Portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresentam um maior risco de fraturas ósseas que a população geral. Esta é a constatação do Dr.Benjamin Young e seus colaboradores, pesquisadores do Rocky Mountain Center for AIDS Research (Denver, Estados Unidos).
O aumento do risco parece ser impulsionado principalmente por um aumento da fragilidade das vértebras da coluna e colo do fêmur.Vários Fatores, como a maior longevidade dos portadores do HIV, abuso de substâncias, infecções associadas (hepatite, por exemplo), e a presença de diabetes, podem explicar este achado.
Um outro aspecto importante, é que o risco de fraturas parece ser maior no momento em que a doença encontra-se no seu estágio mais avançado, ou seja, quando ocorre uma maior redução da contagem dos linfócitos CD4 (células de defesa do organismo), denotando uma maior fragilidade do sistema imunológico.
A baixa densidade mineral óssea tem sido observada entre os pacientes portadores do HIV por muitos anos, mas haviam poucos dados sobre a incidência de fraturas.Para avaliar a incidência de fraturas em portadores do HIV, o Dr. Young e seus colaboradores avaliaram 5.826 indivíduos HIV positivos, oriundos de 10 clínicas especializadas localizadas em oito cidades dos Estados Unidos.A prevalência de fraturas ósseas nos indivíduos HIV positivos foi comparada com a prevalência observada em uma população semelhante, proveniente de outros ambulatórios médicos, mas que não eram era composta de indivíduos HIV positivos.