Política

Ultima Ratio

Zanin declina e STJ reassume investigação sobre venda de sentenças no TJMS

A decisão devolve o inquérito para o Supremo Tribunal de Justiça, que estava sob responsabilidade do STF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, mandou de volta ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) o inquérito sobre a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

A investigação foi a responsável por afastar quatro desembargadores no Estado devido à Operação Última Ratio, da Polícia Federal. 

Com isso, o julgamento deve ser reassumido pelo ministro do STJ, Francisco Falcão, que também deve reanalisar o pedido de manutenção do afastamento dos desembargadores do TJMS e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Osmar Jeronymo. 

“Ante o exposto, declino da competência e determino remessa imediata do presente inquérito ao Superior Tribunal de Justiça, para prosseguimento(...) Promova-se baixa imediata no sistema informatizado deste Tribunal, em relação aos procedimentos encaminhados”, escreveu Zanin na decisão. Com a ordem, o inquérito e outras 11 petições, retornaram ao STF. 

Afastados

Continuam afastados por determinação do ministro Mauro Campbell Marques os desembargadores Alexandre Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva. 

O afastamento dos servidores, investigados por corrupção por meio de venda de sentenças, agora é disciplinar via Conselho Nacional de Justiça (CNJ), não através de uma corte, como o STF ou o STJ. 

A última decisão de afastamento dos servidores foi proferida pelo ministro Cristiano Zanin, com prazo para terminar no dia 7 de agosto. Com a data encerrada, os desembargadores esperavam uma nova decisão do STF para voltar a atuar. 

No entanto, com o silêncio de Zanin na decisão, o corregedor-geral de Justiça, Mauro Campbell tomou a frente e proferiu a decisão da promulgação do afastamento.

Como apurou o Correio do Estado anteriormente, os desembargadores podem completar mais de um ano longe das funções, já que a decisão do CNJ, através do corregedor-geral de Justiça, Mauro Campbell, prevê que eles fiquem longe de seus gabinetes por mais seis meses (180 dias), mas que pode ser estendida por mais tempo. 

Com a decisão, os quatro estão impedidos de acessar seus gabinetes no TJMS e também de atuar profissionalmente em seus ofícios. 

Ultima Ratio

A Operação Ultima Ratio foi desencadeada em 24 de outubro do ano passado, quando foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão por ordem do ministro Francisco Falcão. 

Cinco desembargadores e o conselheiro Osmar Jeronymo foram afastados pelos crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa. 

A operação teve apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021. 

A Operação também investiga os desembargadores Sérgio Martins, Divoncir Schreiner Maran e Júlio Roberto Siqueira Cardoso, além do juiz Paulo Afonso de Oliveira, afastado da 2ª Vara Cível de Campo Grande. 

No Tribunal de Contas, três conselheiros foram afastados: Ronaldo Chadid, Waldir Neves Barbosa e Iran Coelho das Neves. Com exceção de Chadid, os outros dois já retornaram aos cargos e retiraram a tornozeleira eletrônica, sendo proibidos apenas de saírem de Campo Grande e do Brasil. A decisão foi do ministro Alexandre de Moraes, do STF. 

Ronaldo Chadid continua afastado por mais um ano. 

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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