Política

VEREADOR ELEITO

Vereador eleito, professor André promete ser crítico e independente

Médico veterinário e professor da UFMS, André Fonseca (Rede) é uma das novidades da Câmara

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Médico veterinário e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), André Fonseca (Rede) foi eleito vereador de Campo Grande com 1.910 votos nas eleições municipais de 2020. 

O parlamentar faz parte do grupo de 17 novos vereadores que conquistaram uma cadeira na Câmara Municipal da Capital no pleito deste ano.

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Fonseca promete fazer um mandato independente e crítico, além de propor um choque de gestão em seu gabinete, sendo administrado com apenas 5 assessores, dos 16 a que cada vereador tem direito. Segundo ele, não é brigando que mudamos as regras, mas com bons exemplos.  

O vereador eleito explicou que o início na política se deu em 2012, quando disputou a uma cadeira no Legislativo Municipal pelo Partido Verde (PV). Na época, Fonseca obteve uma quantidade maior de votos do que os obtidos este ano – 2.200 –, mas acabou não sendo eleito.

Em 2014 e 2018, mudou o foco e disputou por duas vezes uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), mas também não saiu vitorioso nas urnas.

Ligado à parte social, principalmente à educação, o professor universitário afirma ser de esquerda, porém, critica a polarização que existe hoje, em que quem é do espectro progressista passa a ser colocado dentro do petismo, e quem é de direita, ligado ao bolsonarismo.  

“Eu acredito em uma esquerda que é praticada em países nórdicos, onde os cidadãos têm os seus direitos preservados e promovidos pelo governo da ocasião. No entanto, essa dicotomia destrói a política, pois a divide em dois polos extremos e atrapalha o jogo democrático. Eu sempre afirmo que há muita gente lutando para apontar quem é o mais corrupto, um político de esquerda ou de direita, eu já penso que corrupto é corrupto, sem distinção ideológica”, disse.

Antes de entrar na política, o docente reconhece que tinha uma visão preconceituosa desse meio. 

“Eu me levo como exemplo. Anteriormente, achava que só tinha bandido dentro dos parlamentos brasileiros. Porém, durante minhas campanhas, alcancei a maturidade de que isso não é verdade, pois conheci muita gente boa dentro desse meio. No entanto, muitas vezes eles acabam não tendo espaço nesse jogo cruel, mas queremos mudar esse cenário. Pode ser utópico, mas só mudaremos alguma coisa estando lá dentro”, idealizou.

Eleição

Apesar de reconhecer que em uma eleição a questão financeira é muitas vezes decisiva para a vitória de um candidato, Fonseca afirmou que a mudança do coeficiente eleitoral no pleito deste ano foi fundamental para a sua vitória. 

Hoje, calculam-se os votos obtidos pelo partido para eleger seus parlamentares, e não pela coligação, como ocorria antes.  

“Deixou um pouco mais equilibrado, pois eu obtive menos votos do que na minha primeira eleição, mas acabei eleito. Porém, não podemos ser iludidos e sabemos que a política é injusta, pois os partidos sempre escolhem aqueles três ou quatro que têm mais chances de vitória e acabam injetando mais recursos neles e preterindo diversos outros. Por isso, sou contrário ao Fundo Eleitoral, que acaba não sendo dividido de forma igualitária”.

Bandeiras

O professor afirmou que suas bandeiras serão voltadas às áreas sociais, ao meio ambiente e à defesa animal. 

Docente na UFMS, ele também carrega a bandeira da educação, como diversos outros vereadores que exercerão o seu primeiro mandato. 

Fonseca pretende criar um projeto que garanta uma bolsa aos alunos, para que eles se sintam estimulados a participar ainda mais do ambiente escolar e contribuir com a melhoria dos índices educacionais.  

“Esse auxílio seria dado aos alunos mais aplicados progressivamente. Eu quero que as escolas da periferia sejam as melhores da cidade e, para isso, também devemos estimular os professores. Eu penso que eles devem ter uma carga horária de no máximo 6h, e nas outras 6h cursos de aprimoramento, pois só assim poderemos melhorar nossa educação pública. Não adianta destinar 20% do Produto Interno Bruto (PIB) se não tiver uma boa gestão”, projetou.  

