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Simone Tebet fica ilhada em Guarujá e desfalca comitiva que visitará áreas alagadas

Simone participaria de vistoria a áreas atingidas por chuva no litoral paulista, mas devido à interdição de estradas, cumprirá agenda no Guarujá

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), ficou ilhada em Guarujá (SP) e não conseguirá acompanhar a comitiva presidencial que vai vistoriar as áreas atingidas pelas fortes chuvas neste final de semana.

Tebet havia ido para o litoral, onde tem um apartamento, para passar o feriado de Carnaval.

Mesmo estando próxima da região mais afetada, a ministra não conseguirá se locomover por conta dos trechos com bloqueios nas estradas.

Ela avaliou também que, por ser de uma área meio, e não finalística, não valeria o custo de alugar uma aeronave.

Desde o domingo (19), no entanto, Tebet está conversando com ministros, parlamentares e autoridades locais para colocar o ministério à disposição.

Por ser início do ano, há orçamento disponível e não haverá necessidade de fazer realocamentos.

Mas Tebet já avalia como recompor os recursos no futuro e como reforçar a área de combate às tragédias.

No twitter, a ministra postou que está no Guarujá e que o governo não medirá esforços para atender as pessoas atingidas.

Na manhã desta terça-feira, o Ministério do Planejamento e Orçamento postou, também no Twitter, que Simone foi informada de que seria impossível trafegar na estrada para São Sebastião e se reunir à comitiva do presidente Lula na visita à região mais afetada pelas fortes chuvas que caíram no litoral paulista, em função de interdições na via.

A ministra repostou trecho onde diz que cumprirá agenda no próprio município de Guarujá, que também enfrenta estragos.

"A ministra Simone Tebet visita hoje, 20/2, às 11h45, um dos centros de acolhida montados pela prefeitura do Guarujá para apoiar as famílias afetadas pelas fortes chuvas que caíram na região", diz a postagem.

"Ela encontra o prefeito Dr Válter Suman na Escola Municipal Benedita Blac de Oliveira", conclui.

Chuvas em São Paulo

O subsecretário da Defesa Civil de São Paulo, major André Luiz Hannickel, informou que quase 2.500 pessoas tiveram de deixar suas casas após as fortes chuvas que atingiram o litoral paulista durante o final de semana.

De acordo com a última estimativa, há 766 desabrigados (tiveram de sair de casa e não têm para onde ir) e 1730 desalojados (tiveram de sair de casa, mas podem ficar com familiares ou amigos).

O número abrange os seis municípios mais afetados pelo temporal: Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba.

Trinta e seis pessoas morreram durante o fim de semana: 35 em São Sebastião e uma em Ubatuba.

Além disso, há 40 desaparecidos só em São Sebastião. 

São Sebastião recebeu 626 milímetros de chuva em 24 horas, de acordo com a MetSul Meteorologia.

Eram previstos cerca de 300 milímetros no município ao longo de todo o mês.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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