimamente ligado ao governo nem a oposição, que possa levar este processo com isenção e competência", afirmou Pacheco.

Antonio Claudio Mariz de Oliveira, advogado de Temer, apresentará a defesa técnica do presidente nesta quarta-feira (5) no colegiado.

O presidente da CCJ disse que é "provável" que o advogado faça a defesa oral logo após a leitura do relatório e ao final das discussões no colegiado.

Na tarde desta terça, outro defensor do presidente, o advogado Gustavo Guedes, foi à CCJ para buscar detalhes do rito que será adotado na comissão.

A partir da entrega da defesa, a comissão conta cinco sessões para que o relatório seja apresentado e votado pelos integrantes do colegiado.

Na CCJ, o governo precisa de maioria simples dos votos. Ou seja, ao menos 34 dos 66 membros do colegiado.

Contas preliminares feitas pelos articuladores de Michel Temer na Câmara apontam que o governo ainda não tem os votos necessários para derrotar na CCJ a denúncia de corrupção feita contra o presidente, como a Folha de S.Paulo mostrou nesta terça.

Mapas de votação feitos por líderes governistas mostram que o governo tem assegurados apenas 30 votos a favor de Temer entre os 66 integrantes da comissão. Há 21 indecisos que têm demonstrado insatisfação com o Palácio do Planalto e ameaçam votar contra o presidente.

Depois de a CCJ se manifestar pela admissibilidade da denúncia, é preciso ainda que o plenário da Câmara vote.
O governo quer que isso ocorra antes do recesso parlamentar, no dia 18 de julho.

Política

Após disputa acirrada, Rose e Adriane devem ficar no mesmo partido

Reunião do PP na semana que vem irá decidir uma possível federação com o União Brasil

13/03/2025 09h15

Foto: montagem

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Depois de trocarem "farpas" durante a campanha eleitoral e disputarem um segundo turno acirrado, Adriane Lopes e Rose Modesto podem se tornar "colegas de partido".

O presidente do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira, marcou para a próxima terça-feira (18) uma reunião para discutir a possível federação do partido com o União Brasil.

Foram convocados os deputados federais, senadores e presidentes de diretórios da legenda que não sejam parlamentares.

A reunião será realizada às 18h, na Sala de Reuniões do Colégio de Líderes, na Câmara dos Deputados.

Disputa acirrada

As eleições municipais de 2024 foram marcadas pela disputa entre Adriane Lopes e Rose Modesto, que levaram a decisão para o segundo turno. Nas campanhas, houve troca de farpas e críticas uma a outra. Agora, as duas podem ficar "do mesmo lado".

Adriane foi reeleita com 51,45% dos votos válidos, contra 48,55% de Rose. Em números absolutos, foram 222.699 votos para Adriane e 210.112 votos para Rose, uma diferença de 12.587 votos entre elas.

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TAXAÇÃO AMERICANA

Nelsinho defende a não reciprocidade e pede comissão para negociar com os EUA

O senador marcou para hoje audiência com ex-presidentes da CRE para tratar da elevação da tarifa sobre aço e alumínio do Brasil

13/03/2025 08h00

O senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional

O senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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Em reunião marcada para hoje, em Brasília (DF), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, o senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD) disse ao Correio do Estado que vai defender a não reciprocidade do Brasil em relação à implementação da tarifa adicional de 25%sobre o aço e o alumínio brasileiros adotada pelos Estados Unidos.

Além disso, o parlamentar, que é o atual presidente da CRE do Senado, também vai sugerir a criação de uma comissão brasileira para negociar com o governo norte-americano, a exemplo do que já ocorreu de 2019 para 2020, quando houve exatamente essa taxação e a então ministra da Agricultura e Pecuária e atual senadora Tereza Cristina (PP) foi até os EUA negociar.

“A minha intenção é de que o Brasil priorize o diálogo e evite bater de frente com os Estados Unidos, para que não tenhamos mais prejuízos nas nossas relações internacionais. O Brasil já negocia cotas e condições diferenciadas para setores estratégicos. Nesse sentido, sou defensor para que isso continue sendo o melhor caminho”, reforçou o senador, ressaltando que a relação comercial com os americanos já ultrapassa os 200 anos. 

A questão será debatida com o ex-presidente da República José Sarney e com os ex-presidentes da CRE Eduardo Suplicy, Heráclito Fortes, Eduardo Azeredo, Cristovam Buarque, Kátia Abreu e Aloysio Nunes, por sugestão de Nelsinho, que tomou a dianteira na discussão sobre o impacto das novas tarifas dos Estados Unidos ao organizar esse encontro histórico.

De acordo com ele, a iniciativa busca alinhar estratégias para o Brasil em um cenário global cada vez mais instável, marcado pelo protecionismo norte-americano. 

“A União Europeia já anunciou retaliações, enquanto o governo brasileiro convocou reunião para avaliar os impactos e, aqui no Senado, eu defendo que o Legislativo seja proativo para que o País faça frente aos desafios atuais”, disse.

Além da questão das tarifas, o encontro na CRE abordará as relações do Brasil com seus principais parceiros comerciais, o fortalecimento da diplomacia parlamentar e a necessidade de ampliar a presença nos fóruns internacionais. 

Um dos principais focos do senador sul-mato-grossense está na integração regional, especialmente por meio da Rota Bioceânica, um projeto estratégico que pode abrir novos mercados para o Brasil na Ásia.

“Vivemos uma nova ordem global, e o Brasil precisa atuar de acordo com seu tamanho e sua importância. Precisamos de uma política externa assertiva, que defenda nossos interesses e aproveite as oportunidades que surgem nesse cenário desafiador”, afirmou.

Nelsinho disse ainda que é possível afirmar que todas as medidas que estão sendo anunciadas na área do comércio, como taxação de produtos como o alumínio e o aço, podem e devem ser revertidas em uma conversa sensata e moderada entre as partes.

Para o parlamentar, o Legislativo brasileiro não pode se dar ao luxo de ser um mero espectador das atuais transformações da economia e da geopolítica global.

“Em um mundo marcado por disputas comerciais, conflitos geopolíticos, avanço da inteligência artificial na tomada de decisão e mudanças climáticas, uma nação com a relevância do Brasil precisa ter seu Poder Legislativo com inserção estratégica na política externa. É preciso diminuir as vulnerabilidades nacionais, e o nosso Congresso é um ator central na defesa dos interesses do País”, disse.

Ele reforçou que a legislação brasileira deve acompanhar as profundas transformações globais e avançar de uma postura defensiva para outra mais proativa em relação ao comércio exterior.

“No Senado, a CRE tem o compromisso e a responsabilidade de garantir as medidas necessárias para fortalecer a política externa e evitar prejuízos aos interesses de todos os setores nacionais”, pontuou.

O senador argumentou ainda que o Brasil não pode esperar e que a política externa deve ser conduzida de maneira integrada e fortalecida, não podendo ser levada pelos ventos da conjuntura. 

“O Senado está pronto para atuar com estratégia, pragmatismo e visão de futuro, garantindo que o Brasil participe das transformações globais e lidere caminhos para seu crescimento e prosperidade com segurança”, assegurou.

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