E complementou a análise dizendo que pretende “formar uma comissão de parlamentares e tentar buscar boas ideias aplicadas Brasil afora e replicá-las na nossa Capital. O Ceará é um bom exemplo, pois não é um dos estados mais ricos do País, porém, tem um dos melhores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica [Ideb]”.

Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

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A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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ORDEM DOS ADVOGADOS

Bitto Pereira é reeleito presidente da OAB-MS com mais de 59% dos votos

O atual presidente da Ordem conquistou 5.005 votos, enquanto o concorrente, advogado Lucas Rosa, obteve 3.380 votos

23/11/2024 08h00

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 5.005 votos, o advogado Luiz Cláudio Alves Pereira, o Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027.

Ele derrotou o advogado Lucas Costa da Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”), que obteve 3.380 votos. Ou seja, o atual presidente conseguiu mais de 59% dos 8.500 votos – foram 177 votos em branco e 220 nulos.

“Esse é o momento de externar a nossa gratidão a essa demonstração de confiança. Foi uma festa democrática e, felizmente, a maioria escolheu por um trabalho que nós realizamos não só na Capital, mas em todas as subseções da OAB-MS. Uma vitória histórica que nos deixa com muita alegria e com muito mais vontade de trabalhar”, declarou Bitto Pereira.

Ele ainda aproveitou para agradecer à advocacia.

“Em nome da chapa 22, a nossa gratidão por essa demonstração de força, pois tivemos uma vitória maiúscula, muito obrigado. Acho que o trabalho que nós fizemos visitando as subseções com a OAB Itinerante e com a Caravana das Prerrogativas mostrou que o presidente da OAB tem que ir onde a advocacia está”, ressaltou. 

O presidente reeleito completou que, ao obter 5.005, conseguiu uma vitória inédita e de uma maneira jamais feita na história da OAB-MS.

“O nosso resultado nas urnas é uma vitória maiúscula. Eu agradeço a Deus por ter trazido a gente até aqui com saúde. E um dia cheio de alegria, meu coração está transbordando de alegria”, assegurou.

Para finalizar, Bitto Pereira disse que uma marca do seu próximo mandato será o empreendedorismo na advocacia.

“Essa será a marca da próxima gestão da OAB-MS. Muito obrigado a todos vocês por participarem dessa festa democrática. Eu também gostaria de agradecer a toda a imprensa pelo papel importante que tem, levando as informações, também divulgando quais são as propostas dos candidatos”, destacou.

Ele ainda completou que a sua vitória resgatou aquele processo de escolha com base em propostas, com base em um debate que foi, tanto para a entidade quanto para a sociedade, aquilo que se espera de uma instituição do tamanho e da grandeza da OAB-MS.

“Eu penso que foi uma campanha tranquila, mas trouxemos muito da política comum para dentro da Ordem. Isso está se mostrando aqui no resultado, que não foi algo que a advocacia aceitou. Então, penso que a OAB tem que voltar a ser a instituição que sempre foi”, projetou.

O presidente reeleito também acrescentou que a OAB-MS tem problemas internos e externos que precisam ser resolvidos para que a advocacia possa dar voz à sociedade.

“É isso que nós temos que fazer, mas trazer a política comum para dentro da nossa instituição só causa uma fissura, que é muitas vezes é incompreendida pela nossa categoria e também pela sociedade”, analisou.

Já o ex-presidente da OAB-MS Mansour Elias Karmouche lembrou que a votação em Bitto Pereira foi a maior da história da Ordem.

“Ele teve a maior diferença. Inclusive, eu já estou achando ruim, porque bateu o meu recorde, que foi de 4.026 [votos] e quase 1.600 de frente, e o Bitto teve 5.005 votos e 1.612 de frente. Então, ele teve uma votação histórica para a OAB-MS. Eu falei: ‘Presidente, você ganhou com a maior votação da história e você ganhou com a maior diferença da história’, que acabou também de passar o meu recorde”, declarou.

FILA

Na Capital, uma fila gigantesca de advogados se formou logo nas primeiras horas de votação na sede da OAB-MS, onde pelo menos 150 pessoas aguardavam a vez para votar. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir concluir a votação.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

“Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar, porque foi uma campanha muito bonita. E hoje, se Deus quiser, o resultado virá”, pontuou a profissional.

Já a advogada especialista na área criminal Allyne Romanos ressaltou a importância desse dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense. 

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali coordenado com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então, é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém em uma gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou.

*Colaborou Naiara Camargo

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