O estudo foi feito por Anne Mangen, da Universidade de Stavanger, em conjunto com Jean-Luc Velay, da Universidade de Marseile, na França, e publicado no periódico Advances in Haptics.
De acordo com os pesquisadores, quando se memoriza algo via escrita à mão (foi usada uma sequência de letras nos experimentos) percebeu-se a ativação de áreas do cérebro de forma mais ampla, incluindo a memória motora. Quando se digita, por exemplo, essa memória não participa do processo.
Para os pesquisadores, isso é indício de que há uma conexão entre a leitura e a escrita, e sugerem que o sistema sensório-motor tem papel fundamental no reconhecimento visual durante a leitura.
Outro teste de memória feito pelos pesquisadores analisou a associação entre verbos e ações físicas e comparou os resultados de testes de memorização envolvendo dois verbos ou então apenas a memorização visual de um verbo. Novamente, quando se associava uma palavra a uma ação, a recorrência da memória ativava mais áreas do cérebro.
“Isso também acontece quando observamos alguém fazendo uma atividade. Você não precisa fazer a mesma atividade, mas sua memória é ativada pela observação e associação com os movimentos, por exemplo”, diz Mangen. Outra questão, observa a pesquisadora, é o fator temporal. Escrever toma mais tempo do que digitar, por exemplo, e isso também pode influenciar no processo de memorização, que pode acontecer mais lentamente e, talvez, mais profundamente.


