Política

Mudança

Walter Carneiro Júnior assume Casa Civil na segunda-feira

Eduardo Rocha deixa cargo para se concentrar em sua campanha por uma vaga na Assembleia Legislativa

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Walter Carneiro Júnior será o novo chefe da Casa Civil a partir da próxima segunda-feira (27). A decisão foi anunciada durante reunião realizada na manhã desta quinta-feira (23), na sede da Governadoria, em Campo Grande. O atual secretário, Eduardo Rocha, deixa o cargo para disputar uma vaga de deputado estadual nas eleições de 2026.

Em nome de Riedel, o vice-governador e secretário de Governo e Gestão Estratégica, José Carlos Barbosa (Barbosinha) destacou que a saída de Eduardo Rocha foi uma decisão pessoal, diante da natureza da Casa Civil, considerada uma pasta de articulação e intensa atuação política, uma vez que a escolha de Rocha é disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de MS.

"Essa é uma secretaria extremamente complexa, onde a candidatura se confunde, às vezes, com a função do secretário. Eduardo decidiu deixar essa missão para poder cuidar da candidatura dele", explicou.

Do ponto de vista administrativo, Barbosinha destacou que o governo de Mato Grosso do Sul fez opção por não aumentar tributos, não reduzir investimentos e não deixar que as dificuldades provocadas pelo gás e pela flutuação de safra prejudiquem o andamento dos investimentos do Estado.  Ele destacou que o impacto nas receitas é estimado em R$ 1,5 bilhão, mas o governo pretende manter o ritmo das obras e entregas.

Outros nomes

Além de Walter Carneiro, Barbosinha acrescentou que outros nomes poderão ser definidos até março, já que há a possibilidade de novas candidaturas, como as de Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Marcelo Miranda, líder da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

"O governo vai dialogar até o final do ano. Pode ser que aconteça até o final do ano, como pode acontecer até março. Não existe uma data estabelecida. Pode ser novembro, dezembro, janeiro ou fevereiro", disse. 

Ao anunciar sua saída, Eduardo Rocha afirmou que a decisão foi tomada para evitar a mistura entre o trabalho técnico da Casa Civil e a campanha eleitoral. "Eu sempre fui político, tive três mandatos de deputado estadual, sei o quanto é trabalhoso organizar uma campanha. Resolvi sair antes para não misturar a política eleitoral com a política de governo", explicou.

Rocha destacou que participou de "três anos de política de governo sem nenhum problema" e que agora pretende se dedicar à campanha. Momentaneamente, ele permanece no MDB e disputará as eleições "pelo partido que o Riedel indicar". Sobre a senadora Simone Tebet, sua esposa, que segue no mesmo partido, afirmou que a decisão sobre eventual candidatura será tomada apenas em março. "Ela vai decidir se disputa aqui, em São Paulo, outro cargo ou se vai ficar no governo", completou.

Walter Carneiro

O novo titular da Casa Civil, Walter Carneiro Júnior, é primeiro-suplente de deputado federal pelo PP, tendo obtido 39.860 votos nas eleições de 2022. No ano passado, foi nomeado secretário-adjunto da Casa Civil, e anteriormente atuou como diretor-presidente da Sanesul durante a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Walter Carneiro, novo titular da Casa Civil

Walter Carneiro, novo titular da Casa Civil / Foto: Marcelo Victor 

Carneiro é filho do ex-deputado estadual Walter Carneiro, e tem trajetória ligada à política desde cedo. Segundo Barbosinha, "nasceu em berço político". A expressiva votação obtida em 2022 o credencia como pré-candidato a deputado federal pelo PP em 2026, fator que pode ter sido ponderado pelo governador Eduardo Riedel ao escolhê-lo para o comando da Casa Civil.

Ao comentar sua nova função, Walter Carneiro afirmou que pretende dar continuidade ao trabalho conduzido por Rocha, reforçando a relação institucional com os municípios e o Legislativo.

"Eduardo estreitou muito o relacionamento com prefeitos e vereadores. A Casa Civil é uma secretaria eminentemente política, que procura trazer para perto as demandas e construir boa relação com as demais secretarias, fortalecendo o projeto de governo que busca cada vez mais se aproximar dos municípios", disse.

Transição

Eduardo Rocha permanece no cargo até segunda-feira (27), quando Walter Carneiro será oficialmente nomeado. Durante o encontro, o governo agradeceu a Rocha "por todo o trabalho realizado ao longo desse período", destacando sua trajetória "desde o tempo de deputado estadual até a chefia da Casa Civil" e classificando como "extraordinário o trabalho desenvolvido".

