O deputado estadual reeleito Gerson Claro, do PP, escolhido com resultado titânico como o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e a composição da Mesa Diretora que vai chefiar o legislativo estadual de 2023 a 2024, reduziu a força dos partidos de extrema-direita se comparada com a gestão passada da diretora da Casa.
Entre os eleitos na manhã de ontem, quarta-feira (1), nenhum é alinhado à ideologia de direita. A maioria tem conviccões centristas.
A posição dos políticos tidos como de direita considera os valores religiosos e tradicionais como fundamentais para a sociedade. Também assumem posicionamento conservador em relação a aspectos sociais e de governo.
COMO ERA
A Mesa Diretora da AL-MS, que é composta por sete parlamentares, contando com o presidente, da vez passada (2021-2022), tinha quatro integrantes que eram enfileirados ao conceito direitista.
O deputado estadual reeleito Zé Teixeira, hoje no PSDB, tinha o importante cargo de 1º secretário e era associado à sigla DEM, que virou União Brasil, depois de se juntar ao PSL, que era reputado com como de extrema-direita. Já o União Brasil, ideologicamente, é tido como um partido de centro-direita.
O também reeleito Neno Razuk, do PL, era o 1º vice-presidente da Mesa Diretora. E o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, antes conhecido como Partido da República, então engajado ao alinho centro-direita e à direita.
Outro reeleito, Antônio Vaz, do Republicanos, ocupava a 3ª vice-presidência da Casa. A legenda Vaz é de direita e ligada à Igreja Universal do Reino de Deus.
Ainda na gestão passada, o deputado estadual que não se reelegeu, Herculano Borges, também do Republicanos, era o segundo secretário.
Gerson Claro foi eleito presidente com votos de 23 dos 24 deputados. Ele concorreu com o deputado novato Rafael Tavares, que é do PRTB e obteve apenas um voto.
A linha política do PRTB de Tavares é tida como conservadora no aspecto cultural e liberal economicamente, sendo próximo à direita e à extrema-direita.
NOVA COMPOSIÇÃO
A nova Mesa Diretora eleita é composta ainda pelos deputados Renato Câmara, do MDB, como 1º vice-presidente, Zé Teixeira, do PSDB como 2º vice-presidente e Mara Caseiro, outra tucana, na 3ª vice-presidência. O reeleito e ex-presidente da AL-MS, na última gestão, Paulo Corrêa, do PSDB, é o 1º secretário, Pedro Kemp, do PT, o 2ª secretário e Lucas de Lima, do PDT, o 3ª secretário.
OS DEPUTADOS QUE TOMARAM POSSE E OS VOTOS QUE RECEBERAM EM OUTUBRO PASSADO
- Mara Caseiro, do PSDB - 49.512 votos;
- Paulo Corrêa, do PSDB - 49.184 votos;
- Zeca do PT - 47.193 votos;
- Jamilson Name, do PSDB - 43.435 votos;
- Zé Teixeira, do PSDB - 39.329 votos;
- Lídio Lopes, do Patriota - 32.412 votos;
- Pedro Caravina, do PSDB - 31.952 votos;
- Coronel David, do PL - 31.480 votos;
- Pedro Kemp, do PT - 27.969 votos;
- Lucas de Lima, PDT - 26.575 votos;
- Junior Mochi, do MDB - 26.108 votos;
- João Henrique Catan, do PL - 25.914 votos;
- Gerson Claro, do PP - 25.839 votos;
- Londres Machado, do PP - 25.691 votos;
- Antonio Vaz, do Republicanos - 19.395 votos;
- Rafael Tavares, do PRTB - 18.224 votos;
- Renato Câmara, do MDB - 17.756 votos;
- Amarildo Cruz, do PT - 17.249 votos;
- Neno Razuk, do PL - 17.023 votos;
- Marcio Fernandes, do MDB - 16.111 votos;
- Pedrossian Neto, do PSD - 15.994 votos;
- Lia Nogueira, do PSDB - 15.155 votos;
- Roberto Hashioka, do União - 13.662 votos;
- Rinaldo Modesto, do Podemos - 12.800 votos.


