Política

ELEIÇÕES 2026

Verruck entra na disputa ao Senado e divide ainda mais a direita no Estado

Atualmente, o titular da Semadesc está filiado ao PSD, porém, não está descartada a troca de partido para a corrida eleitoral

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As últimas 24 horas estão cheias de reviravoltas na disputa pelas duas vagas ao Senado destinadas a Mato Grosso do Sul nas eleições gerais de 2026. Na noite de quarta-feira, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, lançou o ex-deputado estadual Capitão Contar como pré-candidato ao Senado ao lado do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Já, na tarde de ontem, foi a vez de ser confirmado nas hostes políticas da direita o nome do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Elias Verruck, como pré-candidato a senador da República pelo PSD, partido pelo qual está filiado desde março do ano passado.

O Correio do Estado apurou que ele já teria até anunciado a data em que vai se desincompatibilizar do cargo de secretário de Estado – dia 30 de março do próximo ano – para disputar uma das duas cadeiras ao Senado pelo grupo político do governador Eduardo Riedel (PP).

Na prática, esse anúncio extraoficial vai dividir ainda mais os votos da direita no Estado, pois, além de Contar, Azambuja e Verruck, também estão no páreo o senador Nelsinho Trad (PSD), a senadora Soraya Thronicke (Podemos), a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), e o deputado federal dr. Luiz Ovando (PP).

Essas prováveis oito candidaturas devem pulverizar os votos da direita em Mato Grosso do Sul e, ao invés de ajudar que a ala fique com as duas vagas de senadores, pode fazer com que a esquerda, que hoje conta com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), e o deputado federal Vander Loubet (PT), possa ficar com uma das cadeiras na Câmara Alta.

Conforme fontes ouvidas pela reportagem, Verruck teria sido aconselhado a não concorrer à Câmara dos Deputados para se arriscar na disputa por uma das duas cadeiras de senador da República por Mato Grosso do Sul, fazendo dobradinha com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL).

No entanto, com o anúncio do Capitão Contar como o segundo candidato do PL ao Senado, essa possibilidade está descartada e o titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) terá de lançar uma candidatura independente, ou pelo PSD mesmo, ou pelo PP, da senadora Tereza Cristina, batendo de frente com Gerson Claro e com o dr. Luiz Ovando.

Se ficar no PSD, Jaime ainda terá problemas internos para resolver, pois a sigla é presidida no Estado pelo senador Nelsinho Trad, que tentará a reeleição, e, portanto, pode inviabilizar que o secretário saia candidato pela legenda, o que pode obrigá-lo a trocar de partido.

O certo é que, mesmo com o balde de água fria na provável “dobradinha” com Azambuja, Verruck vai manter a pré-candidatura ao Senado, apesar de que, conforme ele teria confidenciado a pessoas próximas, a entrada do Capitão no PL deve afetar e muito os planos políticos do secretário de Estado.

SISTEMA S

Com apoio do Sistema S, em especial do Sistema Fiems, Jaime Verruck teria manifestado colocar o próprio nome para disputar uma das duas vagas ao Senado nas eleições gerais do próximo ano em março deste ano, durante a Expocanas, realizada em Nova Andradina do Sul.

No evento, ele teria comentado a possibilidade com lideranças partidárias, lideranças religiosas, prefeitos e deputados estaduais e federais. Em Campo Grande, conforme o Correio do Estado levantou, Jaime Verruck procurou um político com mandato e ligado a uma igreja evangélica para costurar uma aliança de olho no pleito de 2026.

Ligado ao empresário Sérgio Longen, presidente do Sistema Fiems, bem como ao presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, e ao diretor-superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça, ele é economista, mestre em Economia Rural, doutor em Desenvolvimento e Planejamento Territorial e formação executiva em Estratégias e Inovação.

Também comandou por anos o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso do Sul (Senai/MS) e foi diretor-corporativo da Federação das Indústrias do Estado (Fiems).

Ainda foi secretário estadual nos dois mandatos do ex-governador Reinaldo Azambuja e continuou no cargo no mandato de Riedel. O secretário foi procurado para comentar, mas, até o fechamento desta edição não retornou.

*SAIBA

Os secretários de Estado que vão concorrer nas eleições gerais de 2026 têm até seis meses antes do pleito para se desincompatibilizar, que consiste no ato pelo qual o candidato é obrigado a se afastar de certas funções, cargos ou empregos, na administração pública, direta ou indireta, para poder estar apto a disputar cargo eletivo.

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Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

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