Política

INFIDELIDADE PARTIDÁRIA

Suplente recorre ao TRE-MS para ficar com mandato do vereador Professor João Rocha

Laís Paulino quer a vaga do vereador porque ele trocou o PSDB pelo PP fora da janela partidária

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A exemplo do imbróglio do caso do vereador Claudinho Serra (PSDB), que pegou 120 dias de licença na Câmara Municipal de Campo Grande após ser preso por suspeita de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia e o 8º suplente dele teve de recorrer à Justiça para assumir a vaga, agora o mesmo pode acontecer com o vereador Professor João Rocha (PP).
 
A suplente de vereadora Laís Ferreira Paulino Borges (PSDB), a “Laís Paulino”, recorreu nesta quarta-feira (12) ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) para ficar com a vaga de João Rocha porque o parlamentar trocou o PSDB pelo PP fora da janela partidária, assim como aconteceu com o 3º suplente de Claudinho Serra, o Dr. Lívio Leite, que trocou o “ninho tucano” pelo União Brasil.
 
A defesa de Laís Paulino ingressou com uma ação declaratória de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária reivindicando o mandato do vereador João Rocha, que se filiou ao PP em abril de 2022, ou seja, fora da "janela partidária".
 
Como a vaga, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pertence ao PSDB, Laís Paulino entende que o vereador João Rocha tem de ser exonerado para que ela seja empossada na vaga.
 
O Correio do Estado procurou o vereador João Rocha para que ele comentasse sobre a ação declaratória de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária, mas, até a publicação desta matéria, não teve retorno, entretanto, o espaço continua aberto.

Entenda

No dia 7 de abril de 2022, durante a sessão da Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Professor João Rocha anunciou a saída do PSDB para entrar no PP.
 
Na ocasião, João Rocha agradeceu os colegas do ninho tucano por terem aberto portas e contribuído em sua caminhada para uma política de entendimento.
 
“Trago nesta sessão, o sentimento de gratidão. Venho manifestar esse sentimento ao PSDB, partido que eu estive junto por 23 anos, onde sempre fui muito bem acolhido, tive espaço para ajudar e contribuir de diversas formas na Capital. Agradeço todas as portas que foram abertas e todo acolhimento que tive com os colegas tucanos”, disse o vereador.
 
Ele contou que o convite para integrar o progressista veio da então deputada federal Tereza Cristina, que tinha acabado de assumir a reestruturação do PP em Mato Grosso do Sul.
 
O vereador afirmou que iria trabalhar com o mesmo compromisso e empenho no PP, como foi no PSDB, jamais se esquecendo dos grandes líderes que o ajudaram e que são exemplos, como Marisa Serrano e Ruben Figueiró.
 
Em relação a transição de partido, o vereador enfatizou sobre a política de soma, de aglutinar e não sobre uma política de rompimento.
 
“A política é uma arte do entendimento, onde nós discutimos ideias, discutimos propostas e não podemos rivalizar e nem quebrar. Fazer uma política grande, que a população espera daqueles que serão escolhidos para bem representar e trabalhar pela Capital, pelo Estado e pelo país”, disse.
 
No ano passado, logo que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), migrou para o PP, o vereador assumiu o cargo de secretário municipal de Governo e Relações Institucionais de Campo Grande.
 
Porém, no início deste ano, ele deixou o cargo e retornou para a Câmara Municipal porque vai tentar a reeleição no pleito do próximo dia 6 de outubro.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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