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ESCOLAS E AO AR LIVRE

Estacionado em Campo Grande, book truck leva livro até para quem não gosta tanto

Estacionado em Campo Grande, book truck leva livro até para quem não gosta tanto

PAULA MACIULEVICIUS BRASIL

30/11/2018 - 11h05
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Criança é sincera até na hora de dizer que não gosta muito de ler. Estudante do 4° ano da escola municipal Padre Tomaz Girardelli, Kauã Silva Soares fala que às vezes a preguiça é maior do que a vontade de folhear um livro. "Se eu gosto de ler? Mais ou menos", admite. O menino tem 11 anos e confessa que só lê quando e o que a escola manda e responde que em casa, não tem a mesma determinação. 

São crianças de famílias como a dele que o projeto Book Truck quer chegar levando educação. A iniciativa que começou no Rio Grande do Sul passa pelo nosso estado nesta semana. A primeira parada foi Costa Rica e desde terça-feira, o furgão com 800 livros está passando por escolas de bairros carentes de Campo Grande.

Bibliotecária do Book Truck, Catia Lindemann, explica que o veículo foi todo adaptado com computadores, rampa de acessibilidade e livros. "É uma biblioteca mesmo, tem catalogação e classificação das obras", explica. A experiência em Mato Grosso do Sul acumula mais de 6 mil leitores que na zona rural chegaram a pegar emprestado o livro para ler por alguns dias. "Fazemos empréstimo quando chegamos e só recolhemos quando estamos saindo, porque se chega em localidades que não tem biblioteca e a ideia é popularizar a leitura", comenta.

O projeto viabilizado graças à Lei Rouanet, desde junho o Book Truck está rodando o País. Campo Grande é a 22ª cidade, onde o furgão chega e fica cerca de 8h estacionado para que a população possa ter tempo hábil de ler. "Fazemos o contato com as secretarias de Cultura e Educação e elas nos inidcam as escolas. O único critério é serem em comunidades de vulnerabilidade social", destaca Cátia. 

Geovanna Barbosa tem 10 anos e também estuda na Padre Tomaz Girardelli. "Eu gosto de ler, porque é legal e você descobre coisas, parece que eu estou dentro da história", fala. Sobre o furgão que chegou trazendo vários livros, ela diz que é bonito e "com livros diferentes".

E é justamente transportar para outro mundo, o poder que a bibliotecária do projeto resume sobre a leitura. "A gente chega e mostra que tem o caminho torto, mas também tem o da educação, que transforma vidas e o livro é o passaporte". 

Neste sábado, o projeto encerra a visita no Estado no Parque das Nações Indígenas, às 16h. 

Cultura

Livro de Vieira Junior e obra póstuma de Calligaris: conheça os premiados do Jabuti 2024

A 66ª edição do Prêmio Jabuti ocorreu na última terça-feira (19) na Câmara Brasileira do Livro

20/11/2024 23h00

Crédito: Agência Brasil

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A Câmara Brasileira do Livro (CBL) revelou os vencedores da 66ª edição do Prêmio Jabuti na última terça-feira, 19, em uma cerimônia que consagrou Rosa Freire D’Aguiar, ganhadora do Livro do Ano (concedido à obra melhor classificada entre as categorias dos Eixos Literatura e Não Ficção) por Sempre Paris: Crônica de uma Cidade, Seus Escritores e Artistas.

A premiação também contou uma vitória para Itamar Vieira Junior, por seu romance Salvar o Fogo, e um prêmio póstumo para Contardo Calligaris. O psicanalista, escritor e dramaturgo foi reconhecido na categoria Saúde e Bem-Estar pelo livro O Sentido da Vida. A seguir, o Estadão lista uma série de críticas e entrevistas para conhecer melhor os premiados do Jabuti 2024. Confira:



‘Sempre Paris: Crônica de uma Cidade, Seus Escritores e Artistas’



Na obra, Rosa Freire D’Aguiar reúne entrevistas realizadas com grandes escritores, artistas e intelectuais, durante uma janela de cerca de 20 anos, entre o final dos anos 1970, anos 1980 e um pouco da década de 1990, quando viveu em Paris, trabalhando com jornalistas. A partir das conversas, vêm as memórias, e a autora disseca o cenário parisiense que conheceu e chamou de casa, em sua longa estadia. Aparecem na obra personalidades como Alain Finkielkraut, Alberto Cavalcanti, Conrad Detrez, Élisabeth Badinter, Ernesto Sabato, Eugène Ionesco e Norma Bengell. A obra é publicada pela Companhia das Letras.



