Política

Eleições 2024

Urnas eletrônicas passarão por testes de auditoria neste sábado

A cerimônia de análise das urnas eletrônicas será realizada no plenário do TRE, às 8h, e poderá ser acompanhada de perto por qualquer pessoa.

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Acontece neste sábado (5), no plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS), o sorteio das urnas eletrônicas que passarão por testes de auditoria durante os dias de votação.

A cerimônia de análise começa às 8h e poderá ser acompanhada de perto por qualquer pessoa.

Conforme a Resolução TSE nº 23.673/2021, em todos os anos eleitorais são realizados testes de integridade e também testes de autenticidade dos sistemas eleitorais, que, em 2024, serão realizados no Colégio Marista Alexander Fleming, em Campo Grande.

As seções que participarão do sorteio, realizado de forma aleatória, pertencem às zonas eleitorais do Estado, definidas com o consentimento dos representantes das entidades fiscalizadoras.

Sobre a questão do transporte das urnas eletrônicas em tempo hábil e com tranquilidade, a Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica do TRE-MS (CAVE/TRE-MS) manteve a mesma logística utilizada nas eleições de 2022, quando foi estabelecida a abrangência de participação para os municípios distantes até 250 km de Campo Grande.

Para os sorteios das urnas eletrônicas, serão convidados os representantes de cada partido, federações e coligações, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), do Ministério Público e demais entidades fiscalizadoras para acompanhar todo o processo.
 

Horário 

  • Sábado (5/10), véspera do 1º turno
  • Horário: a partir das 8h
  • Local: TRE-MS – Rua Des. Leão Neto do Carmo, 23, Parque dos Poderes
  • Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas (1º turno)

Data: domingo (6/10)

  • Horário: 7 às 16h
  • Local: Fórum Eleitoral de Campo Grande – Rua Delegado José Alfredo Hardman Vianna, 180, Jardim Veraneio
  • Teste de Integridade com Biometria (1º turno)
  • Data: domingo (6/10)
  • Horário: 7 às 16h
  • Local: Colégio Marista Alexander Fleming – Rua Pernambuco, 2834, Jardim Autonomista

Consulta ao local de votação

A consulta ao local de votação pode ser feita através do Autoatendimento Eleitoral, no site do Tribunal Superior Eleitoral. Confira o passo a passo:

No site, selecione o item "8. Onde Votar" da lista de serviços;
Forneça as informações de identificação: nome ou número do título, data de nascimento e nome da mãe;
Clique em "Entrar"
Pronto, seus dados eleitorais já estão disponíveis.

Horário de votação

  • Em Campo Grande, o horário da votação será das 7 às 16h.

 

*Colaborou: Alicia Miyashiro

 

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Política

Vitória de Kamala Harris é mais segura para a democracia, diz Lula

Presidente concedeu entrevista a canal de TV da França

02/11/2024 21h00

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Foto: Reprodução

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A poucos dias das eleições nos Estados Unidos (EUA), polarizadas entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (1º) que a vitória da atual vice-presidente do país norte-americano é mais segura para o fortalecimento da democracia.

"A democracia, para mim, é o espelho fiel de um sistema político que permite os contrários, permite os antagônicos, a disputa civilizada entre a humanidade na discussão de ideias. Então, eu acho que a Kamala Harris ganhando as eleições é muito mais seguro de a gente fortalecer a democracia nos EUA. É muito mais seguro. Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. E esse modelo ruiu", disse Lula em entrevista ao canal de TV francês TF1.

As eleições presidenciais nos EUA ocorrem no próxima terça-feira (5), mas mais de 60 milhões de eleitores já votaram presencialmente ou pelos correios, segundo dados da Universidade da Flórida. Ainda segundo Lula, o ódio e a mentira passaram a tomar conta de sistema político não apenas nos Estados Unidos, mas na Europa e na América Latina. "É o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara", acrescentou.

Taxação dos super-ricos


Durante a entrevista, de cerca de 20 minutos, Lula foi perguntado sobre a presidência brasileira do G20, cuja cúpula será realizada este mês, no Rio de Janeiro, e citou a prioridade da construção de uma articulação mundial de combate à fome.

"Estamos fazendo um G20 em que gente está discutindo, como coisa principal, uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Não existe mais explicação para que você tenha 733 milhões de pessoas passando fome quando o mundo é autossuficiente na produção de alimentos", afirmou.

Para enfrentar o problema, o G20 deve propor a criação de imposto sobre detentores de grandes fortunas.

"Nós temos 3 mil pessoas no mundo que detêm uma fortuna de US$ 15 trilhões. Não é possível que a gente não tenha competência de fazer com que essas pessoas paguem um tributo para arrecadar dinheiro para acabar com a fome e as mazelas que persistem na humanidade", disse o presidente. Estipulado em uma alíquota de 2%, o tributo poderia gerar uma arrecadação, segundo Lula, de US$ 250 bilhões a US$ 300 bilhões, algo como R$ 1,5 trilhão.

O presidente comparou essa arrecadação aos mais de US$ 2,4 trilhões gastos em guerras e conflitos armados nos últimos anos.

Reforma da ONU


Lula também defendeu mudanças profundas no arranjo das instituições multilaterais, especialmente a Organização das Nações Unidas (ONU).

"A ONU precisa mudar, ser reformada. É preciso mudar o Conselho de Segurança, acabar com o direito de veto. É preciso colocar mais países africanos, mais países da América Latina, é preciso colocar mais países asiáticos", disse o presidente, citando a necessidade de países como Alemanha, Índia, Nigéria, África do Sul, Etiópia, México, entre outros, serem mais bem representados na ONU.

