Política

Saída

Tabosa deixa PDT e diz que legenda vai se 'esvaziar" em MS daqui em diante

Comando regional do partido responde: 'vamos ver se ele tem peito para sair' da sigla

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Vereador em Campo Grande Marcos Tabosa, do PDT, disse que vai abandonar o partido "por falta de comando local", e ainda que a legenda, hoje em Mato Grosso do Sul com 49 vereadores, sete vice-prefeitos, três prefeitos e um deputado estadual deve se "esvaziar" daqui em diante porque os pedetistas estariam "aborrecidos" com o desempenho da sigla no primeiro turno.

Feedback do comando regional do PDT: "vamos ver se ele [Tabosa] tem peito para isso [deixar a legenda], o mandato é do partido, não dele", afirmou Carlos Eduardo, que integra a direção estadual dos pedetistas.

O PDT sofreu intervenção nacional em abril passado, assim que o deputado federal Dagoberto Nogueira deixou o partido e filiou-se ao PSDB. Assumiu o Partido Democrático Trabalhista em MS, Marcelo Panella, que é o tesoureiro nacional da sigla.

O vereador Marcos Tabosa disse que "deixou" o partido porque o comando nacional da sigla anunciou que quem vai chefiar a legenda em Campo Grande, é o deputado estadual eleito Lucas de Lima.
Para Tabosa, a definição pelo nome de Lima estaria ligada a um projeto do partido em lançar o deputado como candidato a prefeito de Campo Grande.


"Não tenho nada contra o Lucas de Lima, mas a eleição [prefeito da Capital] vai acontecer só daqui a dois anos", afirmou o vereador, num tom crítico a estratégia do PDT, já que ainda restam dois anos para o pleito.
O vereador criticou também o fato de o PDT nacional ter imposto a intervenção "sem consultar ninguém e que isso provocou um desmonte na sigla".

"Isso é politicagem, não é meu perfil. Sou um sindicalista [ex-presidente da entidade integrada pelos servidores municipais]. Apoio o diálogo democrático. Brigo pelo trabalhador, pelo social, pelas minorias. Por isso vou me afastar", afirmou.

O vereador sustentou que antes de sair do PDT vai consultar o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para compreender como deve agir para cumprir as "vias legais" acerca da saída da legenda. "Muitos, muito vereadores também vão sair do partido", garantiu Tabosa, há oito anos na sigla.


OUTRO LADO

Carlos Eduardo, membro da diretoria regional do PDT em MS, afirmou que "não é uma surpresa a saída Tabosa".

"Convidamos ele para participar do diretório municipal, mas não quis. Ele [Tabosa] quer o partido para ele, pensa na carreira, não no partido. No primeiro turno [disputa pelo governo de MS] o PDT apoiou o Eduardo Riedel [candidato do PSDB], ele o Puccinelli [candidato do MDB], agora, no segundo turno, o PDT apóia o Riedel, ele o Contar [candidato do PRTB]", disse Carlos Eduardo, como exemplos de que o vereador estaria tomando atitudes dissonantes ao partido.

Outra questão dita pelo integrante do comando estadual do PDT tem a ver com o saída de Tabosa do partido. "Para deixar o PDT, ele terá de largar o mandato. Vamos ver se ele é tão corajoso, tem peito para isso", desafiou o diretor.

Eduardo disse ainda que o PDT deve "crescer daqui em diante" e que "muitos" pretensos candidatos às eleições municipais já procuram o partido em busca de filiações.

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Declaração

Embaixador do Brasil na ONU pede fim da ação dos EUA contra Venezuela

Donald Trump ameaça invadir o país comandado por Nicolás Maduro

24/12/2025 19h00

Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU

Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU Foto: Divulgação

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O embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Sergio Danese, criticou nesta terça-feira (24), durante reunião do Conselho de Segurança, a ação militar dos Estados Unidos contra a Venezuela.

Para o representante brasileiro, as ações norte-americana são “violações da Carta das Nações Unidas e, portanto, devem cessar imediata e incondicionalmente em favor da utilização dos instrumentos políticos e jurídicos amplamente disponíveis”.

Danese disse que o Brasil “convida ambos os países a um diálogo genuíno, conduzido de boa-fé e sem coerção”. O embaixador acrescentou ainda que o presidente Lula já declarou que tem intenção de intermediar um acordo entre EUA e Venezuela e que apoia qualquer esforço do secretário-geral da ONU nesta direção.

