Política

Eleições 2022

TSE amplia poder na reta final da eleição e reduz prazo para exclusão de fake news

A resolução também derrubou de no mínimo 24 horas para até 2 horas o prazo para as redes sociais retirarem notícias falsas após decisões do tribunal

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou nesta quinta-feira (20) uma resolução para endurecer a atuação contra as fake news nas redes sociais.

O teor da norma foi revelado pela Folha de S.Paulo um dia antes.
Por unanimidade, os ministros decidiram proibir a propaganda eleitoral paga na internet, como anúncios, monetização e impulsionamento de conteúdos, no período que começa 48 horas antes do dia da votação e se encerra 24 horas após o segundo turno.

Esse tipo de propaganda deve ser removido de forma imediata pelas redes, sob multa de R$ 100 mil a R$ 150 mil por hora de descumprimento das decisões. Ainda, uma nova regra também foi criada para dificultar que se espalhem conteúdos considerados fraudulentos ou ofensivos pelo plenário da corte.

A resolução foi proposta pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que amplia os próprios poderes com o texto. Ele poderá, entre outros pontos, determinar a suspensão do acesso aos serviços de uma plataforma que descumprir decisões da corte.

A resolução também derrubou de no mínimo 24 horas para até 2 horas o prazo para as redes sociais retirarem notícias falsas após decisões do tribunal. Esse prazo será ainda menor, de 1 hora, entre 48 horas antes da votação e 3 dias após o pleito.

A multa também será de R$ 100 mil a R$ 150 mil por hora caso as redes descumpram esses prazos.
Pela lei atual, as campanhas só têm que suspender a propaganda online impulsionada, como anúncios pagos no Google, Facebook e Instagram, às 23h59 do sábado anterior ao pleito.

No primeiro turno, houve inúmeros registros de anúncios impulsionados de candidatos que continuavam online da data do pleito.

"É vedada, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da eleição, a veiculação paga, inclusive por monetização, direta ou indireta, de propaganda eleitoral na Internet, em sítio eleitoral, em blog, em sítio interativo ou social, ou em outros meios eletrônicos de comunicação da candidata ou do candidato, ou no sítio do partido, federação ou coligação", afirma a resolução.

Para a remoção de conteúdos falsos que já se espalharam rapidamente, a assessoria de enfrentamento à desinformação irá indicar links com conteúdos idênticos àqueles que já foram derrubados pelo tribunal para que também sejam apagados pelas redes. Na sequência, a Presidência do TSE irá determinar a remoção desses conteúdos em despacho endereçado às plataformas.

Antes, os advogados dos candidatos precisavam abrir novas ações para derrubar o link, mesmo que apresentasse conteúdo idêntico ao que já havia sido apontado como falso pela corte.
O texto aprovado ainda autoriza o tribunal a mandar suspender contas nas redes sociais de quem produz de forma "sistemática" desinformação.

"A produção sistemática de desinformação, caracterizada pela publicação contumaz de informações falsas ou descontextualizadas sobre o processo eleitoral, autoriza a determinação de suspensão temporária de perfis, contas ou canais mantidos em mídias sociais", afirma a resolução.

O TSE deu poderes ao presidente do tribunal de "determinar a suspensão do acesso aos serviços da plataforma" que descumprir reiteradamente as regras previstas na nova resolução. A resolução não detalha o que caracteriza o " descumprimento reiterado".

O acesso à plataforma pode ser suspenso "em número de horas proporcional à gravidade da infração, observado o limite máximo de vinte e quatro horas". A cada descumprimento de decisão subsequente a suspensão terá a duração duplicada.

Na quarta-feira (19), Alexandre de Moraes reuniu-se com as principais plataformas de redes sociais. No encontro, afirmou que a atuação das empresas foi razoavelmente boa no primeiro turno, mas que neste segundo turno a situação da desinformação está um desastre.

O ministro afirmou ainda que as plataformas demoram para remover conteúdo e pressionou para que plataformas como YouTube, TikTok e Kwai não levem mais que quatro a cinco horas para remover vídeos após denúncias do tribunal.

Segundo relatos de participantes, o YouTube teria se mostrado mais resistente a uma maior rapidez na remoção. Já o WhatsApp teria afirmado que a incidência de disparos em massa diminuiu nesta eleição e apoiou o pedido pela retirada mais rápida de vídeos nas plataformas de origem para inibir viralização.

Já nesta quinta-feira, Moraes elogiou o trabalho das redes sociais contra as fake news no primeiro turno. "Diria que foi muito satisfatório o resultado no primeiro turno", disse Moraes durante reunião do TSE.
Ele ainda afirmou que aumentou a difusão de notícias falsas no segundo turno, e que os conteúdos são mais agressivos. "Não leva a nada, leva à corrosão da democracia", disse Moraes.

CADEIRA COBIÇADA

Quatro deputados estaduais "brigam" por Primeira-Secretaria da Assembleia

Para a presidência da Casa de Leis, o nome de Gerson Claro (PP) é consenso para ficar por mais dois anos no comando

18/09/2024 08h00

A nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa está na pauta dos parlamentares

A nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa está na pauta dos parlamentares Foto: Luciana Nassar/alems

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Mesmo com as eleições municipais tomando a maior parte das agendas dos deputados estaduais, as articulações para a escolha dos novos componentes do segundo mandato da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) continuam movimentando os bastidores da Casa de Leis.