'Salvar o Fogo'


Em seu livro vencedor da categoria de Romance Literário, Itamar Vieira Júnior acompanha Luzia do Paraguaçu, uma mulher que busca na coragem o caminho para ultrapassar as maiores injustiças. Órfão de mãe, Moisés encontra afeto em Luzia, estigmatizada entre a população por seus supostos poderes sobrenaturais. Para ganhar a vida, ela se torna a lavadeira do mosteiro da região e passa a experimentar uma vida de profundo sentido religioso, o que a faz educar Moisés com extrema rigidez. Salvar o Fogo é publicado pela Todavia. Leia a entrevista em que Vieira Júnior fala sobre o livro, que veio após o bem-sucedido Torto Arado.



'O Ninho’



Ganhador da categoria de Conto, o livro de Bethânia Pires Amaro reúne 15 contos que se aprofundam nas complexidades das relações familiares, acompanhando personagens femininas que enfrentam mazelas diversas. Através de suas histórias, somos lembrados de que a casa não é necessariamente um espaço sacro ou seguro. Publicada pela Record, a obra já havia vencido o Prêmio Sesc 2023.



Vencedor da categoria de Saúde e Bem-Estar, o livro de Contardo Calligaris foi publicado postumamente -- o autor morreu aos 72 anos, em 2021, em decorrência de um câncer. Na obra, publicada pela Paidós, Calligaris reúne reflexões sobre a obrigação da felicidade, o "morrer bem" e o sentido da vida, costurando suas memórias e vivências com estes temas universais. Leia a resenha do livro.



'Baviera Tropical'



Escrito por Betina Anton e publicado pela Todavia, o livro ganhador em Biografia e Reportagem reconta a trajetória de Josef Mengele, o mais infame dos médicos nazistas, e sua vida no Brasil. A autora investiga como foi possível que Mengele, apelidado de "Anjo da Morte", tenha conseguido levar uma vida relativamente pacata por cerca de vinte anos no País. Leia a resenha de Baviera Tropical e saiba mais sobre como a obra e o livro Surazo se debruçam sobre a vida que nazistas procurados tiveram na América do Sul.



Marina Colasanti



A homenageada como Personalidade Literária de 2024 foi Marina Colasanti. Aos 87 anos, e com mais de 50 anos de carreira, a autora ítalo-brasileira - que coleciona nove estatuetas do Jabuti - foi escolhida "por sua contribuição à literatura, com livros que tratam de temas universais de maneira simples e poética, conquistando leitores de todas as idades".

No ano passado, a autora falou ao Estadão sobre ser reconhecida por importantes prêmios literários.

"Cheguei numa idade em que ter a minha estrada vista, enaltecida, representa um ponto avançado de um ciclo, que é a minha própria vida dedicada à literatura. É muito bom", disse.

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27 anos após 'Titanic', Leonardo DiCaprio e Kate Winslet se beijam em evento; veja vídeo

Veja o momento durante o evento em que Kate é chamada ao palco e os dois atores se beijam levando o público a loucura

20/11/2024 18h43

Reprodução Redes sociais

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Leonardo DiCaprio e Kate Winslet relembraram o casal Jack e Rose, de Titanic (1997), ao público que compareceu ao evento do drama biográfico Lee, filme recém-protagonizado pela atriz.

O astro foi responsável por chamá-la ao palco e a cumprimentou com um selinho.

"Minha cara amiga, seu trabalho neste filme foi nada menos que transformador. Continuo impressionado. Continuo a admirar a sua força, a sua integridade, o seu talento e a sua paixão por cada projeto que você cria. Sem mais delongas, um dos grandes talentos da minha geração: a primeira e única Kate Winslet", declarou DiCaprio.



Assim que ela subiu ao palco, os dois se cumprimentaram com um beijo na boca e, na sequência, se abraçaram.

 

 

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