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TSE cobra devolução de verba paga a Roberto Jefferson pelo PTB

Ao decidirem pela rejeição das contas do partido, os ministros consideraram que os pagamentos por meio do recibo de autônomo são incompatíveis com "o princípio da economicidade"

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cobra do PTB a devolução de verba paga ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, que presidiu o partido até ser afastado por ordem da Justiça no ano passado.

Decisão da corte em 2021 aponta que a sigla, sem apresentar documentação suficiente, pagou R$ 1,4 milhão em 2016 a dirigentes partidários por meio de recibos de pagamento autônomo, sem contrato ou ato administrativo relativo, sendo que R$ 192 mil foram pagos a Jefferson.

Em valores corrigidos pela inflação, o montante chega a R$ 256 mil.

Naquele ano, Jefferson retornou à presidência do partido após um período afastado em decorrência do cumprimento de pena no processo do mensalão.

O ex-parlamentar voltou a ser preso no domingo (23), ocasião em que atirou contra policiais federais que tinham ido cumprir mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Ao decidirem pela rejeição das contas do partido, os ministros consideraram que os pagamentos por meio do recibo de autônomo são incompatíveis com "o princípio da economicidade" que deve reger esse tipo de relação e que não houve detalhamento das atividades feitas pelos dirigentes. O partido ainda recorre na própria corte.

Em outro caso do tipo, ainda sem decisão do TSE, a Procuradoria-Geral Eleitoral aponta que Jefferson recebeu mensalmente em 2017 R$ 33,8 mil (R$ 40 mil corrigidos), valor superior até ao teto do funcionalismo público, sem que tenha sido mostrada pelo partido a "deliberação interna ou norma partidária a respeito". Repasses a outros dirigentes da sigla também são questionados.

Para a assessoria técnica da Justiça Eleitoral, mesmo não sendo um servidor público, o chefe partidário deve ser enquadrado nos limites impostos no teto de remuneração, sob o risco de haver malversação do dinheiro público repassado.

Em 2021, essas informações foram elencadas por correligionários de Jefferson que pediram a Alexandre de Moraes o afastamento do ex-deputado do comando da sigla.

O ministro concordou com o pedido na ocasião e citou a suspeita de uso por Jefferson da estrutura do PTB para a difusão de ataques a instituições, como o Judiciário.

No ano passado, o ex-deputado recebeu, segundo os dados informados à Justiça Eleitoral, R$ 23,2 mil mensais por "serviços técnicos e profissionais".

Na prestação de contas partidárias de 2018, novamente a assessoria técnica do TSE questionou a remuneração de dirigentes partidários e pediu esclarecimentos sobre a base salarial adotada nos pagamentos.

O julgamento das contas no TSE costuma ocorrer somente anos depois dos gastos.

Neste ano, nas informações divulgadas até o momento, não constam pagamentos do PTB ao ex-deputado. Hoje ele tem o título simbólico apenas de "presidente de honra" do partido.

Um de seus irmãos, Ricardo Francisco, preside a legenda no Amazonas e é remunerado pela sigla. Ele já foi secretário no estado no governo de Wilson Lima (hoje União Brasil). Outro irmão, Ronaldo Francisco, também ocupou cargo no governo amazonense.

A filha de Jefferson, Cristiane Brasil, concorreu pela legenda a deputada federal em São Paulo nesta eleição e recebeu R$ 2,9 milhões de financiamento público, mas acabou obtendo apenas 6.730 votos. Também ex-parlamentar, ela presidiu a legenda na época do cumprimento da pena do mensalão pelo pai.

O PTB recebeu no ano passado R$ 21,6 milhões do fundo partidário, verba pública repassada para a manutenção das legendas. Os partidos ficam sujeitos a fiscalização da Justiça Eleitoral e podem ter recursos bloqueados caso fiquem atestadas irregularidades na aplicação desses valores.

No pleito deste ano, a legenda não atingiu a cláusula de barreira e ficará de fora do rateio das verbas a partir do próximo ano.

Na eleição presidencial, o PTB lançou inicialmente Jefferson, que foi barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Assumiu a cabeça de chapa o candidato Padre Kelmon, que fez dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em debates na TV. Kelmon recebeu, desde o ano passado, um total de R$ 52 mil também por "serviços técnicos e profissionais".

OUTRO LADO

A reportagem enviou nesta terça-feira (25) perguntas ao PTB sobre os questionamentos acerca das prestações de contas na Justiça Eleitoral, mas até a publicação deste texto não houve resposta.

No processo sobre os gastos de 2016, os advogados do PTB afirmaram que os dirigentes partidários que receberam os pagamentos questionados são "ocupantes de cargos de natureza eletiva e política 'interna corporis', com competências devidamente elencadas no estatuto do partido".

Disseram também que, pelo papel desempenhado por eles, não há que se falar em elaboração de relatório de atividades e ato administrativo que autorizasse os pagamentos.

