Após uma gravação em que o vereador Elinho Jr. (PP) destrói o isopor de um vendedor ambulante repercutir nacionalmente, a Câmara Municipal de Corumbá emitiu nota informando que irá tomar as medidas necessárias.
No vídeo, gravado na tarde de sábado (27), o trabalhador José Elizeu Lara alega que a esposa do vereador não estaria permitindo que ele circulasse pelo local para vender seus produtos.
Em determinado momento, o vereador aparece falando em voz alta que o estabelecimento comercial, localizado na rua Delamare, é de sua propriedade e que, por isso, o vendedor deveria filmá-lo, e não o local.
Após o vídeo circular nas redes sociais, Elinho Jr. pediu desculpas por meio do Instagram e alegou que, embora não seja seu costume agir daquela forma, acabou “perdendo a cabeça” por envolver sua família.
Apuração
A Câmara Municipal de Corumbá informou, por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (29), que irá ouvir as partes envolvidas e reforçou que é contrária a qualquer comportamento que viole o respeito à coletividade.
O Legislativo municipal também destacou que o caso poderá ser encaminhado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
Expulsão do vendedor
No vídeo, o ambulante informa que acionou a polícia, enquanto o vereador utiliza palavras de baixo calão para se referir ao trabalhador.
“Tá pensando o quê? Aqui não, aqui não. Você não vem encher o saco da minha mulher não, seu porcaria. Se eu te pegar aqui, você vai apanhar mesmo, rapaz”, diz Elinho Jr. momentos antes de quebrar o isopor.
Leia a nota na íntegra:
“A Câmara Municipal de Corumbá/MS lamenta o ocorrido no último sábado, 27 de dezembro de 2025, envolvendo o vereador Elio Moreira Junior e o sr. José Elizeu Lara e, no uso de suas atribuições legais e em respeito aos cidadãos e cidadãs, vem a público informar que já está tomando as medidas necessárias em relação aos fatos.
Informamos que a Câmara Municipal não compactua com quaisquer atos que violem o respeito mútuo ou a dignidade humana.
Diante disso, irá ouvir as partes envolvidas e, se necessário, encaminhar o caso à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar para as providências cabíveis.
Ressaltamos que o comportamento de todos os parlamentares deve ser pautado pela ética, dentro e fora do recinto legislativo, e que atos que atentem contra a imagem do Poder Legislativo estão sujeitos às penalidades previstas no Código de Ética e no Regimento Interno.”