O embaixador acrescentou também que a América do Sul é e quer continuar sendo uma região de paz, “respeitando o direito internacional e com boas relações entre vizinhos”.

Para o embaixador brasileiro, evitar uma guerra no continente não é um interesse apenas dos países da América Latina, toda a comunidade internacional tem de se preocupar “já que em última instância, um conflito na região poderia ter repercussões em escala global”.

Os Estados Unidos, através de ordens do presidente Donald Trump, promovem um cerco militar à Venezuela. Os norte-americanos têm a intenção de tirar Nicolás Maduro do poder, a quem acusam de chefiar um cartel narco-terrorista. Trump vem há semanas ameaçando invadir o território venezuelano.

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Política

Tarcísio mantém cassação da aposentadoria de fiscal da Fazenda acusado de corrupção

Governador se escorou em parecer do secretário da Pasta, Samuel Kinoshita, para negar provimento ao recurso da defesa

24/12/2025 17h30

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo Foto: Arquivo

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O governador Tarcísio de Freitas manteve o decreto de cassação da aposentadoria do auditor fiscal da Fazenda do Estado de São Paulo Agostinho Ientile Júnior, sob suspeita de integrar esquema de propinas e de lavagem de dinheiro de empresas aliadas a um escritório de advocacia, cujos titulares, pai e filho, fizeram delação premiada.

Em seu despacho, publicado no dia 22, Tarcísio se escorou em parecer do secretário da Pasta, Samuel Kinoshita, para negar provimento ao recurso da defesa, 'ficando mantida a decisão impugnada por seus próprios e jurídicos fundamentos'.

O advogado José Márcio Rielli, que representa o fiscal, disse que a decisão que mantém seu cliente fora dos quadros da Receita estadual e sem direito à remuneração de R$ 42 mil mensais 'é mais uma injustiça por falta de olhares analíticos da Corregedoria da Fiscalização Tributária e da Administração'.

"Manisfestaram-se sem conformidade técnica das provas juntadas aos autos", protesta Rielli. "As provas restringem-se a meras narrativas sem fundamentação. Sinto profundamente que os corregedores tenham distorcido interpretações e nenhuma análise mais articulada das provas."

Agostinho Ientile Júnior foi alvo da Operação Triuno, deflagrada pela Polícia Federal em 2020. Em meio às investigações, ele se aposentou. Em fevereiro, porém, sua aposentadoria foi cassada por Kinoshita.

A Corregedoria da Fiscalização Tributária atribui a Agostinho crimes contra a administração pública, enriquecimento ilícito e recebimento de propinas. A cassação da aposentadoria resultou na imediata suspensão dos salários que o fiscal vinha recebendo dos cofres públicos - R$ 42,3 mil, segundo dados do Portal da Transparência.

Delação

A Operação Triuno teve como ponto de partida informações de dois advogados, pai e filho, em delação premiada homologada pela Justiça.

Os advogados revelaram como usaram seu próprio escritório e outras empresas controladas pela família para servir a companhias envolvidas em lavagem de dinheiro e operacionalização de propinas a servidores públicos.

A investigação revelou que uma empresa de tecnologia fez parte do grupo interessado nos 'serviços' do escritório. Segundo a PF, o escritório foi usado para pagar propinas a Agostinho por meio de contratos falsos de prestação de serviços advocatícios.

A PF afirma que o próprio fiscal procurou os advogados em uma ocasião e "solicitou a elaboração de um 'projeto' para a geração de recursos em espécie".

Antes da delação, os federais apreenderam celulares e computadores dos advogados. Os investigadores encontraram planilhas com o contato de Agostinho, o que, segundo a PF, corrobora a versão contada posteriormente pelos delatores.

O fiscal teria recebido propinas para fazer vista grossa à sonegação de ICMS pela empresa de tecnologia. A defesa afirma que Agostinho nunca participou de fiscalizações envolvendo a companhia.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO JOSÉ MÁRCIO RIELLI

"Mais uma injustiça cometida por falta de olhares analíticos da Corregedoria da Fiscalização Tributária e da Administração. Manisfestaram-se sem conformidade técnica das provas juntadas aos autos.

As provas restringem-se a meras narrativas sem fundamentação. Sinto profundamente que os corregedores tenham distorcido interpretações e nenhuma análise mais articulada das provas. Sinceramente, é uma total decepção, pois não houve nenhuma adequação à interpretação dos fatos.

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