Guerra na Ucrânia


Lula ainda comentou sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia e sugeriu que os países busquem uma saída negociada, inclusive com eventual realização de referendos para tratar da ocupação de territórios ucranianos pelas forças russas.

"A Rússia diz que os territórios que eles estão ocupando são russos. A Ucrânia diz que é deles. Mas por quê, em vez de guerra, não faz um referendo para saber com quem o povo quer ficar? Seria muito mais simples, muito mais democrático e muito mais justo. Vamos deixar o povo decidir. Vamos consultar o povo para saber se ele quer", afirmou.

O presidente ressaltou que nem Vladimir Putin, presidente da Rússia, nem Volodymyr Zelensky, líder da Ucrânia, virão à Cúpula do G20, no Brasil, e que o tema da guerra entre os dois países não será discutido.

DISRUPTURA

Duas últimas eleições fizeram nascer novas lideranças e "sepultaram" outras

Além disso, os dois últimos pleitos também consolidaram a senadora Tereza Cristina e o ex-governador Reinaldo Azambuja

02/11/2024 09h00

O governador Eduardo Riedel e a prefeita Adriane Lopes são duas novas lideranças políticas de MS

O governador Eduardo Riedel e a prefeita Adriane Lopes são duas novas lideranças políticas de MS Montagem

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A exemplo das eleições de 1996, de 2004, de 2012 e de 2016 em Campo Grande e também no interior do Estado, os pleitos de 2020 e deste ano fizeram nascer novas lideranças políticas em Mato Grosso do Sul, mas também “sepultaram” outras e consolidaram dois nomes que já estavam na estrada há um certo tempo: a senadora Tereza Cristina (PP) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Se no pleito municipal de 1996 os nomes de André Puccinelli (MDB) e Zeca do PT surgiram para a política estadual, uma vez que ambos acabaram virando governadores por dois mandatos, o de 2004 apresentou Nelsinho Trad (PSD) e Simone Tebet (MDB): o primeiro é senador e a segunda, ministra de Planejamento e Orçamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já as eleições de 2012 fizeram surgir Azambuja e Alcides Bernal (PP). O primeiro se consolidou no cenário político, sendo governador por dois mandatos, enquanto o segundo não soube aproveitar 
a oportunidade e foi “sepultado” de vez.

No caso das eleições de 2016, elas alavancaram os nomes de Marquinhos Trad (PDT) e de Rose Modesto (União Brasil). 

Ele foi reeleito prefeito e, após uma escolha considerada um tanto quanto equivocada, teve de se contentar em concorrer a vereador neste ano, estando no momento em um viés de baixa. Já ela foi vice-governadora e a deputada federal mais votada, porém, nas últimas eleições, Rose colecionou fracassos e também está vivendo um viés de queda.

NOVAS CARAS

Agora, nos dois últimos pleitos – as eleições gerais de 2020 e as eleições municipais deste ano – serviram para consolidar as lideranças políticas de Tereza Cristina e Azambuja.

Ela, de deputada federal, virou a senadora campeã de votos e que, neste ano, reelegeu a atual prefeita da Capital, Adriane Lopes (PP), e mais 15 prefeitos de cidades do interior. Já Azambuja reelegeu 
o seu sucessor na administração estadual, Eduardo Riedel (PSDB), e que no pleito deste ano elegeu 44 prefeitos.

Além disso, ambos trouxeram para a luz os nomes de Riedel e Adriane, que eram meros coadjuvantes de Azambuja e Marquinhos Trad, respectivamente, e que, nos últimos dois anos, viraram as lideranças do presente e de um futuro muito próximo de MS.

Por outro lado, os dois últimos pleitos “sepultaram” de vez a força política dos ex-governadores André Puccinelli e Zeca do PT, dos ex-senadores Delcídio do Amaral (PRD) e Waldemir Moka (MDB), do senador Nelsinho Trad, do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PP) – que não conseguiu ser eleito vereador – e do prefeito Alan Guedes (PP), sendo esse último nome uma novidade promissora que, porém, acabou sucumbida perante os eleitores de Dourados.

PRÓXIMO PLEITO

Com os resultados de 2020 e 2024, as eleições de 2026 terão como principais lideranças políticas no Estado a senadora Tereza Cristina, o ex-governador Reinaldo Azambuja, o governador Eduardo Riedel, a prefeita Adriane Lopes, o prefeito eleito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), e o novato prefeito eleito de Corumbá, Dr. Gabriel (PSB), o qual conseguiu deixar Delcídio do Amaral muito para trás.

Na prática, como nas eleições passadas, as urnas deram neste ano um recado claro aos políticos de que as velhas lideranças não têm mais o encanto de outrora e que precisam se reinventar para também não serem “sepultadas” de vez, caindo no esquecimento como tantos outros nomes que saíram da vida política para entrar para a história – uns pela porta da frente, outros pela dos fundos.

Com as vitórias de Riedel e Adriane, o novo perfil de gestores públicos que os eleitores procuram é o de pessoas que não sejam políticas profissionais, ou seja, que estão há anos nesse círculo, ora em uma Câmara Municipal, ora na Assembleia Legislativa ou no Congresso Nacional.

Afinal, tanto o governador de MS quanto a prefeita da Capital nunca tinham sido gestores do Poder Executivo, no máximo, até então, foram secretário de Estado ou vice-prefeita, respectivamente.

Entretanto, o que ficou claro é que a cada duas eleições ocorre um disruptura política em MS: acontece uma desconstrução das ideias já estabelecidas dentro do meio político, para que surjam novos nomes, novos pensamentos, e curiosamente é em Campo Grande que esse fenômeno costuma nascer ou – no caso de outros – ser enterrado.

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