Política

CRÍTICAS A TEREZA E NELSINHO

Soraya vai à Polícia Federal com parecer pericial que indica fraude em áudio vazado

Senadora diz que interesse político contrário ao partido que vai presidir motivaram episódio

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A senadora Soraya Thronicke, que deve presidir o União Brasil (UB), sigla nova surgida da fusão do PSL e do DEM, protocolou nesta quarta-feira (26), na sede da Polícia Federal, em Campo Grande, uma notícia-crime pedindo investigação acerca de um áudio vazado em que ela teria questionado uma pessoa não identificada se aliados do presidente Bolsonaro, como a ministra Tereza Cristina e o senador Nelsinho Trad, do PSD, estariam atuando pela reeleição do mandatário.

Ela levou consigo um parecer assinado por um perito forense, produzido com 22 páginas, que, segundo ela, teria apontado fraude na gravação. 

A parlamentar disse ainda que "desconfia" que o episódio tenha sido montado por rivais políticos, interessados no fracasso do UB na disputa pelo governo de Mato Grosso do Sul, nas eleições de outubro que vem.

No áudio disparado no Whats App uma semana atrás, a figura que servia de apoio para o áudio era uma foto de Soraya Thronicke e Tereza Cristina, em uma frase que martirizava a ministra: “senadora solicita ataque contra a ministra Tereza Cristina”, dizia uma das legendas.

De acordo com o relatório, "diante de todo o exposto concluiu este signatário [perito] que através dos exames técnicos realizados confirma-se que o arquivo multimídia NÃO É FIDEDIGNO, pois há 15 pontos de edições constatados, registrando supressões de falas, respirações, sílabas, além de outras anomalias", diz trecho do documento entregue à polícia, assinado pelo perito forense Duílio Gagliardi Rolandi, da empresa paulista Gagliardi Soluções Periciais.

A investigação da PF será mantida em sigilo, um pedido da parlamentar.

Em nota distribuída pela senadora, diz que o arquivo de áudio a que foi dado publicidade por diversos meios de comunicação e difundido por diversas pessoas em grupos de WhatsApp e conversas privadas, foi construído, inexoravelmente, a partir de várias outras falas, logo, manipulado, demonstrando que a famigerada conversa jamais existiu".

A senadora acredita que o ou as pessoas que teriam produzido o áudio tenham gastado "muito dinheiro" para difamá-lo, no caso, inventando diálogos dela com críticas contra a ministra, o senador Nelsinho Trad e ainda a senadora Simone Tebet, do MDB, também citada no áudio.

 

Ouça o áudio que foi vazado! Reprodução

Invasão

Soraya Thronicke disse ainda que uma das linhas de investigação da PF tem a ver com a invasão de seu escritório político, em Campo Grande, na região conhecida como Via Park. 

O episódio ocorreu no dia 15 agosto do ano passado. Desconhecidos entraram no escritório, reviraram materiais ali instalados, mas nada levaram, embora no local eram guardados equipamentos caros, como os de produção fotográfica. 

Cinco meses se foram, mas até agora a PF não identificou suspeitos.

Além da notícia-crime, a senadora disse que semana que vem deve se encontrar, em Brasília, com o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Soraya quer o seu caso seja incluído no inquérito instaurado pela PGR, conhecido como inquérito das fake news, que investiga ataques às instituições democráticas e a disseminação organizada de informações falsas.

Política

Soraya disse também que por "estes dias" almoçou com a ministra Tereza Cristina e a convidou para que ela filie-se ao UB e seja a candidata ao Senado. 

A parlamentar reforçou ainda que a deputada federal Rose Modesto, do PSDB, que estaria saindo da sigla até abril, "será a candidata do partido ao governo de MS".

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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