Política

ELEIÇÕES 2024

Vander e Zeca selam a paz com Camila e PT terá candidatura própria na Capital

Os dois deputados se encontraram com a pré-candidata a prefeita de Campo Grande para pacificar partido no município

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Após ruídos internos sobre o fato de o PT lançar ou não candidatura própria para o cargo de prefeito de Campo Grande, os protagonistas da questão se reuniram na manhã desta sexta-feira e chegaram a um consenso de que será melhor para a sigla que tenha candidato.

O deputado federal Vander Loubet, que é o atual coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, e o deputado estadual Zeca do PT se posicionaram contra a decisão do partido de lançar a deputada federal Camila Jara como pré-candidata a prefeita da Capital.

Na opinião deles, seria mais vantajoso para o PT e para a possível campanha de reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiar a pré-candidatura da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que está bem avaliada nas pesquisas de intenções de votos já divulgadas.

Entretanto, a ala de Camila Jara não concordou com esse posicionamento e bateu o pé para que a parlamentar seja mantida como pré-candidata a prefeita pelo PT, pois facilitará na eleição de vereadores do partido no pleito do dia 6 de outubro.

Para pôr um fim ao racha interno, os três sentaram para conversar e entraram no consenso de que realmente o PT deve ter candidatura própria, mantendo, dessa forma, o nome de Camila Jara como postulante ao cargo de prefeita de Campo Grande.

Entendimento

“Acho que nós fizemos aqui um entendimento importante, juntando as duas ideias. A pré-candidatura da deputada Camila, que é uma jovem importantíssima, como as pré-candidaturas que vamos lançar no interior, demonstra que não queremos ser mais tratados como anexo, como puxadinho de nenhum outro partido. Por isso viemos aqui hipotecar total apoio à pré-candidatura da companheira Camila”, afirmou Zeca do PT.

E, para tentar viabilizar essa possível candidatura, Vander Loubet afirmou que, a partir de segunda-feira, pretende buscar apoio de outros partidos, principalmente do PSB, comandado no Estado por Paulo Duarte, que está prestes a voltar à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

O partido comanda a Câmara Municipal de Campo Grande, com Carlos Augusto Borges, o Carlão, de quem Vander espera não só apoio, mas aliança partidária.

"A pré-candidatura da deputada Camila, como as pré-candidaturas que vamos lançar no interior, demonstra que não queremos ser mais tratados como puxadinho de nenhum outro partido"
- Zeca do PT, explicando o fim das animosidades internas

Mostrando que está disposta e animada com o fato de finalmente receber a bênção dos dois caciques petistas, Camila Jara deixou claro que está disposta a esquentar a disputa.

“A gente sabe que a situação da prefeitura não está fácil, mas tem prefeita brincando de receber ex-primeira-dama de presidente que destruiu o País. Enquanto isso, a gente está concentrado os esforços na reconstrução da nossa cidade”, alfinetou a parlamentar.

Ela estava se referindo ao fato de a prefeita Adriana Lopes (PP) ter ido, na manhã desta sexta-feira, em horário de expediente, ao Aeroporto Internacional de Campo Grande recepcionar a presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que veio à cidade para participar de um evento partidário na manhã deste sábado.

Ensaio

O caminho para a pacificação interna do PT em Mato Grosso do Sul já começou a ser pavimentado na noite de quinta-feira, quando os deputados Vander Loubet e Zeca do PT promoveram uma grande plenária em Campo Grande com filiados e filiadas do partido pertencentes às suas tendências internas.

Na pauta estavam a discussão e a proposição de uma tese eleitoral para o partido na Capital, e as duas lideranças fizeram questão de destacar que a discussão eleitoral em Campo Grande jamais passou pela possibilidade de inviabilizar uma pré-candidatura própria, hoje representada pela deputada federal Camila Jara.

Por isso, reafirmaram publicamente o apoio a uma pré-candidatura do partido, entretanto, Zeca e Vander reforçaram a necessidade de o PT manter aberto um diálogo interno e a disposição para estudar e avaliar propostas de alianças que permitam ao partido ampliar a base de apoio ao governo Lula e ao projeto de reelegê-lo presidente em 2026.

Com isso, Vander informou que conversou com Camila em Brasília (DF) nesta semana e anunciou o encontro na sexta-feira entre os dois e Zeca para debater os caminhos que o PT teria em Campo Grande e chegar a uma posição de consenso para o projeto do partido voltado na Capital.

 

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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