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Simone assina PEC que dá aval para o governo gastar R$ 198 bilhões

Ao todo, 28 senadores, a maioria do PT e do MDB, já assinaram o apoio à proposta, que aguarda despacho da Mesa Diretora do Senado

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Dos três senadores de Mato Grosso do Sul, apenas Simone Tebet (MDB-MS) assinou a lista de apoio inicial à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32-2022, chamada de PEC da Transição, que dá aval para o governo federal gastar R$ 198 bilhões fora do teto de gastos.

Por ora, Soraya Thronicke (União-MS) e Nelsinho Trad (PSD-MS) preferiram analisar melhor para votar a favor ou contra.

Ao todo, 28 senadores de 10 partidos diferentes assinaram a lista de apoio inicial à PEC da Transição e, agora, a proposta aguarda despacho da Mesa Diretora do Senado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Caberá ao presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), definir o relator da proposta.

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a senadora Simone Tebet para saber sobre a assinatura da lista de apoio à PEC da Transição e, por meio de sua assessoria de imprensa, ela confirmou ter assinado. 

A assessoria de imprensa explicou que a assinatura não significa apoio incondicional, mas é importante para conseguir o quórum para a tramitação da PEC, e o texto deve ser ainda muito alterado na Casa de Leis.

Já o senador Nelsinho Trad disse que é favorável a tudo que melhore para o povo brasileiro, desde de que os indicadores fiscais não sejam alterados para evitar a volta da inflação disparada e o aumento do dólar, do preço da gasolina e dos alimentos.

Por isso, ele decidiu não assinar a lista de apoio até que obtenha mais informações sobre a PEC.

“A meu pedido, foi convidado para a reunião da bancada do PSD no Senado, a ser realizada na tarde desta quarta-feira, o senador Marcelo Castro, para explicar a PEC. Ele confirmou presença e estará à disposição”, informou o parlamentar, completando que só depois dessa reunião terá uma opinião formada sobre o assunto.

Nelsinho reforçou que o principal objetivo da PEC da Transição tem de ser o cumprimento dos benefícios sociais firmados, atendendo as camadas mais vulneráveis e mais pobres da sociedade e afastando de vez a miséria e a fome.

“Mesmo olhando o lado social, precisamos ter responsabilidade fiscal”, ressaltou.

Contrariando posicionamento do presidente nacional do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar, a senadora Soraya Thronicke também decidiu não assinar a lista de apoio à PEC da Transição para analisar melhor a proposta. 

“Em razão da urgência do tema, é preciso buscar uma solução para arcar com o custo do Auxílio Brasil no próximo ano”, afirmou.

Para a parlamentar sul-mato-grossense, não se pode esquecer que furar o teto de gastos é algo delicado, e que é necessária responsabilidade fiscal para não quebrar o Brasil nos próximos anos. 

“Estamos analisando a proposta do governo eleito com muito cuidado para atender as necessidades de população, mas sem colocar em risco o País”, detalhou.

ASSINATURAS

A lista de apoio à PEC da Transição inclui parlamentares de siglas que se aliaram ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante as eleições deste ano, além de congressistas de partidos como MDB e PSD e até uma integrante do PP, que apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro (PL). 

A senadora em questão é Mailza Gomes (PP-AC), vice-governadora eleita do Acre na chapa de Gladson Cameli (PP). Com sete senadores que assinaram a proposta, o MDB lidera entre os partidos que apoiam a PEC. 

Na segunda-feira, o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, tinha sinalizado que a sigla não se oporia ao texto, mas, por outro lado, evitou ser taxativo em relação a um possível apoio da legenda ao PT.

“Entendemos que a área social foi fundamental no debate da eleição, mas ela tem de ser prioridade verdadeira nas ações do próximo governo. Portanto, não acredito que nós teremos dificuldade na bancada do MDB do encaminhamento favorável à PEC”, disse Baleia Rossi à CNN Brasil.

Também assinaram o texto os sete senadores do PT – partido do presidente da República eleito – e cinco parlamentares do PSD. Pros e PDT foram representados por dois senadores. Podemos, Rede, Cidadania e PSB contam com um nome cada, assim como o já citado PP.

Dirigido por Luciano Bivar, o União Brasil – cuja bancada conta com seis senadores – não teve representantes entre os parlamentares que assinaram essa proposta inicial do texto da PEC.

Na segunda-feira, o presidente da sigla tinha defendido o auxílio de R$ 600 e o reajuste de servidores fora do teto.

“Se não tem caixa, vamos solicitar que o Parlamento aceite uma PEC que autorize efetivamente esses recursos para fazer valer compromissos sociais que são inadiáveis. Precisamos saber qual o tamanho do rombo que vem aí. As informações estão muito sombrias. O governo de Bolsonaro furou o teto em R$ 790 bilhões. Então, você já tem uma responsabilidade e um desequilíbrio fiscal de R$ 790 bilhões que o governo que vai se instalar vai ter de ver o que fazer”, afirmou Bivar.

Para passar a vigorar no início do mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a proposta precisa ser aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados, dependendo de votos favoráveis de três quintos dos parlamentares das duas Casas, além das comissões de Constituição e Justiça e a Especial, antes do fim do ano legislativo.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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