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Vander emplaca vereador de Glória de Dourados na Superintendência da Pesca

O vereador Júlio Cleverton dos Santos, o "Júlio Buguelo", ganhou a "queda de braço" com o ex-assessor-executivo da prefeitura da Capital, Cauê Marques

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O ministro da Pesca e Aquicultura, André Carlos Alves de Paulo Filho, nomeou, ontem (17), o vereador de Glória de Dourados pelo PT, Júlio Cleverton dos Santos (PT), o “Júlio Buguelo”, para exercer o cargo comissionado executivo de superintendente federal de Pesca e Aquicultura em Mato Grosso do Sul.

A nomeação de Júlio Buguelo é uma demonstração de força do deputado federal Vander Loubet (PT-MS), coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, que ainda garantiu a nomeação do ex-vereador de Ponta Porã pelo PT, Paulo Roberto da Silva, na Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Mato Grosso do Sul ((INCRA-MS).

Segundo divulgou o Correio do Estado no dia 15 de março deste ano, o comando da Superintendência da Pesca em Mato Grosso do Sul (Sudepe-MS) estaria entre Cauê Marques, ex-assessor-executivo da Prefeitura de Campo Grande na gestão de Marquinhos Trad (PSD), e Júlio Buguelo.

dou   bugueloCópia da nomeação de Júlio Buguelo para assumir a Superintendência da Pesca em Mato Grosso do Sul (Sudepe-MS)

O nome de Cauê Marques, além do apoio do PSD estadual, contava também com a simpatia do prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), bem como da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) e da Federação de Pescadores e Aquicultores do Estado do Mato Grosso do Sul (Fepeams).

As duas entidades representativas do setor de pesca e aquicultura teriam chegado a um consenso, indicando o nome de Cauê Marques para o cargo, pois ele traz no currículo diversos trabalhos já prestados ao serviço público.

O presidente da CNPA, Edivando Soares de Araújo, chegou a encaminhar um ofício, no dia 28 de fevereiro, ao ministro da Pesca e Aquicultura, André Carlos Alves de Paula Filho, indicando o nome de Cauê Marques. O prefeito Marcelo Iunes também enviou um ofício ao ministro com a mesma finalidade. 

Além disso, pesaria contra Júlio Buguelo o fato de ele ser, supostamente, alvo de um inquérito civil por improbidade administrativa em Glória de Dourados, tornando difícil a sua escolha para um cargo tão importante a nível estadual e nacional.

Porém, nada disso adiantou, pois Vander Loubet ignorou os apelos das entidades ligadas à pesca em Mato Grosso do Sul e nomeou o seu correligionário petista.

Fora do processo

No entanto, o que teria pesado para a escolha de Júlio Buguelo em detrimento de Cuaê Marques foi o fato de o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente estadual do partido, ter optado por não participar dessa questão.

“Me afastei dessa história a partir do momento em que iniciou uma queda de braço para indicar esse ou aquele nome para a Superintendência da Pesca em Mato Grosso do Sul”, garantiu na época o senador ao Correio do Estado.

Nelsinho Trad ressaltou que não costuma fazer política dessa forma. “Além disso, adotei uma linha de independência no Senado e não me sentiria à vontade em participar dessa negociação”, disse.

Para o senador, o deputado federal Vander Loubet tem toda a legitimidade para definir essa questão e encaminhar o melhor nome para o cargo.

“Tive uma reunião com ele antes de viajar e passei a minha opinião, dando total liberdade para ele tocar como entender melhor. Da mesma forma que ele fez comigo quando eu era o coordenador da bancada e ele era opositor ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”, recordou.

Na prática, Nelsinho não quis participar do processo para, no futuro, não ser obrigado a dar uma contrapartida ao governo Lula no Senado. “Eu defendo que a bancada precisa ser ouvida nessa questão, e dessa reunião tiraria o nome de consenso”, finalizou.

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MATO GROSSO DO SUL

PSDB consolida sua hegemonia em número de prefeitos e vereadores

Enquanto o partido definha nacionalmente, no Estado a legenda fez 45 prefeitos, 17 vice-prefeitos e 256 vereadores

08/10/2024 08h30

Reprodução IA

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As eleições municipais deste ano em Mato Grosso do Sul serviram para consolidar a hegemonia do PSDB, tanto no quantitativo de prefeitos eleitos como no número de vice-prefeitos e vereadores eleitos, enquanto no resto do Brasil 
a legenda definha.

Conforme levantamento feito pelo Correio do Estado, o tucanato transformou o território sul-mato-grossense em um reduto, ao eleger 45 prefeitos, 17 vice-prefeitos e 256 vereadores nos 79 municípios.

Já em nível nacional a quantidade de administrações municipais do PSDB foi reduzida quase à metade nestas eleições, passando de 515 para 269. 

Escreva a legenda aqui

Em São Paulo, por exemplo, onde o partido governou por 28 anos, o número de prefeitos caiu de 170 para 21. Na capital paulista, o apresentador José Luiz Datena teve menos de 2% dos votos e nenhum tucano se elegeu vereador. A realidade nacional do PSDB, entretanto, passa despercebida em Mato Grosso do Sul.

Aqui no Estado, o ninho tucano não para de crescer. Tirando Campo Grande, cuja prefeitura será disputa no segundo turno por Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil), a legenda conquistou as prefeituras das maiores cidades sul-mato-grossenses, como Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas.

Além disso, Mato Grosso do Sul é governado pelo terceiro mandato consecutivo pelo PSDB. Nos primeiros oito anos, 
o governador foi Reinaldo Azambuja, e desde 2023 o Executivo estadual segue nas mãos de Eduardo Riedel.