Especificamente sobre Roberto Jefferson, a defesa petebista disse que ele exerceu na época a presidência do partido, "com dedicação exclusiva" e que tinha funções que incluíam representar a agremiação, convocar convenções ou órgãos partidários e autorizar a realização de despesas ordinárias.

No processo sobre as contas de 2017, o partido citou argumentos parecidos à Justiça Eleitoral e mencionou resolução da corte eleitoral que, no entender deles, não estabelece exigências de atos administrativos para autorizar pagamentos.

"A indagação a respeito da contratação reflete total ingerência na autonomia partidária", diz trecho do documento produzido pelo PTB.

Sobre o pagamento acima do teto constitucional, a defesa disse que presidentes de partidos não são abrangidos por essa norma.

Afirmou também que os dirigentes ocupam "funções complexas que lhes exigem dedicação de tempo integral, conhecimentos e esforços, portanto, com direito a contrapartida".

 

Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

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A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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ORDEM DOS ADVOGADOS

Bitto Pereira é reeleito presidente da OAB-MS com mais de 59% dos votos

O atual presidente da Ordem conquistou 5.005 votos, enquanto o concorrente, advogado Lucas Rosa, obteve 3.380 votos

23/11/2024 08h00

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 5.005 votos, o advogado Luiz Cláudio Alves Pereira, o Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027.

Ele derrotou o advogado Lucas Costa da Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”), que obteve 3.380 votos. Ou seja, o atual presidente conseguiu mais de 59% dos 8.500 votos – foram 177 votos em branco e 220 nulos.

“Esse é o momento de externar a nossa gratidão a essa demonstração de confiança. Foi uma festa democrática e, felizmente, a maioria escolheu por um trabalho que nós realizamos não só na Capital, mas em todas as subseções da OAB-MS. Uma vitória histórica que nos deixa com muita alegria e com muito mais vontade de trabalhar”, declarou Bitto Pereira.

Ele ainda aproveitou para agradecer à advocacia.

“Em nome da chapa 22, a nossa gratidão por essa demonstração de força, pois tivemos uma vitória maiúscula, muito obrigado. Acho que o trabalho que nós fizemos visitando as subseções com a OAB Itinerante e com a Caravana das Prerrogativas mostrou que o presidente da OAB tem que ir onde a advocacia está”, ressaltou. 

O presidente reeleito completou que, ao obter 5.005, conseguiu uma vitória inédita e de uma maneira jamais feita na história da OAB-MS.

“O nosso resultado nas urnas é uma vitória maiúscula. Eu agradeço a Deus por ter trazido a gente até aqui com saúde. E um dia cheio de alegria, meu coração está transbordando de alegria”, assegurou.

Para finalizar, Bitto Pereira disse que uma marca do seu próximo mandato será o empreendedorismo na advocacia.

“Essa será a marca da próxima gestão da OAB-MS. Muito obrigado a todos vocês por participarem dessa festa democrática. Eu também gostaria de agradecer a toda a imprensa pelo papel importante que tem, levando as informações, também divulgando quais são as propostas dos candidatos”, destacou.

Ele ainda completou que a sua vitória resgatou aquele processo de escolha com base em propostas, com base em um debate que foi, tanto para a entidade quanto para a sociedade, aquilo que se espera de uma instituição do tamanho e da grandeza da OAB-MS.

“Eu penso que foi uma campanha tranquila, mas trouxemos muito da política comum para dentro da Ordem. Isso está se mostrando aqui no resultado, que não foi algo que a advocacia aceitou. Então, penso que a OAB tem que voltar a ser a instituição que sempre foi”, projetou.

O presidente reeleito também acrescentou que a OAB-MS tem problemas internos e externos que precisam ser resolvidos para que a advocacia possa dar voz à sociedade.

“É isso que nós temos que fazer, mas trazer a política comum para dentro da nossa instituição só causa uma fissura, que é muitas vezes é incompreendida pela nossa categoria e também pela sociedade”, analisou.

Já o ex-presidente da OAB-MS Mansour Elias Karmouche lembrou que a votação em Bitto Pereira foi a maior da história da Ordem.

“Ele teve a maior diferença. Inclusive, eu já estou achando ruim, porque bateu o meu recorde, que foi de 4.026 [votos] e quase 1.600 de frente, e o Bitto teve 5.005 votos e 1.612 de frente. Então, ele teve uma votação histórica para a OAB-MS. Eu falei: ‘Presidente, você ganhou com a maior votação da história e você ganhou com a maior diferença da história’, que acabou também de passar o meu recorde”, declarou.

FILA

Na Capital, uma fila gigantesca de advogados se formou logo nas primeiras horas de votação na sede da OAB-MS, onde pelo menos 150 pessoas aguardavam a vez para votar. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir concluir a votação.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

“Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar, porque foi uma campanha muito bonita. E hoje, se Deus quiser, o resultado virá”, pontuou a profissional.

Já a advogada especialista na área criminal Allyne Romanos ressaltou a importância desse dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense. 

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali coordenado com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então, é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém em uma gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou.

*Colaborou Naiara Camargo

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