Política

Eleições 2024

Tereza Cristina confirma convite a Adriane Lopes se filiar ao PP, mas reforça que foi ano passado

A senadora eleita e presidente estadual da sigla revela que o deputado estadual Lidio Lopes também seria bem-vindo

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A presidente estadual do PP, senadora eleita Tereza Cristina, confirmou, nesta sexta-feira (27/01), ao Correio do Estado que realmente convidou a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), para se filiar ao partido, já de olho nas eleições municipais de 2024.

No entanto, a parlamentar revelou que esse convite foi feito entre o primeiro e segundo turnos das eleições gerais do ano passado, quando a prefeita estava fechando o apoio à candidatura de Eduardo Riedel para governador.

“Tive uma reunião sim com a prefeita Adriane entre o primeiro e o segundo turno, quando discutimos vários assuntos, inclusive questões partidárias. Eu coloquei para ela que seria muito bem-vinda ao PP caso fosse mudar de partido”, ressaltou Tereza Cristina.

A senadora eleita revelou ao Correio do Estado que, depois dessa oportunidade, nunca mais falou sobre esse assunto com a prefeita Adriane Lopes e nem com o esposo dela, o deputado estadual Lidio Lopes, que é o presidente estadual do Patriota.

Porém, Tereza Cristina lembrou que, pelo fato de ser deputado estadual, Lidio Lopes tem janela partidária para trocar de legenda quando desejar. “Se depois ele tiver interesse de vir para o PP, nós teremos muito prazer em conversar esse assunto com ele”, afirmou.

Outras filiações

Ao longo desta semana, o PP filiou os prefeitos de Aparecida do Taboado e Inocência, José Natan e Antônio Ângelo dos Santos, sendo que as filiações foram assinadas pela senadora eleita e, agora, o partido tem 21 prefeitos à legenda, vindo forte para as eleições municipais de 2024.

O prefeito de Aparecida do Taboado, José Natan, é cirurgião dentista afastado há dois anos e estava no Podemos, enquanto o prefeito de Inocência, Antônio Ângelo, era filiado ao extinto Democratas, legenda pela qual foi eleito em 2020 e que após fusão com o PSL passou a se chamar União Brasil em outubro de 2021.

Agora o partido, além dos 21 prefeitos, segue com 10 vice-prefeitos e 78 vereadores. Os deputados estaduais Londres Machado e Gerson Claro e o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, também fazem parte da legenda.

Troca partidária

No fim do ano passado, o presidente estadual do Patriota, deputado estadual Lidio Lopes, declarou, em entrevista de rádio, que não via com bons olhos a fusão do seu partido com o PTB, que em Mato Grosso do Sul é comandado pelo ex-senador Delcídio do Amaral.

Ele lamentou o fato, mas admitiu que era a única saída para Patriota e PTB atingirem a cláusula de barreira e, dessa forma, garantir a sobrevivência política.

Lidio Lopes lembrou que pegou a legenda para ser construída em Mato Grosso do Sul e, hoje, graças a esse trabalho o Patriota está presente em 73 municípios do Estado.

“Além disso, tivemos chapa de vereadores em 55 municípios e, atualmente, somos o 4º maior partido do Estado em número de prefeitos, com cinco gestores municipais, incluindo a Prefeitura de Campo Grande, onde a Adriane Lopes assumiu o cargo. Temos também 35 vereadores eleitos pelo Patriota e, proporcionalmente, Mato Grosso do Sul é o Estado onde a sigla tem mais prefeitos eleitos no Brasil”, pontuou.

Lidio Lopes reforçou que, para cumprir as cláusulas de barreira, que estabelecem 2% dos votos válidos em todo o País e em nove Estados diferentes, o Patriota teria de formar uma bancada de no mínimo nove deputados federais.

“Infelizmente, o Patriota não conseguiu isso nesta eleição, elegendo só cinco deputados federais e isso dificultou ultrapassar a cláusula de barreira, obrigando a legenda a fazer uma fusão com um outro partido para que, juntos, possam atingir esse número mínimo para a existência da sigla”, explicou.

O parlamentar lembrou que há um período de avaliação das questões partidárias. “Quando surge uma possibilidade de fusão, os parlamentares que já estão no mandato podem definir se permanecem ou vão para outra sigla”, informou, deixando transparecer que ele e a esposa poderiam migrar para outra legenda.

“O grande problema de uma fusão é a ideologia partidária”, pontuou, lembrando que o Patriota é um partido que foi fundado com bases cristãs e familiares, pelos princípios de um partido de direita e com muito respeito pelo País.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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