Na avaliação de Azambuja, atual presidente estadual do PSDB e tesoureiro da executiva nacional da legenda, o sucesso dos tucanos no Estado é fruto da política municipalista adotada por ele e que está tendo continuidade com Riedel.

“Também não podemos esquecer que foram fator determinante as propostas de gestão apresentadas aos eleitores pelos prefeitos reeleitos e pelos candidatos que conquistaram o primeiro mandato”, disse Azambuja ao Correio do Estado.

O ex-governador acrescentou ainda que os prefeitos eleitos pelo PSDB somaram quase 370 mil votos, que poderão ajudar nas pretensões do partido nas eleições de 2026.

VICES E VEREADORES

Além das 45 prefeituras conquistadas – isto é, 56% do total de 79 municípios de Mato Grosso do Sul –, o PSDB conseguiu eleger ainda os vice-prefeitos de 17 municípios.

São eles: Aparecida do Taboado, Bonito, Camapuã, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Guia Lopes da Laguna, Inocência, Japorã, Jateí, Rio Brilhante, Rio Verde, Sonora e Tacuru.

Se no Executivo municipal os tucanos são maioria, no Legislativo não é diferente, pois a legenda elegeu 256 vereadores de um total de 849 nos 79 municípios de MS – ou seja, mais de 30%.

Com tantos vereadores, o PSDB tem também as maiores bancadas na Câmaras Municipais de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, as três maiores do Estado.

ELEIÇÕES 2024

Adriane Lopes deve receber apoio do governador no 2º turno das eleições

A prefeita da Capital e a senadora Tereza Cristina se reuniram no fim da tarde de ontem com o governador Eduardo Riedel

08/10/2024 08h00

O governador Eduardo Riedel, a senadora Tereza Cristina e a prefeita Adriane Lopes em 2022

O governador Eduardo Riedel, a senadora Tereza Cristina e a prefeita Adriane Lopes em 2022 Foto: arquivo

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Após mais de uma hora de reunião a portas fechadas, realizada no fim da tarde de ontem entre o governador Eduardo Riedel (PSDB), a senadora Tereza Cristina (PP) e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), o apoio do tucano à reeleição da candidata progressista no segundo turno das eleições municipais deste ano está praticamente sacramentado.

Apesar de Riedel bater na tecla de que a decisão oficial de o PSDB apoiar ou não Adriane será definida e anunciada no fim da tarde de hoje pelo presidente municipal da sigla, o deputado federal Beto Pereira – que foi o candidato do partido à prefeitura, mas que não conseguiu chegar ao segundo turno –, fontes tucanas e progressistas ouvidas pelo Correio do Estado dão como certa que as duas legendas caminharão unidas mais uma vez.

Em 2022, no segundo turno das eleições gerais, Adriane declarou apoio à candidatura de Riedel ao governo do Estado, enquanto a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) – então candidata derrotada ao cargo no pleito daquele ano – bateu o martelo a favor da candidatura do deputado estadual Capitão Contar (PRTB).

Agora, conforme as fontes ouvidas pela reportagem, chegou a vez de o governador retribuir o favor da prefeita e, neste segundo turno, declarar apoio à reeleição dela.

Afinal, Adriane é indicação de Tereza Cristina, amiga de longa data de Riedel desde o tempo em que ele era presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul).

E é essa reciprocidade que fez com que a senadora fosse procurar o governador para pedir o apoio dele à prefeita neste segundo turno.

Ao Correio do Estado, Tereza Cristina afirmou que a reunião com Riedel foi muito produtiva, mas que ele disse que a definição sobre esse apoio a Adriane sairá do encontro das lideranças municipais do PSDB com Beto Pereira.

“A conversa foi muito boa, mas o Eduardo deixou essa decisão nas mãos do Beto. Ele foi muito receptivo, e agora só nos resta esperar”, declarou, reforçando que o apoio tem de ser pedido, pois ele “não cai do céu”. Tereza Cristina disse à reportagem que estava embarcando para Brasília (DF), onde terá votações importantes no Senado.

Contudo, ela revelou que vai aproveitar a estadia na capital federal para conversar com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), a fim de alinhar o apoio da sigla à candidata Adriane Lopes neste segundo turno.

DIRETÓRIO MUNICIPAL

A reportagem apurou que Beto Pereira não deverá declarar apoio a nenhuma de suas adversárias que estão no segundo turno das eleições para a Prefeitura de Campo Grande.

Entretanto, o deputado federal agendou uma entrevista coletiva para a tarde de hoje, quando anunciará o seu posicionamento e o do PSDB para o segundo turno do pleito, que será disputado entre Adriane Lopes e Rose Modesto no dia 27.
A tendência é de que o parlamentar libere o partido para apoiar quem desejar.

Porém, a maioria das lideranças tucanas já trata como “inevitável” uma aliança com Adriane, pois a legenda mantém relações muito próximas com o PP, diferentemente de Rose Modesto, cuja relação foi truculenta durante a campanha eleitoral.

E é nesse contexto de “feridas abertas” que empurra o PSDB em direção a Adriane e que deve afastá-lo de Rose neste segundo turno.

O Correio do Estado procurou o ex-governador Reinaldo Azambuja, que é o presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul. Ele confirmou a reunião de hoje à tarde para definir essa questão.

“A decisão cabe ao diretório municipal do PSDB, do qual o Beto é o presidente. Portanto, esse assunto cabe a ele resolver”, frisou.

Fontes de dentro do partido cravaram que a tendência é de que o deputado federal fique neutro, pois durante sua campanha ele combateu as duas candidatas, falando que ambos não seriam boas gestoras para Campo Grande.

No entanto, o restante do ninho tucano deverá embarcar no projeto de reeleição de Adriane Lopes.

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