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advogados e juristas

Prerrogativas homenageia Tebet e a convida para integrar chapa lulista em SP

"Nesta política do Brasil precisa ter coragem. E coragem não me falta", declarou Simone depois de ser convidada para mudar domicílio eleitoral para SP

13/12/2025 07h23

Simone Tebet recebeu homenagem de grupo de juristas ao lado de Geraldo Alckmin e Fernando Hadad

Simone Tebet recebeu homenagem de grupo de juristas ao lado de Geraldo Alckmin e Fernando Hadad

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Uma homenagem do grupo Prerrogativas a Simone Tebet (MDB), Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) voltou a flertar com a possibilidade de ter os três ministros em uma chapa em São Paulo como palanque de Lula na eleição do ano que vem. Atualmente, o título eleitoral de Simone Tebet está em seu Estado natal, o Mato Grosso do Sul. 

Em evento com tom de campanha eleitoral, os três foram citados pelo coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, como representantes da frente ampla que deu a vitória a Lula em 2022 e como trunfos para a eleição de 2026. O Prerrogativas é formado por advogados e juristas pró-PT e ampliou sua influência no governo com a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Nós vamos ganhar em São Paulo e no Brasil, em todos os Estados. Essa é a aliança pela democracia que vai vencer as eleições em 2026", disse Carvalho. Em uma referência indireta às crises recentes envolvendo o Congresso, ele também afirmou que Lula é o único adulto na sala e não quer "abocanhar" as competências dos outros Poderes.

"É um luxo para São Paulo ter três opções. É uma chapa que representa a união da direita civilizada, da centro-direita, centro-esquerda e esquerda em torno das instituições e da defesa da democracia", disse Carvalho ao Estadão.

Questionado se a ministra do Planejamento estaria disposta a mudar o domicílio eleitoral para São Paulo, respondeu: "Eu acho que ela estava esperando o chamado. Hoje nós fizemos o chamado para ela se apresentar à população de São Paulo. O Prerrogativas dá sorte". O grupo fez parte da articulação que levou Alckmin a vice de Lula em 2022.

Apesar de o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ter lançado sua pré-candidatura à Presidência há poucos dias, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) segue sendo alvo preferencial do PT e foi citado pelo menos duas vezes em discursos no palco.

Haddad lembrou a declaração de Lula direcionada ao governador mais cedo nesta sexta-feira, de que os prognósticos de especialistas para a economia não se concretizaram. Marco Aurélio também fez críticas à gestão de Tarcísio em São Paulo.

"Hoje o presidente Lula falou uma coisa muito importante. Ele falou olhando pro governador de São Paulo: ‘Você viu Tarcísio que todos os prognósticos feitos por economistas não deram certo?’", disse Haddad. "Não é comemorar que o caras que apostaram contra o Brasil estavam errados. É comemorar que nós demos certo", continuou.

Haddad resiste a ser candidato novamente. Nesta semana, ele disse em entrevista ao jornal O Globo que pode deixar o ministério para ajudar na campanha de Lula no ano que vem, mas que já avisou ao presidente que não quer disputar uma nova eleição.

O petista é cotado tanto para disputar o governo de São Paulo quanto o Senado pelo Estado. Ao ser questionado novamente por jornalistas na noite desta sexta-feira, Haddad disse que já havia falado sobre o tema na entrevista.

Ex-presidente do PT e ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann afirmou a jornalistas no evento que ainda não há uma definição.

"É óbvio que qualquer lançamento de nome, de composição, a gente tem que conversar. Não se faz de uma hora para a outra. Mas, com certeza, são 3 nomes muito potentes, muito importantes na política nacional e local aqui em São Paulo", afirmou.

Apesar de seu partido, o MDB, ainda não ter definido qual caminho seguirá em 2026, Tebet foi taxativa e disse que estará no palanque de Lula. A ministra do Planejamento recebeu aplausos da plateia ao dizer que Lula é maior presidente que o Brasil já teve. O MDB já teve José Sarney, Itamar Franco e Michel Temer como presidentes.

Para estar no palanque de Lula em São Paulo, ela teria que deixar o Mato Grosso do Sul e mudar de partido, já que o MDB paulista apoia Tarcísio. Tebet é cotada para uma vaga ao Senado, mas ao final de seu discurso algumas pessoas na plateia gritaram "governadora".

"Nesta política do Brasil precisa ter coragem. E coragem não me falta", declarou.

No caso de Alckmin, a prioridade é repetir a chapa com Lula para o Palácio do Planalto. Ele afirmou que o petista salvou a democracia ao derrotar Bolsonaro em 2022 e foi o orador mais aplaudido ao iniciar seu discurso cumprimentando a plateia com "companheiros e companheiras", marca do presidente.

Além dos três, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), já manifestou o desejo de ser candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Ele não compareceu ao evento.

Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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