Se no fim do mês de maio o Correio do Estado divulgou com exclusividade que o assunto já estava a todo vapor nos gabinetes e nos corredores da sede do Poder Legislativo, agora, faltando apenas cinco meses para o fim do primeiro mandato de dois anos, a questão entrou em ebulição, e há quatro nomes interessados na Primeira-Secretaria da Alems.

Segundo informações obtidas pela reportagem, o atual presidente, deputado estadual Gerson Claro (PP), será reconduzido ao cargo, porém, mais uma vez, não há consenso sobre o segundo cargo mais importante da Casa de Leis, que hoje é ocupada pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), que está tentando continuar na cadeira.

FOGO AMIGO

O Correio do Estado apurou que, para infelicidade do parlamentar tucano, pelo menos até o momento, o seu nome não é consenso, e ele enfrenta concorrência dentro do próprio ninho, pois tanto o deputado estadual Zé Teixeira quanto o deputado estadual Jamilson Name estão em plena campanha pela Primeira-Secretaria.

Até maio, a deputada estadual Mara Caseiro, também tucana, estaria propensa a ingressar nessa “briga”, mas decidiu pensar melhor e teria informado aos colegas que não tem mais esse interesse.

Porém, em seu lugar surgiu um novo nome, e com grandes chances de embolar a disputa: o deputado estadual Coronel David (PL).

A indicação do nome do parlamentar nem partiu do próprio, mas de um grupo de colegas do Legislativo que enxergam no oficial da Polícia Militar a melhor opção e já teriam conseguido convencê-lo da empreitada. 
Portanto, a “guerra” pelo cargo terá pesos pesados no fronte, dificultando a construção de uma chapa de consenso.

FIM DE CICLO

Se Coronel David representa o novo dentro da Casa de Leis, o mesmo não pode ser dito do atual primeiro-secretário, Paulo Corrêa, nem de um dos postulantes, o deputado estadual Zé Teixeira.

Entretanto, Zé Teixeira, apesar da idade, não enfrenta a rejeição de Paulo Corrêa junto aos demais parlamentares. Para a maioria dos deputados estaduais, o ciclo do atual primeiro-secretário já teria acabado e chegou a hora de renovação, abrindo espaço para um novo nome dentro da atual legislatura.

Para ser o escolhido em fevereiro de 2023, fontes ouvidas pelo Correio do Estado garantem que Paulo Corrêa teve de recorrer ao ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, para que os colegas Jamilson Name e Mara Caseiro abrissem mão da disputa pela Primeira-Secretaria da Casa de Leis.

SEM CARTA NA MANGA

Na época, a reportagem foi informada que Azambuja teria dito para Corrêa que aquele teria sido o derradeiro pedido dele, portanto, nas próximas eleições da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, marcadas para fevereiro de 2025, o parlamentar não terá a quem recorrer e será obrigado a enfrentar uma disputa no voto.

A reportagem ainda recebeu informações de que também poderá haver trocas nos demais cargos da Mesa Diretora, que hoje tem, além de Gerson Claro e Paulo Corrêa, os deputados Renato Câmara (MDB), como 1º vice-presidente, Zé Teixeira (PSDB), como 2º vice-presidente, Mara Caseiro (PSDB), como 3ª vice-presidente, Pedro Kemp (PT), como 2º secretário, e Lucas de Lima (PDT), como 3º secretário.

ENTENDA

Conforme o artigo 25 do regimento interno da Assembleia Legislativa, os deputados que compõem a Mesa Diretora são escolhidos pelo corpo parlamentar por meio de votação nominal e aberta. Os eleitos cumprem mandato de dois anos, permitida a reeleição.

O ano de 2025 não é de encerramento da Legislatura, mas é de encerramento de mandato da atual Mesa Diretora e, por isso, será necessária a realização de uma nova eleição. 

Saiba

O primeiro-secretário é responsável pelos serviços administrativos e por supervisionar procedimentos ligados à gestão interna da Casa de Leis, tais como a fiscalização das despesas, a inspeção dos trabalhos, a verificação de comparecimento dos parlamentares, a leitura de ofícios das autoridades e, também, o recebimento das correspondências destinadas à Assembleia Legislativa.

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Política

CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas

Repasse será arrecadado com multas e penas pecuniárias

17/09/2024 20h00

CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas

CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas Rafa Neddermeyer

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou nesta terça-feira (17) o repasse de recursos arrecadados pelo Poder Judiciário com multas e penas pecuniárias para o combate às queimadas em todo o país.CNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadasCNJ autoriza recurso do Judiciário para combate às queimadas

Durante a sessão de hoje, o CNJ também decidiu que juízes de todo o país deverão dar prioridade ao julgamento de processos sobre a punição de infrações ambientais e de medidas cautelares para busca a apreensão e prisões preventivas envolvendo o tema.

O repasse dos valores deverá ser feito nos moldes do modelo adotado pelo Judiciário para socorrer a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, órgão que ficou responsável pela assistência aos atingidos pelas fortes chuvas que inundaram parte do estado em maio deste ano. Cerca de R$ 198 milhões foram repassados.

Ontem (16), o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, cobrou seriedade do Poder Judiciário no combate às queimadas criminosas no país.

Durante discurso proferido na abertura da reunião do Observatório do Meio Ambiente e de Mudanças Climáticas do conselho, Barroso disse que recebeu um telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que demonstrou preocupação com a impunidade de quem pratica queimadas dolosas.

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